O medo de ser mãe, infelizmente, é a realidade de milhares de mulheres. Ele pode estar associado a uma série de fatores diferentes, que têm conexão com a história de vida, os pontos de vista e as experiências da mulher.

Embora não exista uma forma única de enfrentar esse tipo de medo, existem medidas que podem ajudar na hora de refletir sobre o assunto e desmistificar alguns tabus da maternidade. Neste texto, apresentamos algumas dessas medidas para que você possa conhecê-las melhor. Acompanhe.

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medo de ser mãe

Mulher apreensiva e com medo. Foto: Canva

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O que fazer em casos de medo de ser mãe?

Antes de qualquer coisa, é bom deixarmos claro que neste conteúdo nós buscamos refletir sobre o medo de ser mãe, e não sobre o medo da gestação ou do parto. São duas coisas diferentes.

O medo de ser mãe se associa com aquela angústia de não conseguir suprir as necessidades do bebê, por exemplo, ou com aquela ideia de se achar incapaz de ser uma boa mãe.

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Além desse esclarecimento, é bom destacarmos que não buscamos esgotar este assunto em apenas um texto. O medo de vir a ser mãe é bastante complexo, e para compreendê-lo profundamente, a psicoterapia pode ser importante e indispensável.

Por isso, em caso de dúvidas, converse com o seu psicólogo perinatal sobre o assunto. Ademais, sigamos com algumas reflexões que podem ajudá-la a trazer à tona ideias interessantes sobre esse medo. Sigamos.

1. Desmistificação da maternidade: maternidade real versus ideal

Um bom ponto de partida, que podemos levar em consideração na nossa reflexão, é a desmistificação da maternidade. Às vezes, a mulher pode ter medo de ser mãe por imaginar que deverá seguir os padrões idealizados pela sociedade. Isto é, ela pode ter medo de não conseguir ser perfeita como as pessoas esperam que uma mãe seja.

Neste caso, é válido avaliar a situação com base na realidade, não na idealização dos outros. E a realidade diz que a maternidade não tem um passo a passo ou uma receita de bolo. Cada mãe é única e possui as suas próprias características, que incluem limitações e “defeitos”.

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Sendo assim, a maternidade ideal, pintada pelas outras pessoas, que prega a mãe linda, feliz e 100% satisfeita com a maternidade, o tempo todo, não existe. O que existe é a maternidade real, na qual a mãe pode ter sentimentos ambivalentes, amando a maternidade em um dia e odiando em outro. Ou seja, uma maternidade com defeitos – comuns em qualquer ser humano.

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2. Busca de informações para enfrentar o medo de ser mãe

Outro ponto que pode ser considerado caso você tenha medo de ser mãe é o de buscar informações – em fontes confiáveis – sobre a maternidade e todas as nuances que ela é capaz de trazer para as nossas vidas.

Por exemplo, você pode pesquisar documentários, livros sobre maternidade, artigos escritos por profissionais qualificados, e assim por diante. Além disso, conversar com profissionais, como pediatras, psicólogos, pedagogos e outros que se envolvem com a relação mãe-filho pode ser um dos caminhos para ter novas visões sobre esse universo.

Mulher apreensiva e com medo. Foto: Canva

Desse modo, você poderá perceber que a maternidade não é tão perfeita, mas é isso que a deixa tão singular e interessante. Perceberá que, em meio aos desafios, milhares de mulheres, todos os dias, são capazes de superar limites e crescer de maneira satisfatória.

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Perceberá que mesmo quando a rotina aperta, existem formas de driblar, com apoio e planejamento, essas limitações. Também poderá perceber que o medo de ser mãe pode estar associado à falta de planejamento, e que talvez seja interessante esperar mais um tempinho para organizar as finanças e a rotina da família, por exemplo.

Quanto mais conhecimentos e informações relevantes adquirir, maiores as chances de ter uma compreensão menos romantizada ou “imaginada” da maternidade.

3. Psicoterapia para compreender as nuances da maternidade na sua vida

A psicoterapia também tem um papel muito importante na hora de enfrentar o medo de ser mãe. Isso porque esse medo pode não estar associado apenas à sua maternidade em si, mas, sim, àquela maternidade que você conheceu na infância, vendo a forma como a sua mãe lidava com você e as outras mães lidavam com as outras crianças.

Nossa infância pode impactar profundamente a maneira como enxergamos o mundo à nossa volta, e com relação à maternidade não é diferente. Por isso, a terapia pode ajudar a reconhecer esses traumas, crenças limitantes, ideias e pensamentos que, no agregado, causam o medo de ser mãe.

Ressignificar tudo isso pode ser um caminho pertinente para quebrar tabus internos, ver a maternidade com novos olhos e buscar a realização desse sonho com os pés no chão e maior tranquilidade.

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Mulher triste se olhando no espelho. Foto: Canva

4. Planejamento para enfrentar o medo de ser mãe

O planejamento também tem um papel importante na vida de qualquer mulher que deseja ser mãe. Isso significa que a falta desse planejamento pode deixar a maternidade mais assustadora, a ponto de fazer com que você se afaste da ideia de engravidar.

Por isso, parar para pensar um pouco mais sobre o seu plano de ser mãe é um caminho que pode tranquilizá-la.

O que pode acontecer? Como se preparar? O que avaliar dos dias atuais, antes de engravidar? Como conversar com o parceiro ou parceira sobre isso? Será que tenho condições financeiras? Se não tenho, como posso vir a ter?

Perceba que são muitos questionamentos que podem ser postos na ponta do lápis na hora de refletir sobre o medo de ser mãe.

À medida que você desenvolve um planejamento mais claro, pode se sentir mais tranquila, por ter planos B, C e D para enfrentar as mudanças. Além disso, perceber que as adversidades podem existir também nos ajuda na hora de nos sentirmos emocionalmente mais preparadas para isso – mesmo que tenhamos que aprender a lidar com os problemas só quando eles aparecerem.

5. Análise: Você tem medo de ser mãe ou não quer ser mãe?

Outra reflexão sobre o medo de ser mãe é o seu desejo: Será que você realmente quer ser mãe, mas tem medo, ou não quer ser mãe, mas tem medo do que os outros podem falar disso? Reflita sobre isso.

Às vezes, o desejo de ser mãe nem é uma realidade na vida da mulher, e você está apenas pensando em cumprir um protocolo porque o parceiro ou parceira quer um filho. Embora dar atenção a quem está ao nosso lado seja importante, colocar o outro acima de nós pode ser bem perigoso.

Por isso, se você não quer ser mãe, e tem medo da maternidade por não ter desejo por ela, então vale ser franca com quem está ao seu lado. A maternidade não é uma coisinha que a gente cumpre para agradar aos outros, mas, sim, é algo que muda as nossas vidas para sempre.

Sendo assim, se o seu medo de ser mãe está associado com esse desejo de nunca ter filho, procure ser sincera com os outros e, acima de tudo, com você mesma. Faça essa reflexão e aceite quem você é.

Inclusive, a psicoterapia pode ajudá-la nessas descobertas tão íntimas.

Mulher olhando pela janela. Foto: Canva

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6. Conversar com quem já foi mãe

Se apesar do medo de ser mãe você ainda desejar intensamente atingir esse objetivo em sua vida, vale conversar com quem já tem filhos. Peça para que falem sobre as experiências que viveram, sobre as situações boas e ruins que experimentaram, e assim por diante.

Dessa maneira, você poderá conhecer um pouco mais sobre a maternidade na prática. Entretanto, cuidado para não confundir a sua vida com essas histórias! Isto é, cada bebê e cada mãe são únicos, portanto, o que aconteceu com a sua amiga não acontecerá 100% da mesma forma com você.

Ter essa consciência evita que você crie expectativas irreais sobre a maternidade, protegendo a sua saúde mental.

Esperamos que este conteúdo possa ter a ajudado a pensar um pouco mais sobre o medo de ser mãe, sob novas perspectivas. E lembre-se: a psicoterapia pode ser bem importante para enfrentar essas questões. Cuide-se!

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