Por mais que a gente saiba que febre em bebês e crianças é algo corriqueiro, sempre bate aquela interrogação, ou até mesmo insegurança, quando ela aparece em nossos filhos. Que mãe que nunca se sentiu sem saber o que fazer diante do termômetro em alta, não é verdade? Então, justamente porque também sentimos essas aflições, nós, aqui do Mil Dicas de Mãe, preparamos um guia completo (mas fácil de consultar) sobre febre em bebês e crianças. Boa leitura e que seja útil por aí!

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Imagem: 123RF

O que é a febre
A febre não é uma doença e sim um sintoma de que o organismo está trabalhando para combater uma infecção provocada por um microrganismo, que poder ser um vírus ou uma bactéria. A elevação da temperatura corporal acontece justamente para que nossas células de defesa ataquem o agente infeccioso, que não resiste a altas temperaturas.

Por que a febre em bebês e crianças é tão comum?
A febre acontece com frequência nesse grupo pois os pequenos ainda têm um sistema imunológico em construção. Como não possuem anticorpos contra microrganismos causadores de doenças – e desenvolvem essas defesas aos poucos –, bebês e crianças tendem a ficar mais doentes e, consequentemente, têm mais febre.

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Como perceber a febre antes mesmo de usar o termômetro
A febre em bebês e crianças geralmente pode ser percebida por alguns sinais clássicos: rosto vermelho, coração acelerado, respiração mais rápida do que o normal, sensação de frio, mãos e pés frios, nuca quente e, em certos casos, abatimento.

Como medir a temperatura com precisão
No Brasil, o meio de medição de temperatura mais utilizado é o axilar. Para fazê-lo, basta encaixar o termômetro na axila da criança e segurar seu braço firme, rente ao corpo, até o instrumento digital apitar (o de mercúrio foi suspenso pela Anvisa). Se a criança estiver suada, seque sua axila antes de colocar o termômetro. Os modernos termômetros digitais, que mostram a temperatura em segundos ao serem apontados para a testa ou encaixados na orelha, podem ser bons aliados para indicar se há presença de febre quando o pequeno está dormindo, por exemplo. Mas, de modo geral, eles oscilam e não são muito precisos. Na dúvida, é melhor optar por um termômetro convencional que tenha o selo de certificação do Inmetro.

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Devo sempre medicar?
Em geral, os médicos só recomendam a medicação para temperaturas acima de 37,8°C ou 38°C, quando passam a considerar que há febre – até 37,7°C é apenas estado febril (em bebês, a temperatura é tida como normal até 37,1°C). Após os 38ºC, você pode dar um antitérmico (que leva de meia a 1 hora para começar a fazer efeito), seguindo sempre a orientação do pediatra do seu filho sobre que medicamento utilizar e em que dosagem. Evitar que a febre aconteça, medicando em intervalos previamente estipulados, ou já medicar a criança quando o termômetro aponta 37,5°, não é aconselhado: isso pode, inclusive, mascarar a doença e interromper o trabalho do sistema de defesa do corpo. É importante também respeitar os intervalos mínimos para nova administração do antitérmico e seguir as orientações do pediatra sobre como proceder nesses casos.

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Imagem: 123RF

O que fazer quando a febre aparece
Medicando ou não, em todos os casos, é importante deixar em repouso, hidratar bastante, tirar o excesso de roupas e cobertas, e oferecer uma alimentação leve para a criança (respeitando o baixo apetite que vem com a febre). Compressas úmidas, nas axilas, tronco e testa, e banhos mornos são benéficos e ajudam a reduzir a temperatura. No banho, a criança deve ficar imersa na água por pelo menos 10 minutos. Dica: se, para mantê-la ali por mais tempo, for preciso iniciar o banho com uma água ligeiramente mais quente (não quente pra valer, é claro), vale a pena. Assim, ela vai permanecer na água por um período suficiente para alterar sua temperatura. Forçar o filhote a tomar um banho frio não é uma boa e só causa mais confusão, afinal quem gosta de levar um choque térmico e passar aperto debaixo d’água? Outra ressalva importante: nunca use álcool para baixar a febre, pois há risco de a criança inalar essa substância e ter uma reação alérgica. Veja mais sobre as medidas naturais indicadas em caso de febre, aqui.

Febre alta é perigoso?
É importante saber que febre alta não é necessariamente sinônimo de gravidade. A roséola, por exemplo, é uma infecção viral muito frequente em bebês que causa febre alta súbita e costuma ir embora em alguns dias sem maiores problemas. Alguns estudos apontam, inclusive, que no estado febril, em temperaturas até 38,6°C, o sistema imunológico trabalha a todo vapor, produzindo mais células de defesa para combater os invasores que estão por trás do problema. Ou seja, a febre é um mecanismo importante para o organismo e não deve causar um medo irracional em nós, pais. A temperatura alta só passa a ser perigosa para o cérebro quando vai além de 41,5°C, o que não é comum, e em casos de crianças que tenham condições especiais de saúde, como problemas cardíacos ou pulmonares que requerem atenção.

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E quanto ao risco de convulsão febril?
Febres que aumentam bruscamente podem causar convulsões febris em pequenos de até três anos que tenham predisposição genética para isso. Essas convulsões não trazem risco de lesão cerebral e são improváveis em crianças com mais de um ano que já passaram tiveram episódios anteriores de febre acima de 38,7 ºC.

Quando a febre acende o sinal vermelho
Mais importante do que se atentar somente à febre é analisar as outras manifestações que, em geral, a acompanham: mal-estar, mudanças de comportamento, redução do apetite, sintomas respiratórios ou gastrointestinais etc. Se a criança está com 38,4°C, por exemplo, mas se mantém ativa, brincando e sorridente, é um bom sinal! Por outro lado, SEMPRE pedem atendimento médico rápido: febres acima de 39,4°C; febres que duram mais de 72 horas; febres em bebês de até 3 meses; e febres acompanhadas de sintomas preocupantes, como muita sonolência, intensa irritabilidade, tremores de frio, falta de ar, letargia e gemência.

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Imagem: 123RF

A frequência e a intensidade da febre devem ser levadas em conta?
Sim, essas duas questões são consideradas pelos médicos na hora de avaliar a criança. Quando as temperaturas sobem além de 39,4°C, por exemplo, aumenta a suspeita de infecção bacteriana, que pede tratamento com antibióticos. Já quando, ao longo de uma doencinha, a criança passa a ter episódios de febre em intervalos maiores, normalmente é um indício de que a infecção está acabando (nas viroses, costuma ser um sinal de que o ciclo do vírus está indo pra reta final… ufa!). Por sua vez, quando a febre vai embora por mais de 48h e, depois, volta a aparecer com intensidade, é um alerta. Nesse caso, é recomendável consultar um médico, já que pode indicar uma possível complicação do quadro. Por isso tudo, é tão importante anotar certinho os horários dos episódios de febre do seu filho (e quando os medicamentos foram dados) para mostrar ao pediatra, se for preciso.

Febre em bebês e crianças é igual a febre em adultos?
Em corpinhos  ainda imaturos, é natural que o sistema imune tenha de trabalhar mais e, por isso, a febre, na maioria das vezes, vem com mais força do que se apresenta em adultos, por exemplo. Quando nós, adultos, temos febre de 38,5°, em geral, ficamos completamente baqueados, mas não é difícil vermos crianças com essa temperatura animadas e brincando, não é mesmo?

A criança que está sem febre há algumas horas pode ir para escola?
Criança com febre não deve mesmo ir para escola – para não transmitir a doença que está provocando a febre e para se recuperar melhor. A liberação para o retorno às aulas acontece quando o estado geral dela é bom e a febre não deu as caras nas últimas 24 horas (sem o uso de medicamentos!).

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Fontes: Artigo A criança com febre no consultório, de Jayme Murahovschi, em Jornal de Pediatria; Sociedade Brasileira de Pediatria; e Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil).

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