O dito “hormônio feminino” é costumeiramente chamado de “o culpado” quando a mulher passa por episódios de irritabilidade ou sensibilidade mais intensas que o normal. Apesar de não ser uma regra, é comum que estes momentos aconteçam durante o período de TPM.
Isso acontece porque realmente há uma série de variações hormonais que acarretam em efeitos sobre o corpo e a rotina da mulher. Além disso, seu humor e seu bem-estar também são afetados nestes episódios. Mas… O que será que está por trás da tão conhecida sentença “é culpa do hormônio feminino”?
Bem, a verdade é que a mulher produz uma série de hormônios (e não somente um) e eles são, sim, responsáveis por boa parte das alterações de humor que nos acontecem mensalmente. Mas, calma lá: que fique claro que eles são responsáveis por BOA parte das alterações. Isso porque há, sim, uma série de outros fatores que também afetam nossos corpos, nosso bem-estar, nossa saúde e nossas emoções, como a sobrecarga de trabalho, as preocupações cotidianas e as cobranças sociais.
Mas voltando para os hormônios: o estrógeno e a progesterona provavelmente são os dois mais conhecidos – e ambos são produzidos pelos ovários. Entretanto, há no total 5 hormônios femininos que são intitulados como os “principais”. Conheça cada um deles neste artigo, entenda mais sobre estes hormônios e descubra de que forma cada um influencia na nossa rotina. Boa leitura!
Progesterona
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Com certeza um dos hormônios mais famosos entre as mulheres, a progesterona é um hormônio feminino fundamental para o processo de gravidez. Isso porque ele é responsável pela regulação do ciclo menstrual e pela preparação do útero para receber o óvulo fertilizado.
Ou seja, é a progesterona que deve evitar que um óvulo fertilizado seja expulso pelo organismo da mulher. É normal que o nível de progesterona no corpo feminino aumente logo após a ovulação. Se a mulher estiver grávida, estes níveis devem se manter altos para auxiliar no desenvolvimento das paredes do útero.
Entretanto, se não houver fecundação, a tendência é que os ovários parem de produzir este hormônio feminino. Isso acaba por levar à escamação do revestimento do útero. O resultado desta escamação é a menstruação.
E é por isso que mulheres grávidas não menstruam: porque a menstruação é a escamação do revestimento do útero, e isso só acontece no caso da progesterona parar de ser produzida pelo corpo. O que, por sua vez, acontece só quando não há gravidez (porque se houver gestação, o revestimento uterino precisa ser bem desenvolvido para “reservar” o bebê pelos próximos meses).
Estrogênio
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O estrogênio é, na verdade, uma grande categoria de hormônio feminino onde se fazem presentes outros hormônios, por exemplo:
Em conjunto com a progesterona, os estrogênios também atuam na regulação do ciclo hormonal da mulher. Estes hormônios atuam principalmente durante a idade fértil da mulher, já que são importantes justamente para o processo de gravidez.
Na puberdade, os estrogênios costumam estimular:
- Desenvolvimento dos seios
- Maturação do aparelho reprodutor
- Crescimento, alteração e distribuição da gordura no corpo da mulher (normalmente concentrado no quadril, nádegas e coxas)
Ou seja, é responsabilidade destes hormônios regular o ciclo hormonal e lidar com as alterações no corpo da adolescente.
Ocitocina ou Hormônio feminino do amor
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O ocitocina é considerado um hormônio feminino, entretanto, o mesmo é produzido pelo cérebro tanto da mulher quanto do homem. Os efeitos da ocitocina sobre o sujeito incluem:
Como alguns de seus principais efeitos possuam associação com o equilíbrio emocional e com a melhora na capacidade de se relacionar, a ocitocina é popularmente conhecida também como “o hormônio do amor”. Isso se dá em grande medida porque seus efeitos são comuns entre casais apaixonados e porque o hormônio também é responsável por parte do prazer alcançado no orgasmo.
Por isso tudo, ele é considerado um hormônio feminino (apesar do homem também o produzir e também ser influenciado pelos seus efeitos).
Além de atuar no equilíbrio emocional das pessoas, a ocitocina também é importantíssimo no momento do parto e nos cuidados posteriores com a criança. Isso porque ele auxilia no seguinte:
Por essas razões, há alguns casos de mulheres que têm indicação clínica para receberem ocitocina sintética no trabalho de parto. Entretanto, essa indicação deve ser avaliada com atenção, uma vez que apenas uma pequena proporção das mulheres precisa deste procedimento para dar à luz.
HCG
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HCG é a sigla para um hormônio feminino chamado Granadatrofina Cariônica Humana. Ele é conhecido como “o hormônio da gravidez” e é produzido nas células que vão formar a placenta na gestação. Portanto, é possível diagnosticar com bastante precisão a gestação através de exames laboratoriais que avaliem a presença/taxa deste hormônio no sangue da mulher.
Durante a gestação a produção do HCG aumenta significativamente. E é por isso que os exames que detectam sua presença no sangue são tão precisos quanto ao tempo de gravidez: porque avaliando sua concentração na corrente sanguínea é possível definir há quanto tempo o hormônio está sendo produzido em maior escala pelo organismo. Ou seja, há quanto tempo a fecundação do óvulo ocorreu.
A produção elevada de HCG no corpo da mulher aumenta durante a gestação porque é ele que garante os níveis de progesterona no sangue. Além disso, ele também mantém o alinhamento do útero durante a gravidez e aquece o corpo da mulher. Aliás, você sabia que a temperatura corporal da mulher muda durante a gravidez?
Testosterona
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Ué, mas testosterona não é um hormônio masculino? Sim, a testosterona é comumente associada ao desenvolvimento do organismo do homem. Entretanto, tanto os homens como as mulheres possuem este hormônio em seus organismos. Na verdade, boa parte dos hormônios é compartilhado entre todos os humanos. O que costuma mudar é sua concentração no sangue.
Este hormônio afeta significativamente a disposição e a energia das pessoas. Além disso, ele também tem influencia sobre a libido e sobre o desenvolvimento dos ossos e dos músculos.
Mulheres que sofrem da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) costumam apresentar características mais masculizadas, por exemplo:
- Pelos no rosto e no corpo
- Voz grave
Isso acontece porque um dos sintomas deste diagnóstico é justamente o excesso de testosterona no corpo
Você já conhecia estes cinco hormônios? Qual deles você acha que deveria levar o título de “hormônio feminino”? Escreva um comentário e compartilhe sua opinião conosco.