Compreender o que o estresse causa na gestação é muito importante para ficar atenta aos sinais desse tipo de sintoma. Ao detectá-lo, é importante conversar com o médico ou com um psicólogo perinatal para poder viabilizar um espaço de acolhimento e escuta para a gestante.

Isso porque, o estresse excessivo na gestação pode causar malefícios na saúde da mãe e do feto. Por isso, pensar em estratégias de minimizar as crises de estresse é importante para prevenir problemas futuros, e também para aumentar a qualidade de vida da mulher durante toda a gestação.

Neste texto, reunimos uma série de informações sobre o assunto, com o propósito de esclarecer dúvidas e entregar dados que possam fazer a diferença na hora de compreender o que o estresse causa na gestação. Confira!

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O que o estresse causa na gestação

Mulher irritada e pensativa. Foto: Canva

O que o estresse causa na gestação?

O estresse, quando pontual e relacionado a um gatilho específico, não é capaz de causar malefícios extremos para as pessoas. No entanto, quando ele se torna recorrente, ainda mais com alta intensidade, é necessário ficar atento.

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Afinal, como o estresse libera hormônios em nosso corpo, automaticamente isso pode desbalancear algumas funções importantes do nosso organismo. Por isso, ficar atento a essas situações e aprender a preveni-las é relevante.

Vejamos, a seguir, o que o estresse causa na gestação:

1. Maiores chances de partos prematuros

Próximo ao fim da gestação, os hormônios relacionados ao estresse têm a função de acelerar o desenvolvimento fisiológico do feto. Porém, quando esses hormônios são liberados demasiadamente durante a gravidez, esse desenvolvimento pode ser acelerado, o que leva, em alguns casos, ao nascimento prematuro.

É como se o desenvolvimento fisiológico ocorresse de forma prematura e muito acelerada, fora do tempo esperado, resultando em conflitos entre o desenvolvimento saudável e a data mais adequada para o bebê nascer.

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Estresse causa na gestação – 2. Bebês com baixo peso

Durante a liberação do cortisol e da noradrenalina, os vasos sanguíneos ligados ao feto se contraem, fazendo com que ele acabe tendo acesso a menos nutrientes e vitaminas fundamentais para o seu crescimento.

Assim sendo, à medida que a mulher é exposta a situações estressantes, mais noradrenalina começa a ser liberada em seu organismo. Consequentemente, menos nutrientes chegam no feto, afetando significativamente o seu desenvolvimento, crescimento e peso.

O que o estresse causa na gestação

Mulher estressada olhando para o computador. Foto: Canva

3. Risco de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos

Tanto a gestante quanto o feto podem sofrer com o risco de desenvolver transtornos psiquiátricos por conta do estresse excessivo vivido durante a gestação.

Primeiro, o Sistema Nervoso Central do feto pode ser afetado. Segundo, a mulher pode ser levada ao esgotamento emocional, ocasionando assim o aparecimento de sintomas de ansiedade, depressão, entre outros quadros.

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Inclusive, é válido destacar que, durante a gestação, a mulher está muito suscetível ao desenvolvimento de quadro psiquiátricos e de saúde mental. Por isso, ficar atenta às questões relacionadas ao estresse é muito importante.

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Estresse causa na gestação – 4. Imunossupressão

O estresse, basicamente, prepara o nosso corpo para lutar ou fugir de algo que possa estar ameaçando a nossa vida ou a nossa integridade. Isso provoca uma série de reações em nosso organismo.

Por exemplo, as pupilas se dilatam, os batimentos aceleram, há uma maior circulação sanguínea e pressão arterial, entre outros efeitos. Tudo isso acaba fazendo com que outras funções do corpo fiquem, digamos, em “stand-by” por alguns instantes.

Uma dessa funções é o trabalho feito pelo sistema imunológico: ele fica suprimido quando temos muitos hormônios do estresse em nosso corpo.

Quando essa imunossupressão é pontual, dificilmente um problema grave pode aparecer. No entanto, quando essa supressão ocorre de maneira frequente e recorrente, como no caso do estresse crônico, o organismo entra no que chamamos de “exaustão”.

Exaustão no sentido de que está, a todo momento, preparado para fugir, danificando algumas funções do corpo. Logo, há um aumento das chances de a pessoa contrair infecções e doenças diversas, devido à “baixa atividade” do sistema imunológico.

Mulher estressada com a quantidade de trabalho. Foto: Canva

Agora, trazendo isso para a gestação, esse tipo de situação pode ser bem perigosa. A mulher com baixa imunidade pode colocar a sua saúde e a de seu feto em risco, causando impactos cada vez mais profundos no desenvolvimento fetal.

5. Desenvolvimento de dificuldades de aprendizagem

Os altos níveis de estresse durante a gestação também podem impactar profundamente o Sistema Nervoso Central do feto. Isso quer dizer que a criança, no futuro, poderá enfrentar problemas de aprendizagem, dificuldades para se concentrar, entre outros efeitos que impactam a sua vida de uma forma geral.

Além disso, estima-se um aumento nas chances de a criança desenvolver déficit de atenção e hiperatividade, além de transtornos psiquiátricos diversos, como a depressão, por exemplo.

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Mulher estressada na sua mesa de estudo. Foto: Canva

O que fazer em casos de estresse na gestação?

Agora que pudemos compreender o que o estresse causa na gestação, é interessante pensarmos e refletirmos sobre alternativas que podem ajudar a mulher a prevenir o agravamento do estresse durante a gravidez. Veja abaixo algumas considerações: 

  1. Rede de apoio: Buscar desenvolver boas relações com a rede de apoio pode ajudar na hora de enfrentar as adversidades que a gestação e a maternidade podem começar a apresentar para a mulher. Portanto, considere se aproximar daqueles que estão sempre com você e que podem ajudá-la a lidar melhor com as angústias vividas neste momento. Você não precisa virar uma “super mulher” apenas porque está gestando ou tornando-se mãe, pois a maternidade é uma construção que acontece por toda vida. Logo, é válido receber ajuda e saber solicitar apoio quando necessário, para não se sobrecarregar.
  2. Hábitos saudáveis: Construir uma rotina baseada em hábitos saudáveis também é um bom caminho. Aqui, incluem-se os exercícios físicos que relaxam e aumentam o bem-estar; a rotina de sono que revigora e equilibra as emoções; a boa alimentação que satisfaz o corpo e não ocasiona sobrepeso ou outros problemas que impactam o bem-estar e a autoestima; a prática de atividades relaxantes, como hobbies, para manter a satisfação com a rotina; entre outros.
  3. Psicoterapia: A psicoterapia, feita especialmente com um psicólogo perinatal, também pode ajudar a mulher nesta fase tão importante. Durante o acompanhamento psicológico é possível esclarecer o que se sente, por que se sente e como é possível lidar com o que é sentido. Dessa maneira, encontram-se caminhos de enfrentamento para o estresse, propiciando um manejo mais saudável das emoções.

Cuidar de você, durante a gestação, é tão importante quanto se preocupar com a saúde do seu feto. Lembre-se de que você é uma prioridade nessa história, que merece atenção, cuidado, afeto, proteção, enfim!

Não negligencie o seu bem-estar tentando se tornar a mãe mais poderosa do mundo, pois não existe mãe perfeita, existe mãe possível. Pense nisso e, em caso de dúvidas, converse com um psicólogo!

Mulher estressada e pensativa. Foto: Canva

Referências

RENNÓ JR, Joel et al. A influência do estresse na gestação. Debates em Psiquiatria, v. 3, n. 3, p. 6-11, 2013.

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