Você já reparou que muitas crianças têm febre e outros incômodos depois da vacina? Aqui em casa mesmo Catarina já teve ambas as reações: uma febrinha depois de tomar a tríplice viral, um pouco de dor na vacina contra o tétano.

E tendo contato com outras mães, sei que esses sintomas são muito frequentes entre os pequenos depois da imunização.

Não sei se vocês sabem, mas essas reações são, além de comuns, bastante normais: afinal, mostram que o sistema imunológico da criança está trabalhando para criar anticorpos contra as doenças, ficando dessa forma imune a elas.

Contudo, alguns pais, apreensivos pelas reações que os filhotes podem ter, não hesitam em medicá-los com analgésicos e antitérmicos depois de vacinados, mesmo sem qualquer sinal de febre.

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Foto: Freepik

Por isso resolvi compartilhar com vocês nesse post um estudo desenvolvido na República Checa e publicado na revista científica The Lancet, que contra-indica essa prática “preventiva”da medicação com analgésicos, depois da vacinação.

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Segundo os pesquisadores responsáveis pela condução da pesquisa, o efeito das vacinas poderia ser comprometido pelo uso desses remédios (vale ler, se informar e conversar com o pediatra do seu filho, não?). Acompanhe o post que eu te conto melhor!

Como foi o estudo e quais foram as conclusões dos pesquisadores sobre vacinas e analgésicos

A pesquisa, financiada pela empresa belga GlaxoSmithKline Biologicals, analisou 459 crianças saudáveis após receber duas doses de vacina (a primária e o reforço posteriormente).

Desse total, parte dos pequenos (226) recebeu também três doses profiláticas de Paracetamol (ou seja, como prevenção à febre, sem ter o sintoma instalado).

Isso foi feito durante um intervalo de seis a oito horas após as primeiras 24 horas de cada vacinação. Já o restante das crianças não fez uso do medicamento.

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bebê bebendo remédio

Foto: Freepik

Com isso, o objetivo dos pesquisadores era diminuir o número de reações febris (de 38°C ou mais) nos pequenos e, também, analisar como o organismo e o sistema imunológico deles reagiriam a tudo isso.

E o resultado obtido foi o seguinte: apesar da febre ter acometido menos aqueles que tomaram Paracetamol, as concentrações de anticorpos foram menores entre eles.

Falando em números: o estudou mostrou que 42% das crianças do grupo profilático (ou seja, que tomaram analgésico) tiveram febre de 38°C ou mais depois da dose primária da vacina, contra 66% dos pequenos que não foram medicados. Já em relação ao reforço, foram 36% contra 58% de reações febris entre os dois grupos.

Porém, as concentrações médias geométricas de determinados anticorpos (GMCs), como os presentes em vacinas pneumocócicas (contra pneumonia e meningite), foi significativamente menor entre essas crianças que receberam medicamentos.

Com isso, a conclusão dos pesquisadores é que o uso de analgésicos/antitérmicos, no sentido preventivo, seja feito apenas com recomendação do pediatra – e eles também alertaram os profissionais que tenham cautela ao fazer essa indicação.

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Vale lembrar que qualquer vacina pode causar reação e a febre é, sim, uma das mais comuns. Mas só recorra aos medicamentos para diminuir a temperatura se o problema se manifestar, e nunca com o intuito de prevenir, ok?