Coronavírus é uma família de vírus que causam uma série de infecções respiratórias. Ou seja, não se trata de um vírus especificamente, mas de um conjunto de vírus de uma mesma família. Entretanto, um “novo” agente da família coronavírus foi descoberto no fim de 2019 e têm causado pânico em redor do mundo.

Depois dos primeiros registros na China, o vírus se alastrou por outros países e vêm causando incertezas e pavor na população mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de pandemia por conta do novo coronavírus. Isso ocorreu no dia 11 de março de 2020 (quarta) e aconteceu devido ao aumento dos casos em diversos países. Atualmente, há praticamente 125 mil casos confirmados no mundo e mais de 4500 mortes em quase 120 países, devido à infecção.

No Brasil, há 151 casos de pessoas infectadas com o COVID-19  (infecção causada pelo novo agente do coronavírus). O Ministério da Saúde acredita que o número pode aumentar significativamente nos próximos dias. Não à toa, as famílias estão preocupadas com a saúde e com o bem-estar dos seus filhos. Isso ocorre principalmente pelo convívio na escola, uma vez que o ambiente é muito propenso ao alastramento de viroses.

Entretanto, especialistas afirmam que não há razões para deixar os filhos em isolamento ou não levá-los à escola (ao menos no contexto atual). Diversas instituições respeitadas também se posicionam contra o uso de máscaras por pessoas não-infectadas. Veja neste artigo as principais recomendações dos especialistas e as melhores formas de se prevenir do coronavírus. Boa leitura!

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O que é o coronavírus?

Infecção coronavírus

Ilustração de infecção coronavírus – Foto: Freepik

Assim como menciona na introdução, o coronavírus na verdade é uma família que contempla vários vírus semelhantes. Toda a família coronavírus causa infecções respiratórias, sendo este seu principal sintoma. A Covid-19, doença gerada pelo novo agente do coronavírus, é uma manifestação recente (e mais forte) de uma série de problemas respiratórios as quais as pessoas já estão expostas e são infectadas com alguma regularidade.

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Apesar dos primeiros casos deste novo vírus terem se manifestado em chineses, atualmente a doença se disseminou em vários países. A verdade é que todos os continentes já têm casos confirmados, mesmo que a região da Ásia e da Europa apresente números mais expressivos.

Os primeiros casos de infecções com a família coronavírus em humanos aconteceram na década de 1930. Entretanto, na época o vírus sequer possuía esta nomenclatura. Foi apenas em 1965 que ele recebeu o nome. Isso aconteceu devido ao avanço tecnológico no campo da saúde, que permitiu que os cientistas e pesquisadores descobrissem através da microscopia que o vírus parecia uma coroa.

A maior parte das pessoas acaba se infectando com algum vírus da família coronavírus ao longo da vida. Na verdade, estes vírus são bem comuns e as crianças pequenas são mais propensas ao contágio. Entretanto, estes contágios costumam acontecer com os vírus mais comuns e com sintomas mais brandos da família.

Quais são os riscos do coronavírus para as crianças?

Naturalmente, a preocupação dos pais em relação ao bem-estar e à saúde de seus filhos é muito válida e pertinente. Entretanto, os pais podem ficar descansados (ao menos neste momento). Isso porque as crianças não estão no grupo de risco. Ou seja, as crianças não fazem parte dos quadros mais graves da situação.

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Infectologistas do Hospital Sírio-Libanês (SP), Albert Einstein (SP) e outras instituições de referência no país afirmam que a letalidade do coronavírus em crianças é próximo de zero. Isso significa que as chances de uma criança infectada falecer é praticamente inexistente. Todavia, famílias com crianças que passaram por um transplante recente ou que estão em processo de quimioterapia podem responder de forma diferente ao vírus. O que indica que as famílias dessas crianças precisam ficar mais atentas aos sinais do contágio.

Até o momento, os especialistas dizem não compreender totalmente porque o coronavírus estaria “poupando” o público infantil. A verdade é que apenas 2,4% dos casos confirmados de infecção do Covid-19 aconteceram com crianças na China – local onde a manifestação do vírus iniciou. E mesmo destes poucos 2,4% dos casos confirmados, somente 2% chegaram a apresentar sintomas mais graves. A verdade é que até este momento não há nenhum relato de criança que tenha ido à óbito devido a infecção (dado considerando todos os levantamentos sobre o diagnóstico do mundo).

Crianças, escola e coronavírus

Professora e crianças na escola

Professora e crianças na escola – Foto: Freepik

Algumas escolas recomendaram nas últimas semanas que os alunos que viajaram para lugares com números mais expressivos de infecção fizessem “quarentena voluntária”. Inclusive, algumas destas escolas chegaram a suspender as aulas depois da confirmação de casos entre adolescentes.

Apesar do medo destas escolas que sofrer com um possível surto de infecção, a conduta destas instituições não faz parte das recomendações gerais do Ministério da Saúde.

Aliás, o Ministério da Saúde está recomendando que as aulas sigam normalmente até nova ordem. Portanto, não há nenhuma recomendação para que crianças que não estejam com sintomas gripais fiquem em casa ou faltem à escola. Mas é claro que isso não significa que as famílias devem se descuidar: mantenha os olhos abertos para detectar qualquer possível sinal de gripe no seu filho precocemente.

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Certo, então meu filho pode seguir indo à escola normalmente?

Bom, depende. Como foi mencionado, se a criança não apresenta nenhum sintoma gripal, não há nenhuma recomendação de a deixar em casa. Os principais sintomas que você deve estar atento são os seguintes:

Entretanto, se a criança começar a apresentar estes sintomas, então ela precisa evitar ir à escola, sim. Isso não significa necessariamente que ela estará com o coronavírus, mas mesmo uma “gripe comum” pode se alastrar rapidamente no ambiente escolar.

Infectopediatras da Sociedade Israelita Brasileira Albert Einstein dizem que deve-se utilizar o mesmo raciocínio usado em todas as outras doenças infectocontagiosas. Ou seja: não deve ir à escola quem está doente, mesmo que os seus sintomas sejam brandos. Isso quer dizer que mesmo que os sintomas estejam fracos, a criança com febre ou tosse precisa ficar em casa.

Essa recomendação é dada principalmente porque se seu filho está infectado (mesmo com sintomas leves), ele poderá passar o vírus para outras crianças e adultos. Ou seja, seu filho poderá contribuir para a infestação, mesmo que nele os sintomas sejam fracos.

Entretanto, as crianças que não apresentam nenhum sinal podem seguir com suas rotinas normalmente. Apesar de ser uma preocupação compreensível e pertinente, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) reforça que as chances de uma criança ficar doente com o coronavírus é bem baixa.

Sobre o fechamento de escolas devido ao coronavírus

Palavra coronavírus com dados alfabéticos

Palavra coronavírus com dados alfabéticos – Foto: Freepik

Apoiados na avaliação técnica de uma série de especialistas e de instituições de saúde, o Ministério da Saúde considera desnecessário o fechamento das escolas, em especial as de educação infantil e fundamental. Na verdade, alguns especialistas alertam para o fato que o fechamento das escolas pode agravar o quadro do coronavírus no país, e não melhorar.

Fechar as escolas pode agravar o problema porque é provável que muitas crianças precisem ficar na casa de familiares enquanto seus pais trabalham – uma vez que as empresas não estão fechando por causa do coronavírus. O problema está no fato que muito provavelmente muitas destas crianças que hoje vão para a escola acabem ficando durante o dia com seus avós. Entre as crianças, o coronavírus tem se apresentado de forma branda e a chance de óbito é quase zero. Entretanto, ao infectar um idoso a situação muda totalmente de figura.

Idosos infectados com 80 anos ou mais e/ou com outras doenças (como diabetes, por exemplo) têm 15% de chance de falecerem devido ao coronavírus. Por isso, a Sociedade Brasileira de Infectologia reforça que o fechamento das escolas pode contribuir para o agravamento da transmissão e para o aumento no número de casos confirmados e de óbitos, principalmente entre o público idoso e adulto.

Quais são os cuidados em ambientes com muitas crianças?

Escolas e outros ambientes com muitas crianças podem deixar as famílias realmente preocupadas devido a possível manifestação de coronavírus. Isso porque nestes ambientes as crianças tendem a brincar juntas e a compartilharem brinquedos e outros objetos. Por isso, é basicamente impossível controlar o contato entre crianças.

Entretanto, não há razões suficientes para privar as crianças de irem às aulas. Na verdade – e conforme explicado acima -, deixar as crianças em casa pode até mesmo agravar o caso. Mas isso quer dizer que não há nada para ser feito? Claro que não. Existem alguns cuidados que podem (e precisam) se fazerem presentes em todos os ambientes crianças.

Um dos cuidados mais importantes é ensinar para as crianças maiores sobre a conhecida “etiqueta da tosse”. Esse hábito se refere simplesmente a criança cobrir a boca com a parte interna do braço – e não com a mão – quando for tossir ou espirrar. Além desse detalhe, as crianças também devem ser orientadas a fazer a higienização das mãos com regularidade.

Estas recomendações não se devem apenas ao momento atual de manifestação do coronavírus. Na verdade, este é um cuidado já conhecido pelas escolas (ou que deveria ser conhecido por estas) devido a tantas outras viroses que são mais facilmente transmitidas entre crianças.

Sob recomendação do próprio Ministério da Saúde, profissionais do Hospital Emílio Ribas (SP) recomendam que as famílias ensinem suas crianças a lavarem corretamente as mãos. Ou seja, enfatizarem a importância de lavá-las várias vezes e de dar atenção a toda sua superfície, incluindo a parte de baixo das unhas e entre os dedos.

Além disso, o uso de álcool em gel também ajuda significativamente na prevenção do coronavírus – e de outras viroses mais conhecidas. Entretanto, o uso de vinagre para lavagem de mãos não há recomendação (isso porque não há estudos que comprovem a sua eficácia para caso). Ou seja, optem sempre pelo uso do álcool em gel ou do tradicional sabão com água.

Quando devo levar meu filho ao hospital?

Médico com luvas cirúrgicas segurando papel rasgado escrito coronavírus

Médico com luvas cirúrgicas segurando papel rasgado escrito coronavírus – Foto: Freepik

Ir ao hospital não é o mais recomendado para todos os casos de suspeita de coronavírus. Isso porque os ambientes de pronto-socorro e de hospitais estão infestados com a circulação de vírus e de outros tipos de doenças e de bactérias contagiosas.

Bem, é verdade que os sintomas do coronavírus são bem parecidos com os sintomas de uma “simples gripe”, por exemplo:

Essa similaridade entre os sintomas pode assustar as pessoas, fazendo-as correrem para o hospital sem necessidade. Entretanto, o mais indicado é manter a calma e avaliar os sintomas com mais calma antes de levar seus filhos a um ambiente de risco, como o hospital ou o pronto-atendimento.

Se o seu filho estiver apresentando os sinais de uma gripe, é claro que você precisa averiguar o caso. Entretanto, isso não quer dizer necessariamente hospital, não é? Onde você levaria o seu filho normalmente, nestes casos? No médico do convênio? No consultório particular do pediatra? Na unidade básica de saúde (UBS) do seu bairro? A recomendação é que você averigue o caso como faria nos anos anteriores, antes desse pavor que cerca o coronavírus. Se for algo mais grave, o médico fará a recomendação e o encaminhamento necessário (e certeiro).

Utilização de máscaras em ambientes com aglomeração, como transporte público

As máscaras são eficazes em algumas situações específicas. Por exemplo, os profissionais de saúde são orientados a utilizar as máscaras porque eles têm proximidade maior com pacientes que possuem o vírus. Ou seja, essas pessoas têm maior risco de contágio.

Entretanto, as crianças (e adolescentes, e adultos, e idosos…) que não foram infectadas devem passar bem longe das máscaras. A verdade é que, assim como no caso do fechamento das escolas, o uso descontrolado e desnecessário de máscaras pode atrapalhar mais do que ajudar na situação geral. Esse agravamento da situação pode ocorrer por dois cenários, sendo eles:

  1. Quando a pessoa (criança ou não) está usando a máscara, ela tende a levar as mãos m.u.i.t.o mais ao rosto (e aos olhos) do que quando não está usando máscara nenhuma
  2. A grande procura que está havendo por compra de máscaras está tornando o produto escasso para aquisição, de modo que os hospitais e centros de saúde estão com dificuldade de adquirir o produto

Entenda melhor cada um dos cenários

Menina com máscara cirúrgica em escola

Menina com máscara cirúrgica em escola – Foto: Freepik

No primeiro caso, o problema está no fato de que ao usar máscara (sem necessidade) a criança acaba por não se proteger (porque ela não é necessária) e ainda acaba por criar o hábito de fazer um comportamento perigoso e contraindicado pelo Ministério da Saúde, que é justamente ficar levando as mãos ao rosto o tempo todo. Ou seja, além de não se proteger, a criança com a máscara ainda passa a correr mais risco de se infectar.

No segundo caso, o problema está no fato de que os profissionais de saúde estão ficando sem máscaras para conseguirem trabalhar. Isso é um problema sério porque pode levar os casos confirmados ou suspeitos do coronavírus a receberem menos atendimento que o indicado porque o profissional não poderá se aproximar dele. Ou então, também pode fazer com que os profissionais continuem fazendo seus trabalhos sem proteção, o que aumenta significativamente seus riscos de serem infectados pelo vírus. Em ambos os casos, há um agravamento do cenário.

As crianças que viajaram para um país com grande circulação do vírus devem fazer o teste?

A recomendação oficial para este cenário é: não. As crianças só devem se dirigir ao hospital ou ao pronto-atendimento se estiverem doentes (ou seja, com os sintomas).

Mesmo crianças que tenham viajado pela uma região de grande expressão da infecção não devem ir para hospitais sem que haja apresentação de sintomas. Esse comportamento pode lotar de forma desnecessária os ambientes (que terão menor condições de atender àqueles que efetivamente precisam de atendimento), e pode também colocar as próprias crianças e famílias  em risco, devido a circulação de doenças nestes locais.

Além disso, os especialistas também alertam que não adianta de nada fazer o teste para tentar detectar o coronavírus ainda dos sintomas aparecerem. Isso porque o teste é muito pouco efetivo se a pessoa não está doente. De modo geral, isso acontece porque o vírus ainda está indetectável no organismo. Ou seja, é provável que nestes casos haja um falso negativo (o que não somente vai dar uma ilusão sobre o caso, como ainda pode dificultar o diagnóstico futuro, quando necessário).

Em outras palavras, ir fazer o teste antes da criança estar com os sintomas pode:

Contato da criança com alguém que foi confirmado com coronavírus

Amostras médicas de infecção de coronavirus

Amostras médicas de infecção de coronavirus – Foto: Freepik

A pessoa que teve confirmação do diagnóstico de coronavírus deve ficar em isolamento por 14 dias. Entretanto, aqueles que tiveram contato com essa pessoa devem apenas ficarem atentos aos sinais dentro dos próximos dias.

Os primeiros sintomas podem aparecer dentro de duas semanas depois do contato. Ou seja, se seu filho esteve em contato com alguém que teve confirmação de coronavírus há mais de duas semanas e não apresentou nenhum sintoma, é muito (muito mesmo) provável que ele não tenha sido infectado.

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