(Post Patrocinado)
Quando Catarina tinha apenas um
ano, eu vivi a pior experiência da minha vida: ela passou muito mal, com falta
de ar e, em questão de horas já estava em situação de internação. Saí do
consultório do pediatra (que é especialista em pneumologia também e fez o
primeiro atendimento de urgência) com a indicação de correr para o hospital e,
nesse mesmo dia, Catarina foi para a UTI, diagnosticada com bronquiolite. Foi essa a primeira vez em que ouvi falar do
VSR, o Vírus Sincicial Respiratório. E justamente por ter descoberto sua
gravidade, acredito que seja de máxima importância compartilhar informações
sobre ele com vocês.
O VSR é a causa principal de bronquiolite em bebês, mas pode passar como uma gripe em crianças que nasceram a termo, ou seja, de uma gestação completa. Entretanto, em bebês considerados do grupo de risco – que são os bebês prematuros, cardiopatas e broncodisplásicos -, o VSR causa um quadro grave, que pode levar à internação e, nos piores casos, a óbito. Embora muitas famílias nunca tenham ouvido falar sobre ele, o VSR é a causa mais frequente de infecções do trato respiratório inferior desses bebês do grupo de risco, e é duas vezes mais comum que o rinovírus (que é mais conhecido e causa de resfriados, por exemplo) em episódios de infecções respiratórias graves. Só por isso ele já merece a nossa extrema atenção.
Quando Catarina esteve no hospital, havia muitos casos de bebês internados com bronquiolite, e certamente muitos deles causados por esse vírus. E se o VSR já causa sintomas parecidos com uma gripe forte em crianças maiores ou adultos, imagine o que ele faz em um prematuro, que nasceu com o sistema respiratório imaturo (ou seja, que não tem o pulmão totalmente formado ainda) – e outros bebês considerados de risco?
Quando um bebê é infectado pelo
VSR, não há um medicamento antiviral que resolva a infecção. A criança fica com
falta de ar, e a oxigenação do corpo fica comprometida – assim é comum a
necessidade de internação. Justamente
por isso é que a prevenção é fundamental. E necessária para os bebês prematuros
e para outros de alto risco, como os
bebês com doenças cardíacas congênitas, ou os broncodisplásicos (que apresentam
um quadro mais grave quando contraem a doença).
Muitos pais desconhecem essa
informação, mas há uma imunização gratuita contra o VSR pelo SUS para os bebês
de alto risco (prematuros, cardiopatas (que nasceram com problemas de coração)
e broncodisplásicos (com uma doença pulmonar crônica), mediante prescrição do
médico neonatologista ou pediatra. Esta imunização (um anticorpo) também faz
parte dos procedimentos obrigatórios estabelecidos pela Agência Nacional de
Saúde (ANS) para os planos de saúde, por isso é legal passar a informação
adiante, já que ela pode ser muito útil para uma amiga que teve um bebê
prematuro. Ah, e devem ser imunizados agora os bebês prematuros que nascem na
estação de circulação do vírus e também aqueles nascidos desde agosto do ano
passado.
Outra dúvida comum é quando imunizar
o bebê contra o VSR. Então aqui vai um alerta: estamos nos meses do ano em que
a incidência do VSR atinge seu pico aqui no Brasil (embora ele circule o ano
todo), e a imunização deve ser feita o mais rápido possível, para diminuir o
risco de infecção pelo vírus. A
incidência começa a aumentar primeiro na Região Norte (coincidindo com a época
das chuvas) e depois nas outras regiões do país, no outono e no inverno, chegando
ao pico em julho-agosto na região Sul. Nesse link
aquida Sociedade
Brasileira de Pediatria você vê os meses de maior incidência em cada região do
Brasil.
Se você tem bebês maiores em casa,
ou que não são considerados de alto risco, você também deve ficar atenta, e
colocar em prática outras ações de prevenção. Lave bem as mãos ao chegar em
casa e antes de pegar o bebê, use álcool gel para higienizar as mãos em locais
públicos (eu sempre levo na bolsa), evite levar seu filho para locais de grande
aglomeração (onde o contágio é mais provável), mantenha os objetos que seu
filho coloca na boca sempre limpos. E, claro, redobre os cuidados se estiver
com sintomas de gripe ou resfriado (nesse caso vale usar máscaras quando
estiver cuidando do seu filho). Os outros podem achar exagero, bobagem etc., o
que importa de verdade é que seu bebê esteja seguro (diferente de uma criança
mais velha, com uma capacidade pulmonar maior, um bebê piora rapidamente, a
ponto de você precisar correr para o pronto-socorro).
Como mãe de uma criança que já
ficou internada com falta de ar, sinto que essas informações podem ajudar muitas
mães e pais, evitando que seus bebês fiquem doentes. São cuidados simples, mas
que podem fazer toda a diferença na saúde da criança.
Em caso de dúvida, converse com o
pediatra ou neonatologista.
(Conteúdo desenvolvido em parceria com AbbVie)