Você sabe para que serve a vacina BCG, aquela que seu filho toma logo ao nascimento, e que deixará uma marquinha no braço para toda a vida? Ela é importantíssima para a saúde do bebê, pois o protege da tuberculose (doença que ainda tem alta prevalência no Brasil, e que ataca principalmente os pulmões, os rins, os ossos e as meninges do sistema nervoso).

Muitas mães que acompanham o blog têm dúvidas sobre a vacina BCG, e por isso resolvi esclarece-las no post de hoje. Você verá a seguir quando os bebês devem receber essa imunização, quais crianças precisam esperar, como é a cicatrização da ferida e as reações dentro e fora do normal. Confira!

Imagem: 123RF

Quando os bebês devem tomar a vacina BCG?

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A BCG deve ser tomada logo após o nascimento, no máximo até 1 mês de vida do bebê. E alguns recém-nascidos precisam esperar: a recomendação é que ela seja dada apenas a bebês acima de 2 Kg. Recém-nascidos com problemas de pele também devem esperar até a normalização do problema, para então serem vacinados.

Existe contraindicação para a vacina BCG?

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Existe uma situação rara que contraindica a vacina: bebês com deficiência na imunidade celular podem apresentar uma reação séria ao bacilo (bactéria presente na BCG).

Já as outras contraindicações são temporárias: prematuros com peso inferior a 2Kg ou bebês com problemas dermatológicos, como explicado acima.

Quantas doses de BCG meu filho vai tomar?

A vacina BCG é dada em dose única, ao nascimento. Mas em áreas de alta prevalência da tuberculose pode ser dada uma dose aos 6 ou 7 anos, para as crianças que não comprovarem o esquema vacinal completo.

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Veja também: Confira a lista completa e atualizada de vacinas que seu filho precisa tomar

Como é a agulha dessa vacina?

A agulha da BCG é pequena, já que a vacina é aplicada de forma intradérmica. A experiência do profissional que a aplica é importante, para que ela seja eficaz e gere o resultado esperado, sem causar reações indesejadas.

Como é a reação normal dessa vacina?

Fique tranquila: seu bebê não terá dor no local da aplicação (braço direito da criança), provavelmente só sentirá uma pequena ardência na aplicação. Mas a reação mais importante acontece semanas após a aplicação, podendo levar até 6 meses para ocorrer. Aparece uma vermelhidão no local da vacina (uma manchinha vermelha, que pode estar mais durinha no centro), que depois se transforma em uma ferida, com secreção em seu interior (ou não, isso é variável). Depois forma-se uma casca, que cai e dá origem à marquinha que todos nós temos no braço. Se seu bebê está chorando enquanto esse processo acontece, provavelmente a vacina não é a causa, ok?

E se a cicatriz da BCG inflamar? 

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Uma pequena inflamação é normal, e até o surgimento da secreção, que fica por dias saindo do braço do bebê. Tudo isso é esperado e desejado, porque mostra que a vacina está realmente funcionando! Mas se a reação for intensa, com grande ferida purulenta ou formação de gânglios na axila do bebê, é preciso procurar o pediatra. É possível que seja necessário o uso de antibióticos contra o bacilo da vacina e algo para aliviar a dor local.

Como tratar a ferida?

Essa é uma dúvida muito comum das mães, então anote aí: os pediatras recomendam que o local da vacina seja lavado com água e sabão durante o banho (até para não sofrer uma reação secundária, ou seja, a entrada de uma outra bactéria no local, que acaba infeccionando a ferida). NÃO esprema o local para a saída do pus, pois ele faz parte do processo natural da vacina.

E se a marquinha não aparecer? 

A marca da BCG, que aparece depois da saída da crosta de cicatrização, mostra que a vacina funcionou e seu filho está protegido. Se ela não aparecer (o que pode levar até 6 meses para ocorrer), é possível que a imunização não tenha sido eficaz (aí seu filho precisará tomar outra dose, como recomendado pelo Ministério da Saúde). Antes disso, no entanto, os pais podem solicitar ao pediatra o teste PPD, que é a Prova Tuberculínea Cutânea. Ela diz se a vacina foi efetiva, mas vale saber que esse teste é feito com injeção (ou seja, nesse ponto não é um ganho em conforto para a criança fazê-lo, ao invés de uma outra dose). Além disso, o resultado do teste deve ser avaliado por um bom profissional, pois em caso positivo é possível que a vacina tenha surtido efeito, ou que o bebê tenha tido contato com a doença de outra forma. E só o pediatra saberá fazer essa avaliação corretamente.

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