A autoestima infantil é um importante pilar da saúde mental de nossas crianças. Afinal, a maneira como a criança é tratada e o modo como ela se sente com relação a quem ela é, dentro da família e dos contextos sociais, pode impactar diretamente no modo como ela age e pensa.
Se a criança nunca é ouvida e seus interesses são diminuídos pelos adultos, ela pode começar a se sentir pouco importante e, em casos intensos, “inútil”. Tudo isso pode refletir no futuro, com um comportamento passivo, submisso e inseguro.
Por conta desses fatores, proporcionar um ambiente onde a criança possa fortalecer a sua autoestima é, acima de tudo, plantar um futuro mais feliz para ela. Por isso, reunimos algumas dicas neste conteúdo para ajudá-lo a pensar sobre o assunto! Vamos lá!
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Menina sorridente deitada na grama. Foto: Canva.
Como os adultos podem estimular a autoestima infantil?
Os adultos têm um papel muito importante na formação das crianças. São eles que são vistos como “exemplos” pelos pequenos. Além disso, a fala dos adultos, na maior parte das vezes, é vista como uma verdade absoluta pela criança, porque ela confia em “quem é maior”, mesmo que não entenda, às vezes, o que é dito.
Por isso, se simplesmente dissermos algo como “você não consegue fazer nada direito” quando a criança comete algum equívoco, podemos fazer com que ela realmente acredite na ideia e sua autoestima se abale por isso.
Sendo assim, agir de forma prudente, pensar antes de falar e dar acolhimento à criança são fatores primordiais para estimular uma boa autoestima infantil. A seguir, fizemos uma lista com outros fatores a serem considerados:
- Criar um lar acolhedor.
- Ouvir a opinião da criança.
- Fortalecer os hábitos de autocuidado.
- Ensinar sobre os erros e fracassos.
- Ajudar na expressão de sentimentos.
- Elogiar as vitórias e tentativas.
- Incentivar a autonomia da criança.
- Estimular que a criança busque aquilo que ela gosta.
- Nunca compare a criança.
Agora, vamos explorar, em conjunto, cada um desses pontos. Continue lendo!
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Menina apreciando seu penteado no espelho. Foto: Canva.
1. Criar um lar acolhedor pode estimular a autoestima infantil
Nossas crianças precisam de um lar acolhedor, amoroso e cuidadoso para que se sintam amadas e protegidas. Essa sensação de ser amada faz com que ela perceba que tem um lugar importante dentro daquele lar, percebendo que é valorizada. Portanto, abraçar, dar carinho, atenção, conversar e permitir que a criança participe verdadeiramente da sua vida é uma das formas de estimular a autoestima infantil.
Sabemos que nem sempre é possível dar “toda a atenção do mundo” aos pequenos, porque a rotina é corrida e exige muito de nós. Contudo, em alguns momentos, ao longo do dia, é fundamental oferecer esse tipo de atenção e carinho às crianças. Elas precisam saber que nós nos importamos com elas!
Pois pense sob a sua perspectiva: perceber que quem mora conosco se importa com a gente faz com que nos sintamos mais felizes e de bem conosco, não é mesmo?
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2. Ouvir a opinião da criança
Apesar de as crianças ainda serem imaturas, isso não exclui o fato de que elas gostam de formar opinião sobre as coisas. Às vezes, as opiniões podem ser algo como “eu gosto” e “eu não gosto”, mas, ainda assim são opiniões.
Portanto, pare e pense no seguinte cenário: imagine você, adulto, morando em uma casa onde a sua opinião nunca é levada a sério ou considerada. Ou pior: nunca sequer é ouvida e sempre que você tenta falar acaba ouvindo um “não se meta” ou algo do tipo? Como você se sentiria nesse tipo de cenário? Pois é…
As crianças sofrem quando os adultos excluem completamente a opinião delas. A autoestima pode ser abalada e ela pode sentir que nunca tem nada de interessante para falar, sentindo-se inferiorizada.
Sendo assim, permita que a criança opine e fale um pouco mais sobre o que pensa. Quando necessário, você pode intermediar e dizer que algo é certo ou errado e explicar o porquê. Mas não cale a criança por, simplesmente, ela ser uma criança!
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3. Fortalecer os hábitos de autocuidado para estimular a autoestima infantil
Estimule o seu filho a cuidar da roupa que ele veste e do sapato que está calçando. Também incentive que ele pratique exercícios, durma bem, cuida da alimentação e da higiene. Além disso, estimule os estudos para que ele se sinta cada vez mais inteligente!
Perceba que esses hábitos são todos relacionados ao autocuidado e podem mudar completamente a vida da criança. Portanto, considere estimular esse tipo de comportamento para que seja possível aumentar a autoestima infantil e também mantê-la mais forte por mais tempo.
Menino se olhando sério no espelho. Foto: Canva.
4. Ensinar sobre os erros e fracassos
Os erros e os fracassos acontecem e fazer parte da vida de qualquer pessoa. Para pensar neste ponto, imagine a seguinte situação: você comete um erro no trabalho, esquecendo-se de preencher uma planilha em determinado prazo.
Por conta disso, acaba desencadeando um problemão para o seu time. A consequência? Todo mundo xinga você e o coloca de castigo, mas sem sequer conversar sobre o erro ou entender o que realmente aconteceu.
Sem dúvidas, esse cenário é insano e impossível de acontecer, concorda? Então por que fazer isso com as crianças? Por que, simplesmente, a família toda reclama, na frente do pequeno, quando ele quebra algo sem querer? Por que castigamos e sequer conversamos com a criança quando ela faz algo errado? Pense sobre isso!
Todo mundo pode cometer erros e aprender com eles, mas as pessoas precisam de chances para aprender com o erro. E, para isso acontecer, uma boa conversa esclarecedora e respeitosa faz toda a diferença.
Acolha os erros do seu filho, ouvindo o que ele tem a dizer. Você não precisa “passar a mão na cabeça”, mas dê espaço para que ele fale. Depois converse sobre possíveis consequências do erro e aprendizagens importantes que podem ser absorvidas da situação para se reerguer e seguir em frente.
Ajude o seu filho a encontrar uma ponte para a mudança, não o jogue no rio do erro.
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5. Ajudar na expressão de sentimentos para estimular a autoestima infantil
As crianças estão desenvolvendo a sua capacidade de expressar sentimentos e emoções. Elas podem ser bem explosivas porque o cérebro delas ainda não está pronto para controlar o que sentem e sequer entender porque determinadas situações causam sensações tão ruins.
Sendo assim, é papel dos adultos emocionalmente desenvolvidos oferecer acolhimento e ajudar a criança a se expressar.
Não mande engolir o choro. Deixe-a chorar e ajude-a a tentar colocar em palavras os motivos pelos quais o choro está acontecendo.
Quanto mais ajudarmos as crianças a entenderem as emoções, mostrando nossa preocupação para com eles, mais cuidadas e valorizadas elas se sentirão, aumentando a autoestima infantil.
Menina se olhando no espelho com semblante sério. Foto: Canva.
Além disso, esses cuidados dos adultos ajudam as crianças a se tornarem pessoas emocionalmente mais equilibradas e mais fortes.
6. Elogiar as vitórias e tentativas
Elogie as vitórias e conquistas das crianças, mesmo que elas pareçam pequenas demais aos seus olhos!
Devemos evitar aquela ideia do “não fez mais do que sua obrigação”, porque mesmo que seja uma obrigação, ainda assim merece comemoração e parabenização!
Ou vai dizer que você não comemorou quando se formou na faculdade, mesmo que você só tenha feito a sua obrigação de aluno? Pois então!
Da mesma forma, elogie também as tentativas das crianças. Isto é, se ela tentar vencer um concurso de desenho, mas não conseguir, elogie o desempenho dela e diga que ela tem muito caminho para tentar de novo e conquistar muitos outros prêmios!
Afinal, a premissa do “importante é participar e tentar” é fundamental e ajuda a aumentar a autoestima infantil.
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7. Incentivar a autonomia da criança para estimular a autoestima infantil
As crianças também devem ter a autonomia estimulada para que a autoestima possa florescer de forma positiva. Mas como podemos estimular essa autonomia?
Tudo depende da idade da criança, obviamente. Comece por permitir que a criança escolha o par de meias e a roupinha que irá usar no dia. Depois, permita que ela mesma arrume a cama. Em outro momento, permita que ela prepare o seu pão no café da manhã, sempre a orientando para consumir algo que seja saudável, claro.
Vá dando autonomia nas pequenas coisas, depois nas médias e por fim nas grandes. Isso faz com que a criança comece a desenvolver senso de responsabilidade e também passe a se enxergar como capaz em coisas que talvez ele imaginava que não pudesse fazer sozinha.
Depois que ela executar a tarefa sem a sua ajuda, elogie e comemore, como o que acabamos de ver no tópico anterior. Dessa forma, autoestima infantil vai se construindo positivamente.
Mãe dando um chamego em seu bebê. Foto: Canva.
8. Estimular que a criança busque aquilo que ela gosta
Seu filho demonstra interesse em algum tipo de assunto específico? Então comece a estimulá-lo a ir aprender mais sobre isso!
Por exemplo, se o seu filho mostra que gosta de pintura, que tal matriculá-lo em uma escolinha? Que tal ajudá-lo a explorar cada vez mais esse interesse e, assim, desenvolver habilidades que possam se transformar em um hobby que traz qualidade de vida para ele?
Lembre-se de que o que as crianças gostam importa sim! Se você apenas dizer “deixe isso para lá”, a criança pode passar a acreditar que os interesses dela não têm sentido e não agregam em nada. Portanto, seja você o incentivador do seu filho!
Acredite, isso pode fazer com que ele se sinta mais confiante para ir atrás dos próprios sonhos – inclusive no futuro, na vida adulta.
Esperamos que este conteúdo possa ajudá-lo nas suas reflexões sobre autoestima infantil. Vamos todos nós, adultos, fomentar um mundo mais saudável para os nossos pequenos, incentivando-os! ❤️
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