Comigo foi assim: eu só me dei conta de quantas vacinas eram necessárias no início da vida depois que minha filha nasceu! A gente leva até um susto, não é mesmo? Atualmente são tantas as vacinas disponíveis, os reforços necessários, que se não prestarmos atenção, a confusão se forma mesmo!

Aliás, eu não sei se você sabia, mas todos os anos o Ministério da Saúde faz uma atualização do Calendário Nacional de Vacinação, gerando muitas dúvidas. Podem ser incluídas novas recomendações, exatamente como aconteceu nesse ano de 2017, em que mudanças envolvendo a vacinação de bebês e crianças foram estipuladas. E para que você fique bem informado sobre todas as vacinas, atualizadas, que o filhote precisa ainda no início da vida, esse post reúne esses dados completos. Lembrando que essas vacinas são disponibilizadas pelo SUS. Vem ver!

Imagem: 123RF

Vacinas que precisam ser tomadas:

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– Ao nascer: é recomendado pelo Ministério da Saúde que ainda nos primeiros dias de vida o bebê receba duas vacinas: a BCG, que protege contra tuberculose, e a contra hepatite B. Em alguns hospitais, essas vacinas são dadas ainda na maternidade. Por isso, antes de voltar para casa, é indicado que os pais perguntem à equipe médica se a criança foi vacinada lá. Caso não tenha sido, ainda com uma ou duas semanas de vida o bebê deve ser levado a um posto de saúde para receber as doses.

Vale lembrar que a BCG é aquela vacina que deixa a marquinha no braço: ela é aplicada nessa região do corpo da criança e, depois de alguns dias da aplicação, é formado um pequeno caroço no local, que abre e elimina uma substância branca. Mas não se preocupe! A ferida fecha (mas a cicatriz fica, tem gente que permanece anos com ela). A dose é única, ou seja, é tomada apenas uma vez em toda a vida. Já a vacina contra hepatite B é aplicada no músculo da coxa e precisa de reforço.

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– Com 2 meses: o reforço da vacina contra hepatite B acontece nessa fase. É recomendado aos dois meses que o bebê receba a primeira dose da vacina pentavalente DTP, que protege contra cinco doenças: hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e meningite (e ainda contra infecções causadas pela bactéria Hib, a Haemophilus influenzae).

Ainda aos dois meses é indicada também a aplicação de mais três vacinas: são elas as primeiras doses da VIP/VOP (contra poliomielite; nessa idade, toma-se a VIP, que é a versão injetável), da pneumocócica 10V (contra pneumonia, meningite e otite) e também a contra o rotavírus humano, que causa infecções complicadas caracterizadas especialmente por vômito, febre alta e ainda diarreia, e que pode desencadear um quadro de desidratação grave.

– Com 3 meses: nessa idade é recomendada a aplicação da primeira dose da meningocócica C, também contra meningite.

– Com 4 meses: aos quatro meses, é necessário tomar as segundas doses de quatro vacinas: a pentavalente, a VIP, a pneumocócica e também contra o rotavírus.

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– Com 5 meses: aqui vem a segunda dose da meningocócica C.

– Com 6 meses: chegou a hora das terceiras (e últimas!) doses da pentavalente e também da VIP.

– Com 9 meses: nessa idade, já pode ser tomada uma dose da vacina contra febre amarela.

– Com 12 meses: agora, é indicado o reforço de duas vacinas: a pneumocócica e a meningocócica. Nessa idade, também é recomendada a primeira dose da tríplice viral, que protege contra caxumba, rubéola e sarampo (e, embora estas duas últimas doenças sejam consideradas eliminadas no Brasil pelas autoridades de saúde, a imunização continua sendo recomendada).

Imagem: 123RF

– Com 15 meses: vem o primeiro reforço da pentavalente e também da VIP/VOP, mas agora o pequeno recebe a versão oral da vacina (ou seja, a VOP, a gotinha!). As vacinas contra hepatite A e tetraviral (que protege contra caxumba, rubéola, sarampo e varicela, a catapora) são mais duas indicadas nessa fase. Lembrando que a tetraviral corresponde à segunda dose da tríplice e à dose da vacina contra varicela.

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– Com 4 anos: vem o segundo reforço da pentavalente e o segundo reforço também da VOP. Nessa idade, também é indicado o reforço da vacina contra febre amarela, porque aos nove meses o pequeno ainda pode ter alguns anticorpos no organismo recebidos da mãe, que prejudicam a ação da vacina.

Adolescentes

Aos nove anos, as meninas já podem ser vacinadas contra o HPV, protegendo-se do câncer de colo uterino. Garotas de até 14 anos podem receber a imunização e, entre os meninos, a campanha é destinada para aqueles entre 12 e 13 anos. As meninas devem tomar três doses da vacina contra o HPV e, os meninos, duas (saiba mais nesse post).

Já aos 10 anos, a indicação é tomar a vacina dupla adulto, que protege contra difteria e tétano.

E se meu filho não receber alguma dose na idade certa?

O indicado é levar a criança ao posto de saúde com a carteira de vacinação para se certificar das doses que estão faltando. Em alguns casos, o pequeno pode receber a vacina com atraso (e se o atraso for pequeno entre um reforço e outro não interfere na imunização). O ideal é se informar diretamente com os profissionais de saúde, ok?