Comunicação Não-violenta consiste em uma técnica de comunicação bastante importante e que pode fazer toda a diferença nas nossas relações. Na educação das crianças, é capaz de promover benefícios diversos, como fortalecimento do vínculo entre pais e filhos, desenvolvimento de crianças mais emocionalmente saudáveis, e assim por diante.

Por isso, investir nessa forma de se comunicar é uma excelente ideia para quem busca se aproximar dos filhos de forma saudável, sempre respeitando a subjetividade de cada um deles.

No conteúdo de hoje, portanto, apresentamos conceitos e dicas importantes sobre a Comunicação Não-violenta, para quem desejar aderir a esse método. Acompanhe.

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Comunicação Não-violenta

Mãe com seu bebê no colo. Foto: Canva

O que é a Comunicação Não-violenta?

A Comunicação Não-violenta leva em consideração as habilidades de interação, relacionamento e comunicação empáticas, justas e de qualidade. Isto é, considera-se a empatia, a compaixão e a consideração pelo outro como pontos-chave para estabelecer uma comunicação respeitosa e assertiva. No caso do relacionamento entre pais e filhos, essa comunicação pode aproximar ambos e resultar em uma comunicação mais afetiva e que garante o respeito pela singularidade das crianças.

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Sendo assim, a Comunicação Não-violenta não visa o uso de punições ou agressões na hora de explanar as suas ideias. Mas, sim, a pessoa aprende a conversar de forma empática, buscando expor os seus pontos de vista sem ter que impor algo para o outro. Acordos e diálogos operam com frequência em um ambiente regido pela Comunicação Não-violenta.

Para colocá-la em prática, devemos ficar atento aos preceitos defendidos por essa “técnica”, visando iniciar uma interação saudável com nossas crianças. Ademais, é importante também destacarmos que a CNV não foca apenas na interação pais e filhos, mas, sim, pode ser usadas na escola, no trabalho, na faculdade e em qualquer ambiente no qual precisemos nos comunicar com outras pessoas.

Por isso, a CNV pode transformar a forma como lidamos com as outras pessoas, impulsionando relações mais respeitosas e saudáveis em diferentes contextos sociais. Para saber mais sobre os pontos-chave dessa comunicação, continue lendo este texto.

Comunicação Não-violenta

Mãe levantando seu filho ao alto na praia. Foto: Canva

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Quais as principais características da Comunicação Não-violenta? Como colocá-las em prática?

São diversos os pontos que a Comunicação Não-violenta traz à tona para que possamos construir relacionamentos mais saudáveis e respeitosos em diferentes contextos. Alguns exemplos são:

  • Usar o poder da observação;
  • Analisar as nossas emoções e aprender a lidar com elas;
  • Desenvolver a paciência e a tolerância;
  • Desenvolver a capacidade de ser empático e de compreender o outro;
  • Aprender a fazer solicitações mais assertivas, deixando claro, para o nosso interlocutor, o que realmente estamos pedindo, sem imposições autoritárias.

Para que você possa entender melhor esses pontos citados acima, descrevemos cada um deles com mais detalhes, logo abaixo. Veja:

1. Comunicação Não-violenta: Observar o contexto que estamos

Observar o contexto no qual estamos inseridos é um dos passos para desenvolver a Comunicação Não-violenta. Quando observamos o contexto, podemos entender o que sentimos, por que sentimos e de que forma podemos expor esses sentimentos sem nos sobrepor sobre o outro.

Por exemplo, se o seu filho comete um erro na escola, é importante observar como você se sente com isso e quais são as reações emocionais e fisiológicas que você sente. Você se sente com raiva? Com vontade de impor um castigo duro? Pense sobre isso.

Comunicação Não-violenta

Família feliz abraçada. Foto: Canva

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Ao analisar e observar a forma como nos sentimos e como as situações nos afetam, podemos manter um maior controle da forma como expomos as nossas ideias aos outros. Isso quer dizer que podemos controlar melhor os nossos impulsos, deixando de lado aqueles comportamentos que são regidos pela raiva, por exemplo.

Seguindo a ideia do filho cometer um erro na escola, ao invés de simplesmente castigá-lo, você pode buscar avaliar os motivos pelos quais ele cometeu o erro. Ao mesmo tempo, é possível exercitar a paciência e buscar informações mais racionais, ao invés de meramente emocionais, para enfrentar o conflito.

Será que a raiva sentida não tem a ver com outro erro que a criança cometeu no passado? Será que tem a ver com o erro de outra pessoa, que se soma a essa situação atual? Perceba o quanto as emoções podem nos levar a comportamentos impulsivos e, por isso, observar o contexto, dando atenção à gravidade do que aconteceu, ao que sentimos, ao que pensamos em fazer, às reações do filho, entre outros aspectos, é mais válido para tomar decisões com a cabeça mais “fria”.

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2. Análise das emoções

As nossas emoções têm um papel muito importante em nossas vidas e, claro, em nossas relações. Isso quer dizer que elas podem impactar diretamente a forma como nos comunicamos dentro dos nossos relacionamentos.

Logo, quando não entendemos o que sentimos, podemos descarregar essas emoções nos outros, como se eles tivessem culpa, resultando em conflitos que machucam e magoam.

Imagine a seguinte situação: você matricula o seu filho na escola de futebol, pois você é apaixonado pelo esporte. No entanto, descobre que o seu filho tem faltado às aulas por, simplesmente, não gostar de futebol. Simplesmente puni-lo severamente, por conta de uma frustração sua, pode ser algo incabível.

Mais vale entender quais emoções se envolvem com a situação para então pensar em soluções. Se você o forçou porque é algo que você ama fazer, por que seria justo cobrar dele o comprometimento que você projetou?

Filho dando um beijo na sua mãe. Foto: Canva

Obviamente, a mentira de dizer que ia às aulas, mas na verdade faltava, pode sim ser a pauta da conversa, mas a frustração pelo seu filho não seguir o caminho que você queria não é algo justo.

Por isso, prestar atenção no que você sente, dando nomes às emoções e compreendendo até que ponto elas falam mais de você do que do outro, é algo que pode ajudar na hora de interagir com os filhos.

Além disso, aprender a analisar as nossas emoções nos permite reduzir aqueles comportamentos impulsivos, baseados nas sensações explosivas que as emoções podem provocar eventualmente. Afinal, quando as emoções operam sozinhas a nossa vida, o racional pode ser esquecido, levando-nos a atitudes que causam arrependimento mais tarde.

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3. Comunicação Não-violenta: Desenvolvimento da paciência e da tolerância

A paciência e a tolerância também são outros pontos importantes considerados pela Comunicação Não-violenta. Com base nessas premissas, podemos pensar com mais tranquilidade sobre os conflitos antes de simplesmente agir.

Por exemplo, em um momento de desentendimento com algum familiar, ao invés de falar tudo que vem à mente, sem nem pensar sobre o uso das palavras, apenas para tentar “se sentir por cima” do outro, é algo que pode causar danos nas relações dentro de casa.

Além disso, a paciência e a tolerância também se associam com o fato de conseguirmos ser mais flexíveis. Isto é, nem sempre nossos filhos quererão seguir o caminho que sonhamos, e devemos ter tolerância e flexibilidade para aceitar que eles têm os próprios desejos.

Se ficarmos sendo autoritários, não aceitando o ponto de vista diferente do filho, poderemos acabar danificando o nosso relacionamento com eles.

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Mãe e filho fazendo atividades. Foto: Canva

4. Empatia e compreensão

Colocar-se no lugar do outro e compreender a visão alheia também é fundamental para conquistar as premissas da Comunicação Não-violenta. Quando imaginamos o que o outro possa sentir ou estar sentindo durante uma interação, passamos a ter mais cuidado na hora de escolher as palavras que são ditas.

Caso contrário, podemos simplesmente despejar ideias, de modo autoritário, sem se preocupar se elas fazem sentido e se são justas do ponto de vista alheio.

Afinal, não é porque se é pai ou mãe que se pode, simplesmente, achar que é possível impor algo para os filhos, sem considerar a empatia e o que eles sentirão com tal decisão.

Lembre-se de que os filhos são seres humanos com sentimentos, desejos e angústias. Por isso, saber se colocar no lugar deles, para compreender o ponto de vista que possuem, é indispensável para a construção de relacionamentos mais seguros e saudáveis.

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Mãe e filho no computador. Foto: Canva

5. Comunicação Não-violenta: Solicitações assertivas

Por fim, outro ponto muito defendido pela Comunicação Não-violenta é a capacidade de solicitar de forma assertiva. O que isso quer dizer na prática? Às vezes, esperamos que o outro faça algo que sequer solicitamos. Por exemplo, queremos que nossos filhos saibam da importância de manter a casa limpa, mas isso nunca foi dito a eles.

Lembre-se de que as crianças estão aprendendo sobre o mundo, e cabe aos adultos ensiná-las com respeito e carinho os caminhos mais saudáveis para serem seguidos. É impossível querer cobrar dos filhos algo que não foi solicitado de forma assertiva.

Além disso, a forma como a solicitação é feita também faz toda a diferença. Veja um exemplo:

Imagine que você quer que o seu filho deixe o computador um pouco de lado e passe um tempo com você. Apenas dizer “saia desse computador, ou vou cortar a internet” não é algo que uma pessoa que se baseia na Comunicação Não-violenta diria. Agora, algo como “filho, estou sentindo a sua falta, pode pausar o jogo um pouquinho para nos divertirmos juntos lá fora?” é muito mais afetuoso e deixa claro que você quer se aproximar do seu filho, e não meramente puni-lo por estar no computador.

Perceber a diferença nesse discurso é muito importante, para construir uma proximidade mais saudável com os pequenos.

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Conclusão sobre Comunicação Não-violenta

Ao longo deste conteúdo nós apresentamos 5 características importantes da CNV. Visamos também descrever algumas dicas de como você pode começar a adotá-las no dia a dia. Contudo, caso queira se aprofundar mais sobre o assunto, cogite pesquisar sobre a temática em livros que se aprofundam mais sobre a descrição da técnica.

Além disso, se julgar interessante, converse com um profissional que tenha experiência no assunto e que possa orientá-lo quanto ao uso da Comunicação Não-violenta no dia a dia com seus filhos.