O câncer de mama é o tipo de tumor que mais acomete as mulheres. Para se ter uma ideia, segundo números do Instituto Nacional de Câncer (Inca), só em 2018 a doença representou 24,2% do total de casos de câncer femininos no mundo. O tipo, assim como o desenvolvimento e o tratamento do tumor variam, e muitas dúvidas surgem com o diagnóstico. Quando relacionamos a doença com a maternidade, uma das perguntas mais comuns é: mulher com câncer de mama pode amamentar?

mulher com câncer de mama

Imagem: 123RF

A resposta é: depende. Em entrevista ao blog, o ginecologista Alberto Guimarães explica que a amamentação pode ser comprometida quando a doença é descoberta durante o período de aleitamento. Porém, por outro lado, se o diagnóstico e o tratamento já ocorreram, não necessariamente há imposições para a amamentação. “Se a mulher já foi submetida, por exemplo, a uma cirurgia, um quadrante, retirou parte da mama, isso não compromete a amamentação. Ela pode usar a mama contralateral (ou seja, que não foi acometida pela doença) para amamentar.”

E durante o tratamento, a mulher com câncer de mama pode amamentar?

Segundo o médico, no momento agudo do tratamento, a mulher com câncer de mama não deve amamentar. “Na fase inicial do tratamento, em caso de uso de quimioterapia ou radioterapia, o ideal é evitar a amamentação. Passada essa fase, não há problema em praticá-la”, afirma.

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A mastologista e ginecologista Fernanda Torras esclarece que, em caso de radioterapia mamária, há prejuízo nos dutos e na produção de leite, de modo que o aleitamento não é incentivado. Já no tratamento quimioterápico e na hormonioterapia, há o risco de que medicações utilizadas cheguem ao leite materno. “Isso gera um potencial prejuízo ao bebê, não sendo o aleitamento recomendado nesses casos”, alerta.

Alberto Guimarães também observa que, passado o tratamento, há mulheres que passam por uma manutenção com medicação, o Tamoxífeno. Nesse caso, ele diz que o aleitamento pode ser feito. “A rigor, o Tamoxífeno não prejudica a amamentação, embora diminua a produção do leite”, pontua.

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Quando a mulher que tem câncer de mama não puder amamentar, é necessário consultar o pediatra, que irá avaliar o melhor alimento para a criança.

Sintomas

Há mulheres que descobrem o câncer de mama durante o período de aleitamento. Segundo Fernanda, a identificação da doença pode ser tardia quando os sintomas são sentidos na amamentação, já que é comum a mama ficar endurecida. Mas ela aponta alguns sintomas que podem ser observados e merecem investigação: “Nessa fase de aleitamento, os principais sinais suspeitos são: assimetria importante das mamas, nódulo mamário palpável e persistente após esvaziamento mamário, nódulo axilar, pele da mama vermelha, sinal de pele em casaca de laranja, secreção sanguinolenta pelo mamilo”.

Se desconfiar, agende uma consulta com um mastologista. Vale destacar ainda que é muito importante realizar anualmente os exames preventivos do câncer de mama junto ao ginecologista. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos devem fazer todo ano o exame clínico das mamas. Quem tiver entre 50 e 69 anos, no caso de baixo risco, precisa fazer a mamografia, pelo menos, a cada dois anos.

“Esta periodicidade leva em conta benefícios e riscos da mamografia, que é um raio-X capaz de identificar tumores pequenos. Já mulheres consideradas de alto risco devem procurar acompanhamento individualizado. Este grupo inclui aquelas com história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos”, alerta a entidade.

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Você sabia que a amamentação protege contra o câncer de mama?

Por fim, vale lembrar que a amamentação serve como fator preventivo para o câncer de mama. “Há estudos que mostram que a amamentação pode funcionar como um protetor, como uma maneira para evitar a doença”, afirma Alberto Guimarães. Para ler mais sobre essa relação, clique aqui.