A contação de histórias é uma ferramenta incrível que podemos usar na hora de ensinar valores aos pequenos e fortalecer o vínculo com eles. Essa prática é indicada para todas as idades, desde que as histórias sejam sempre apropriadas para a maturação mental e emocional dos pequenos.
Neste texto, descrevemos os benefícios dessa prática e apresentamos um passo a passo para você se inspirar e começar a implementar a contação na rotina da sua família. Acompanhe e confira!
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Família lendo uma historinha infantil. Foto: Canva.
Quais os benefícios da contação de histórias?
A contação de histórias promove muitos benefícios para os pequenos e até mesmo para quem conta a história. Isso porque, pode ser muito gratificante ver os olhinhos dos pequenos brilhando, cheio de alegria ao ouvir as mais diversas histórias.
Além disso, o desenvolvimento de um vínculo ainda mais próximo é outro benefício incrível, que merece ser mencionado.
Quer saber mais sobre as vantagens dessa prática? Dê só uma olhadinha na listinha abaixo:
1. Desenvolve a linguagem
O desenvolvimento da linguagem é um dos principais benefícios da contação de histórias. Quando a criança tem a oportunidade de ouvir histórias com palavras e contextos diferentes, ela começa a desenvolver um repertório interno cada vez maior.
E no caso dos bebês que ainda não sabem falar, ouvir historinhas também é uma forma de estimular a aprendizagem das palavras, de modo a possibilitar um desenvolvimento mais efetivo da linguagem.
Por isso, mesmo quando parece que os pequenos “não entendem” o que está sendo dito, a contação de histórias pode ser bastante benéfica e merece ser usada no dia a dia.
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2. A contação de histórias estimula a imaginação
À medida que vamos contando a história para a criança, ela vai imaginando o cenário e o enredo que estamos descrevendo. Ela imagina o que pode estar acontecendo, quais as roupas dos personagens, o que está à volta deles, e assim por diante.
Tudo isso é muito útil para que a imaginação dos pequenos seja cada vez mais aflorada, pois por meio da imaginação eles podem entender melhor o mundo e o que acontece nele, além de ser uma maneira de se entreter, divertir-se, etc.
Quando uma criança aprende a imaginar, ela também aprende a resolver melhor os problemas cotidianos, desenvolvendo um senso crítico frente ao que acontece com ela. Isso, no futuro, pode fazer toda a diferença, concorda?
Família lendo uma história em conjunto. Foto: Canva.
3. Aprimora as habilidades de escuta ativa
Escutar o que o adulto está contando é um exercício para a escuta ativa das crianças. Elas começam a entender que todos nós temos momentos para falar e outros para ouvir, e que é muito importante prestar atenção no que o outro está dizendo.
Isso, mais tarde, começa a impactar positivamente os relacionamentos dessa criança, que começa a ser mais empática, ouve com atenção os seus amiguinhos e desenvolve relacionamentos saudáveis.
Lembrando que, eventualmente, a criança pode se distrair no meio da história, o que é normal. No entanto, podemos sempre buscar formas de inovar nossa abordagem para então poder chamar a atenção novamente e cativar a criança, fazendo-a ouvir com mais atenção outra vez.
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4. A contação de histórias promove a empatia
E por falar em empatia, como comentamos acima, a contação de histórias também é capaz de estimular essa habilidade nos pequenos. Sabe por quê? Porque a criança começa a ouvir pontos de vista diferentes sobre um mesma situação, um “conflito” que possa estar sendo retratado na mensagem da história.
Ela pode resolver defender um personagem, ou outro, entendendo os lados, ponderando sobre o que está acontecendo… E isso pode ajudá-la a perceber o quanto cada pessoa, assim como cada personagem, é único e tem uma história diferente, baseada nas emoções e acontecimentos que as moldaram.
Consequentemente, ela pode começar a entender melhor os próprios amiguinhos, entendendo o quanto cada um pode ter um ponto de vista diferente, e o quanto isso é comum.
Claro que esse tipo de desenvolvimento vai sendo atingido gradativamente, sempre de acordo com a maturidade mental do pequeno.
Avô lendo uma história para o neto. Foto: Canva.
5. Ajuda a fortalecer o vínculo familiar
O momento da contação de histórias, por si só, também é capaz de fortalecer o vínculo familiar de um modo amoroso e muito interessante. Ter o momento para contar histórias é ter um momento em que todos se reúnem para ouvir determinada historinha, aproximando-se e tornando a relação cada vez mais estreita e próxima.
Fazer disso uma tradição familiar pode tornar tudo ainda mais interessante, não acha? Vocês podem criar um dia fixo da semana para a contação, bem como podem ter datas especiais ao longo do ano. Por exemplo, podem ter o dia da contação de histórias de Natal, na véspera de Natal. Um modo de aproximar, criar tradições e fomentar a prática da leitura.
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6. Estimula o senso crítico
As histórias infantis, por mais que pareçam ser “simples” para os adultos, normalmente têm ensinamentos valiosos para os pequenos. Além disso, elas ajudam a criança a desenvolver uma capacidade crítica para os dilemas e problemas que vão surgindo na narrativa.
Aos poucos, o pequeno começa a pensar sobre qual seria a melhor decisão do personagem, por exemplo, o que o torna ainda mais crítico para a própria vida, no dia a dia.
Novamente, é importante lembrar que esse tipo de benefício só poderá ser realmente atingido com o tempo, e sempre que basearmos a transmissão das historinhas na idade e na maturidade da criança.
7. Estímulo à leitura
Manter um contato próximo com os livros é uma excelente maneira de estimular o comportamento de leitor nas crianças. Se a contação de histórias faz parte da rotina, é mais provável que a criança continue tendo interesse na leitura, mesmo com o passar do tempo.
Afinal, se a leitura das histórias se tornar um verdadeiro hábito na vida da criança, quando ela for mais velha essa prática ainda será mantida de alguma maneira, mesmo que não mais por meio da contação.
Inclusive, no caso de adolescentes, é possível estimular o momento da contação de um modo diferente: ao invés de você ler para ele, ambos podem ler o livro em um momento e depois conversar sobre os personagens, o plot twist, essas coisas.
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Mãe lendo história para a filha. Foto: Canva.
Como fazer contação de história?
Agora que pudemos ver que essa prática promove muitos benefícios para a família toda, fortalecendo o vínculo e promovendo vantagens significativas na educação da criança, vamos entender alguns passos que podem nos ajudar a colocar tudo em prática.
Afinal, para o momento ser ainda mais incrível, devemos considerar alguns aspectos específicos, para então cativar a atenção da criança e criar uma contação que seja envolvente.
Vejamos a seguir:
1. Escolha uma história apropriada
Antes de tudo, é importante que a história escolhida seja apropriada. Mas o que seria considerado apropriado aqui? Uma história adequada à faixa etária de quem irá ouvi-la. Assim, é possível conectar ainda mais com a criança, chamando a sua atenção e fazendo-a sentir mais a história que está sendo contada.
Além disso, existe outro tipo de adequação que podemos pensar em alguns casos. Por exemplo, se a criança está muito relutante para tomar banho, podemos encontrar alguma historinha, adequada à idade, que fale sobre a importância do banho ou as consequências de não tomá-lo.
Isso pode trazer conhecimentos valiosos para o contexto que está sendo vivido pela criança, fortalecendo ainda mais a aprendizagem. Lembre-se, crianças podem aprender muito por meio do lúdico, logo, histórias que ensinem coisas da “vida real” são bem-vindas.
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2. Conheça o texto antes da contação de história
Conhecer bem o texto antes do momento da contação de histórias pode ser algo bem interessante. Para isso, podemos ler a historinha algumas vezes, entendendo seus pontos altos e baixos, e assim por diante.
Ao conhecer bem a história, conseguimos transparecer melhor na hora de “encenar” para a criança. Conseguimos dar mais ênfase ao que precisa ser dado, e assim por diante.
Além disso, a leitura tende a ficar mais fluida, uma vez que ler pela primeira vez pode ser mais “lento” em alguns casos – o que tiraria o interesse da criança pela historinha. Pense nessa possibilidade, especialmente se você sente que não tem muita habilidade – ainda – com a contação de histórias.
3. Use entonações e expressões faciais
As crianças amam quando os adultos usam expressões faciais mais intensas e entonações mais marcadas na hora de contar histórias. Para isso, mostre expressões de espanto, tristeza, alegria, raiva, entre outros, retratando o que está sendo contado na história.
Dessa forma, é possível capturar ainda mais a atenção dos pequenos, fazendo-os ficar ainda mais “dentro” da historinha que vem sendo contada.
Afinal, uma leitura sem entonação alguma pode ser bem monótona para eles, concorda? Por isso, treine a entonação e as suas expressões, para que esse momento venha a ser ainda mais divertido para todos.
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Família lendo história em conjunto. Foto: Canva.
4. Use adereços a acessórios
Além da entonação e das expressões faciais, o uso de adereços e acessórios também pode entrar nessa “conta”. Assim, é possível se caracterizar ainda mais, tornando a ludicidade mais presente.
As crianças, normalmente, amam esse tipo de coisa, quando não é em excesso a ponto de causar medo – sim, existem muitas crianças que têm medo de fantasia, não é mesmo?
Pode-se usar tiaras, colares, óculos, chapéu, capa, enfim! O que estiver ao alcance na hora de tornar a imersão ainda maior na contação da historinha.
5. Prepare o ambiente
O ambiente onde a contação de histórias irá acontecer também precisa ser preparado com uma certa antecedência. Nesse espaço, é importante haver uma iluminação adequada, silêncio e o menor número de estímulos possível.
Afinal, a criança pode acabar se distraindo se houver muitos estímulos externos atrapalhando o foco e a atenção dela. Sendo assim, procure sempre por um cantinho que seja propício para a leitura.
E que tal deixar tudo ainda mais confortável? Você pode colocar um tapete com almofadas no chão, para que as crianças se deitem ou sentem diretamente no chão, confortavelmente, para ouvir a próxima história.
Além de ser uma atividade cheia de benefícios como vimos anteriormente, ela ainda pode promover mais tranquilidade, conforto e redução da agitação nos pequenos. Por isso, justamente, que a contação é tão usada na hora de dormir.
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Livro com ilustrações “saindo” dele. Foto: Canva.
6. Adapte o comprimento da história
Cada idade tem uma capacidade muito específica de prestar atenção por um tempo corrido. Isto é, dependendo da idade da criança, ela pode conseguir ouvir a história por mais ou por menos tempo.
Adaptar o comprimento para a idade dos seus filhos, portanto, é essencial. Se uma história dura 20 minutos, mas seu filho é muito pequeno e só presta atenção 5 minutos, tente adaptar.
Lembrando que a escolha do livrinho ideal para cada idade pode ajudar, pois normalmente eles já têm um comprimento de história específico para a faixa etária.
- Uma dica: cuidado para não forçar a barra e tentar fazer com que a criança fique muito mais tempo ouvindo história, pois isso pode deixar ela ansiosa, estressada e até mesmo reduzir o interesse pela literatura.
7. Pratique e seja paciente
Por fim, lembre-se de que a prática de contação de histórias é um processo, que não se finda em apenas uma historinha. Se você sente que ainda não tem muitas habilidades para cativar os pequenos, não se preocupe! Com o tempo, essas habilidades vão sendo desenvolvidas.
Também lembre-se de que no começo a criança pode não querer ouvir tanta historinha, mas à medida que o momento em família vai se tornando um hábito, repleto de estímulos carinhosos e interessantes, ela poderá gostar.
Teste histórias diferentes, formas diferentes de contar, e assim por diante. Aos poucos, e com paciência, a contação de histórias poderá se tornar uma das atividades favoritas dos pequenos. Boa sorte! ❤️
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