Quer saber como proteger seu bebê de doenças? Então confira nosso calendário de vacinação do bebê, desde o nascimento até os 15 meses de idade.
Afinal de contas, vacinar também é um gesto de carinho e prevenção. E essa atitude deve começar desde cedo, porque, além de evitar que o pequeno contraia infecções e doenças, isso também evita que aquelas doenças erradicadas no Brasil voltem a acontecer.
Alguns exemplos de doenças antigas que voltaram a aparecer recentemente foram o Sarampo, que já apareceu em 21 estados brasileiros, além da poliomelite, meningite, rubéola e a difteria.
Geralmente, a imunização começa logo após o nascimento, sendo essencial para proteger o bebê.
Porém, infelizmente no Brasil, houve uma queda na imunização infantil, sendo uma das maiores reduções do mundo.
Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas metade da população infantil recebeu as doses de vacinas necessárias previstas no calendário. Apesar desse fato, tenha em mente que a vacinação infantil é obrigatória em nosso país.
Ainda segundo o Ministério, a cobertura vacinal está baixa, com apenas 65,5%, quando o recomendado é de 95%.
Mas, felizmente, podemos reverter essa situação vacinando corretamente os pequenos. Além disso, as vacinas são disponibilizadas gratuitamente pelo próprio Ministério.
Por isso, é essencial ficar de olho na caderneta de vacinação do seu bebê e checar quais imunizantes ele precisará tomar.
Para te ajudar nessa importante missão, montamos um calendário completo de vacinas, que são necessárias para trazer maior qualidade de vida e proteger de graves doenças.
Médica vacinando bebê. Crédito da foto: Freepik
Vacinação do bebê: confira o calendário de 0 a 15 meses
Primeiramente, vamos entender alguns fatos sobre a vacinação infantil, para que os pais tirem todas as suas dúvidas em relação ao assunto.
Vamos lá!
Por que é importante vacinar bebês?
Porque eles são um grupo muito vulnerável e frágil a doenças infecciosas, que podem levá-los a uma internação, dependendo da gravidade, podendo levar mesmo até a morte.
Então, a vacinação nos primeiros meses de vida torna-se um compromisso essencial para trazer mais saúde e qualidade de vida para o desenvolvimento do seu filho.
Quais vacinas o bebê deve tomar quando nasce?
Todas as vacinas do calendário infantil são essenciais, mas são nos primeiros 12 meses de vida que o sistema imune será fortalecido.
Nesse período, são vacinas contra doenças transmitidas através de vias respiratórias, ou transmissão gastrointestinal.
Como alguns exemplos fundamentais, temos as vacinas pneumocócicas, as vacinas meningocócicas, a vacinação para doenças como sarampo, caxumba e rubéola, para rotavírus e também para doenças de transmissão através de picadas de insetos contaminados, como é o caso da febre amarela.
Além disso, existem duas vacinas indispensáveis, que são a BCG, que previne as formas mais graves da tuberculose, por exemplo, e também a de Hepatite B.
Do mesmo modo, as consultas com o pediatra são super importantes e devem ser regulares.
Leia mais: Médica alerta pais sobre riscos de não vacinar seus filhos
Médico colocando band-aid no braço do bebê. Crédito da foto: Freepik
Vacinação do bebê – Principais dúvidas:
Tomar vacinas com atraso tem algum problema?
Tomar vacinas fora da idade recomendada é um risco a se correr, pois a criança pode acabar contraindo a doença.
Porém, se existirem atrasos na vacinação do bebê, o primeiro passo é corrigir essa situação e realizar as vacinas.
Para isso, o ideal é passar no médico para que ele veja qual a melhor recomendação para a atualização das vacinas da criança.
Na pandemia, muitas vacinas foram atrasadas.
Como aliviar a dor na hora da vacina?
Para aliviar a dor do bebê nessa hora, o ideal é fazer o aleitamento materno, pois ajuda a deixar ele mais tranquilo.
Porém, caso não seja possível, você pode tentar tirar o foco do bebê da picada, brincando com bonequinhos ou usando outros estímulos visuais e auditivos para desviar a atenção da criança do ato da vacinação e reduza, assim, a dor.
Qual o local de aplicação das vacinas?
A maioria das vacinas são aplicadas na coxa ou no braço da criança.
Além disso, é fundamental que os pais, no dia da vacina, levem a caderneta de vacinação para registrar as vacinas que foram administradas, além de marcar a data da próxima vacinação.
Pai olhando termômetro, com expressão de dúvida. Bebê deitado na cama de barriga para cima. Crédito da foto: Freepik
O bebê pode apresentar alguma reação após a vacina?
Depois de tomar as vacinas, o bebê pode sim ter alguma reação, porém geralmente elas passam em até 48 horas.
O problema pode acontecer no local da picada, bem como através de algumas reações de choro, irritabilidade e perda de apetite.
Fique de olho no seu bebê caso ele apresente alguma reação. Leve ao pediatra para que a criança seja avaliada, principalmente se existir fere por mais de 48 horas ou se o estado geral da criança ficar muito rebaixado.
Por que é importante seguir o calendário de vacinação?
Porque as vacinas terão seus efeitos protetores máximos quando aplicadas corretamente, respeitando o início do esquema recomendado e o intervalo entre doses.
Portanto, manter o calendário atualizado é a melhor maneira de evitar que o bebê esteja exposto a infecções. Ou seja, quanto mais cedo se iniciar a vacinação, mais cedo a criança estará protegida de doenças frequentemente transmitidas em ambientes comuns, como escolas, creches e parques.
Por isso, a quantidade de doses que a criança recebe nos primeiros anos de vida é grande. Então, é importante que os pais acompanhem o calendário de vacinas por meio da carteirinha de vacinação do bebê.
Além disso, é importante que levem consigo este documento sempre que uma nova dose for tomada, para que ele seja atualizado.
Caso a carteirinha de vacinação tenha sido perdida, os pais devem procurar o local onde o bebê costuma tomar as vacinas para refazer o documento.
Bebê tomando vacina. Crédito da foto: Freepik
Vacinas que o bebê deve tomar: saiba quais são
Como já mencionamos acima, o calendário de vacinação começa logo após o nascimento.
Mas, vale lembrar que esse processo deve estar em alinhamento com o seu pediatra.
Veja abaixo quais são as vacinas que não podem faltar nessa faixa etária.
Vacinação do bebê – Após o nascimento:
Vacina de Hepatite B – A primeira dose da vacina protege da doença causada pelo vírus HBV, a hepatite B, que pode afetar o fígado e levar ao desenvolvimento de complicações ao longo da vida. Recomenda-se a sua administração nas primeiras 12 horas após o nascimento.
Vacina BCG – dose única e protege contra a tuberculose. Sua aplicação ocorre na maternidade e costuma deixar uma cicatriz no braço em que houve a aplicação da vacina, devendo-se formar até aos 6 meses.
Com 2 meses:
Vacina da Hepatite B – Recomenda-se a administração da segunda dose nesse período.
Vacina tríplice bacteriana (DTPa) – primeira dose da vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche, que são doenças causadas por bactérias.
Hib – primeira dose da vacina que protege contra a infecção pela bactéria Haemophilus influenzae.
VIP – 1ª dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida por paralisia infantil, que é uma doença causada por um vírus.
Vacina contra o rotavírus – essa vacina protege contra a infecção pelo rotavírus, que é uma das principais causas de gastroenterite nas crianças. A segunda dose pode ser administrada até os 7 meses.
Vacina Pneumocócica 10V – 1ª dose contra doença invasiva pneumocócica, que protege contra diversos sorotipos de pneumococos responsáveis por doenças como meningite, pneumonia e otite. A segunda dose pode ser administrada até os 6 meses.
Com 3 meses:
Vacina Meningocócica C – A 1ª dose atua contra Meningite meningocócica do sorogrupo C.
Vacina Meningocócica B – 1ª dose atua contra Meningite meningocócica do sorogrupo B.
Bebê segurando injeções. Crédito da foto: Freepik
Vacinação do bebê: Calendário
Com 4 meses:
Vacina VIP: 2ª dose da vacina contra a paralisia infantil.
Vacina tríplice bacteriana (DTPa): segunda dose da vacina.
Hib: segunda dose da vacina que protege contra a infecção pela bactéria Haemophilus influenzae.
Vacinação do bebê – Com 5 meses:
Vacina Meningocócica C – 2ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo C.
Vacina Meningocócica B – 1ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo B.
Com 6 meses:
Vacina da Hepatite B – Recomenda-se a administração da terceira dose desta vacina.
Vacina Hib – terceira dose da vacina que protege contra a infecção pela bactéria Haemophilus influenzae.
VIP – 3ª dose da vacina contra a paralisia infantil.
Vacina tríplice bacteriana – terceira dose da vacina.
A partir dos 6 meses recomenda-se também o início da imunização contra o vírus da Influenzae, que é responsável pela gripe, devendo a criança ser vacinada todos os anos durante o período de campanha.
Vacinação do bebê – Com 9 meses:
Vacina contra febre amarela – primeira dose da vacina contra a febre amarela.
Com 12 meses:
Vacina Pneumocócica – Reforço da vacina contra a meningite, pneumonia e otite.
Hepatite A – 1ª dose, sendo a 2ª indicada aos 18 meses.
Tríplice Viral – 1ª dose da vacina que protege contra o sarampo, rubéola, e caxumba.
Meningocócica C – reforço da vacina contra a meningite C. Esse reforço pode ser administrado até os 15 meses.
Meningocócica B – reforço da vacina contra a meningite do tipo B, podendo ser administrado até os 15 meses.
Catapora – 1ª dose.
A partir dos 12 meses é recomendado que seja feita a imunização contra a poliomielite através da administração oral da vacina, conhecida como VOP, devendo a criança ser vacinada durante o período de campanha até os 4 anos.
Vacinação do bebê – 15 meses
Vacina Pentavalente – 4ª dose da vacina VIP.
Vacina VIP – reforço da vacina contra poliomielite, podendo ser administrada até os 18 meses.
Tríplice Viral – 2ª dose da vacina, podendo sua aplicação ser até os 24 meses.
Catapora – 2ª dose, podendo ser até os 24 meses.
A partir dos 15 meses, até os 18 meses, é recomendado o reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, e o reforço da vacina que protege contra a infecção o Haemophilus influenzae.
Bebê tomando vacina. Crédito da foto: Freepik
Por que são necessárias tantas vacinas e tantas doses para imunizar as crianças?
O bebê, ao nascer, não produz seus próprios anticorpos. Nesse período, a proteção que ele recebe vem dos anticorpos da mãe.
Para garantir que o bebê produza altos níveis de anticorpos, são necessárias no primeiro ano de vida diferentes vacinas, cada uma delas com um esquema vacinal específico.
Ou seja, a criança pode receber mais de uma dose para se certificar de que ela está protegida, caso não tenha obtido imunidade na primeira dose ou para protegê-la contra vírus que mudam com o tempo, como os da gripe.
Importante os pais estarem sempre atentos para que a vacinação do primeiro ano de vida seja feita no momento adequado e nos esquemas adequados também!
Só assim seu bebê estará protegido contra doenças infectocontagiosas.
Esperamos que esse artigo tenha tirado todas as suas dúvidas sobre o tema e que você consiga acompanhar o calendário de vacinações do seu bebê, para que ele tenha muita saúde e uma infância feliz!
Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre a vacina contra febre amarela.