A superproteção é um problema que vem crescendo a passos largos no Brasil, de acordo com alguns especialistas.

É normal querer proteger o filho dos perigos do mundo, principalmente quando ele é pequeno. Mas é necessário tomar cuidado para garantir que as crianças não serão super protegidas, o que acaba por tirar delas algumas responsabilidades e experiências importantes para seu desenvolvimento saudável.

Superproteção - Mãe levando criança no colo na natureza

Crédito: Freepik

Entre outros problemas, a superproteção pode prejudicar seriamente a autoestima da criança. Isso porque, quando os pais tomam as responsabilidades das crianças, eles estão mandando uma mensagem clara: a de que o filho não é capaz de fazer aquilo. Acreditando que são pessoas incapazes, como as crianças conseguirão ter fé em si mesmo e em suas escolhas?

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Especialistas apontam que as atitudes ensinam muito mais do que as palavras. Por isso, mostrar para a criança que você confia nela é muito mais importante do que dizer isso.

Na verdade, os especialistas contam que, se os pais mostram não confiar mas dizem que confiam, essa ambiguidade pode deixar a criança confusa. Portanto, é normal que a superproteção também interfira na relação da criança com o adulto, uma vez que ela começa a questionar se pode confiar naquele adulto que diz uma coisa, mas faz outra.

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Pode ser muito difícil para as mamães perceberem que são superprotetoras e, portanto, que estão prejudicando o desenvolvimento da criança (mesmo sem querer). Por isso, fizemos este artigo. Então siga a leitura e descubra se você é uma mãe que superprotege. Aprenda também como você pode melhorar isso. Boa leitura!

Você é uma mãe superprotetora?

Mãe e criança caminhando com cachorro

Crédito: Freepik

Alguns especialistas acreditam que o primeiro passo para descobrir se você usa de superproteção na criação dos filhos ou não é aplicar algumas perguntas básicas.

Pegue papel e caneta para te ajudar nesse teste.

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Leia com atenção cada pergunta e responda com sinceridade. Ao fim, conte quantas vezes você respondeu “sim” e quantas vezes você respondeu “não”.

Questionário de superproteção

  1. Você não deixa que seu filho faça coisas sozinho? (Ex. Tomar banho sozinho aos 4 anos ou jogar o lixo na rua aos 7 anos)
  2. Sente medo de deixar seu filho brincar sozinho com os colegas?
  3. Você já se aproximou de alguma criança para pedir que o seu filho brinque com ela? (Ex. Na pracinha da cidade ou no playground do condomínio)
  4. Sente que precisa fazer contato ou amizade com a mãe/responsável por uma criança que está brincando com seu filho?
  5. Você se sente mais segura avisando a professora que deixou um recado na agenda em vez de somente pedir ao filho para a avisar?
  6. Quando seu filho briga com algum coleguinha, você vai tirar satisfação com a criança em vez de o deixar resolver sozinho o problema?
  7. É você quem escolhe as roupas que o seu filho vai usar, mesmo quando ele já demonstra suas preferências?
  8. Você evita ao máximo causar qualquer sofrimento ao seu filho, mesmo quando ele precisa ser corrigido? (Ex. Quando ele faz algo de errado e precisa de castigo ou quando ele erra algo na lição de casa e precisa de correção)
  9. Você acredita que seu filho é muito pequeno para lidar com a frustração?
  10. Sente que somente você sabe o que é melhor para seu filho, desconsiderando opinião de qualquer pessoa que não concorde com você? (Ex. Pai, avós, professoras da escola, colegas do seu trabalho que também são mães e a própria criança)
  11. Você sempre deseja cumprir com as expectativas do seu filho?

Respondeu todas as perguntas com sinceridade? Agora conte quantas delas foram respondidas com “sim”.

Gabarito do questionário de superproteção

Os especialistas apontam que mães que responderam 5 ou mais destas perguntas de forma afirmativa têm grandes chances que estarem usando de superproteção com seus filhos. Se esse for o seu caso, continue lendo este artigo e conheça algumas dicas para reduzir a superproteção sem colocar a criança em risco.

Veja alguns filmes que podem ajudar a trabalhar as emoções nas crianças.

O que fazer para reduzir a superproteção?

Criança e mãe andando de mãos dadas na natureza

Crédito: Freepik

Veja aqui 5 dicas de especialistas para te ajudar a ir reduzindo a superproteção aos poucos.

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Mostre que você acredita nele

É muito difícil, mas tente colocar em prática essa dica o quanto antes. Isso porque ela talvez seja uma das mais importantes para reduzir a superproteção.

Permita que a criança faça algumas tarefas sozinha. Você vai aumentar a autoconfiança da criança e também conseguirá descobrir em que ela tem dificuldades. Afinal, se seu filho nunca faz nada sozinho, como você saberá onde está sua dificuldade?

Veja como trabalhar a inclusão com o seu filho.

Deixe-o tomar suas próprias decisões

Não faça todas as escolhas pela criança. Deixe que ela possa avaliar as opções e tomar suas próprias decisões. Veja alguns exemplos:

  • Forneça algumas opções de frutas para o lanche e deixe seu filho escolher
  • Permita que ele escolha a roupa que vai usar no dia seguinte
  • Pergunte ao seu filho qual passeio ele gostaria de fazer no fim de semana

Dessa forma, você continuará no controle, mas vai também garantir que ele comece a avaliar alternativas, tomar decisões e analisar as consequências das suas decisões.

Estabeleça tarefas

Criança secando louça

Crédito: Freepik

Combine algumas tarefas simples com a criança. Entretanto, cuide sempre que a tarefa esteja de acordo com a idade do seu filho.

Tarefas simples demais podem não surtir efeito sobre a autoconfiança da criança, e tarefas muito complexas podem fazer com que a criança não consiga as concluir.

Veja aqui algumas dicas:

  • Entre 2 e 3 anos: Guardar seus brinquedos e sapatos no quarto; pegar frutas e legumes na cozinha (se dispostas em armários baixos)
  • Entre 4 e 5 anos: Organizar a mesa; secar a louça; regar as plantas
  • Entre 6 e 8 anos: Estender a roupa limpa no varal de chão; tirar os lixos da casa; guardar as louças secas nos armários

Ajude a criança a lidar com a frustração

A frustração faz parte da vida. Por isso, é importante que a criança aprenda a lidar com as emoções. Isso porque ela terá muitos desafios para enfrentar e quanto melhor conseguir trabalhar a própria frustração, melhor para ela.

Veja aqui algumas dicas de como trabalhar com as costumeiras crises de raiva da infância também.

Converse com outros pais

Aproveite o contato com outras mães e pais e converse sobre o assunto. Pergunte como eles lidam com a situação e troque figurinhas.

Abrir os olhos para as pessoas ao redor que passam pela mesma situação pode ajudar, e muito. Assim você não se sentirá tão só e também poderá pegar dicas importantes de como segurar a ansiedade.

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