Esterelizar a mamadeira: É preciso? – Com um bebê em casa tudo fica diferente. A atenção com a limpeza e os tipos de produtos usados triplica. Ainda mais quando levamos em conta a atual situação de pandemia. O pânico fica ainda maior! Mas, até que ponto a higienização é necessária dessa maneira e com esse esforço e até que ponto não é exagero da nossa cabeça?
Veja abaixo dicas de como limpar a mamadeira do bebê e até que ponto esse tipo de esterilização é recomendada.
Qual a diferença de limpar e esterelizar a mamadeira?
A esterilização dos itens do bebê normalmente é feita com água quente e produtos de limpeza mais fortes, como álcool 70% e sabão neutro. Segundo especialistas, esse tipo de limpeza afundo nunca é recomendada. Ficou surpresa? Pois é, para os médicos não há necessidade de limpar dessa maneira bicos e mamadeiras toda vez após o uso. Apenas o água e sabão é o suficiente para limpar e evitar a proliferação de bactérias.
Esterelizar a mamadeira – E se os itens caírem no chão?
Menino loiro de macacão branco tomando água no chão. Foto: Freepik
Você já sabe a resposta: água e sabão! Nem quando os bicos e as mamadeiras caem no chão é recomendada a esterilização, apenas uma boa lavada com água corrente e o sabão recomendado pelo pediatra.
Caso a queda passe despercebida e a criança coloque o item na boca novamente, tudo bem! Retire e lave da mesma maneira. Uma vez ou outra não é o bastante para adoecer o pequeno.
Esterelizar a mamadeira – O que deve ser evitado na hora de limpar
Alguns papais tem o hábito de lamber os alimentos, os objetos ou dividir talheres com as crianças. E isso, sim, deve ser evitado! Os médicos alertam que doenças presentes na boca dos adultos, como cáries e herpes, podem ser facilmente transmitidos para as crianças em atitudes como essa. Então, evite ao máximo dividir e “limpar” objetos infantis dessa maneira! Procure a pia mais próxima e limpe o utensílio.
Esterelizar a mamadeira – E como fazer quando é a primeira vez de uso da mamadeira?
Produto de limpeza em tons de cinza e amarelo vistos de cima. Foto: Freepik
Nesse caso, sim, é necessária uma limpeza maior. Você vai precisar de água quente, detergente e uma escova própria para essa limpeza – de preferência com o cabo comprido que atinja todo o interior da mamadeira.
Comece esterilizando a mamadeira com água fervendo. Depois, deixe as peças de molho numa bacia durante 1 hora numa mistura de água potável, água sanitária (20ml) e 2 colheres de sopa de bicarbonato de sódio.
Passado esse tempo recomendado, lave todas as partes da mamadeira em água corrente, certificando-se que removeu todos os resíduos de sujeira e produtos químicos. Deixando-a transparente e pronta para o uso!
Caso você não se sinta segura em usar a água sanitária, o procedimento pode ser feito em uma panela. Coloque os itens na panela, coloque ao fogo e espere ferver. Deixe por cerca de 10 minutos, retire os objetos e deixe-os secar naturalmente. Cuidado para não abafá-los e contribuir para a proliferação de fungos. Deixe-os em escorredores com boa ventilação.
Outra opção é usar do micro-ondas para a limpeza da mamadeira. Coloque os objetos em uma tigela de vidro com água potável, deixe ferver por até 8 minutos – conforme a potência do seu aparelho – e coloque-os para secar naturalmente.
Por que os médicos não recomendam a esterilização?
Os pediatras dizem que o que tem aumentado a incidência de doenças alérgicas e autoimunes é o fato das crianças estarem “superprotegidas” do contato com bactérias presentes no dia a dia.
Isso acontece desde a maneira que a criança vem ao mundo, até como se desenvolviam. No parto normal, o bebê já possui contato com a flora vaginal da mãe, as pessoas possuíam o hábito de morar em locais mais rurais, com contato com a natureza, vivam mais próximas de animais e insetos… Tudo isso contribuía para o desenvolvimento do sistema imune do pequeno. Agora, superprotegido, habituado aos ambientes mais estéreis como apartamentos, concebido por cesarianas e repletos de cuidados, o corpo falha em ter contato com micro-organismos e falha em criar defesas de proteção.
Outras maneiras de contribuir para o sistema imunológico das crianças
Bebê loiro de olhos azuis e macacão branco comendo melancia. Foto: Freepik
Pensando que a super proteção não é benéfica para as crianças, outras atitudes podem contribuir para o desenvolvimento imunológico e sensorial dos pequenos. São hábitos que podem ser incluídos no dia a dia da casa.
Alimentação: carro chefe da saúde, muitas vezes a alimentação que a criança possui influência mais em seu desenvolvimento e vulnerabilidade do que a maneira que as coisas são limpas. Para deixar o pequeno forte e saudável, evite produtos industrializados. Priorize frutas, verduras e legumes que contribuem para a necessidade diária de vitaminas, sais minerais e nutrientes. Incentive o consumo desses alimentos criando lanches com formatos divertidos e trazendo as crianças mais perto da cozinha, explicando a importância de cada alimento.
Vacinação: esse é polêmico! Os médicos sinalizam a vacinação como item fundamental para proteger as crianças. Tenha um acompanhamento correto, de perto, com um médico da sua confiança e vacine a criança nas datas corretas! Os efeitos colaterais não costumam passar de febre ou dor no local da injeção, isso quando aparecem. Em muitos casos, não há nenhum efeito colateral.
Sem cigarro em casa: crianças que convivem com adultos que fumam têm muito propensão à asma, bronquite, pneumonia, infecções de ouvido e risco de doença cardiovascular do que aquelas que não possuem contato de maneira passiva com o cigarro. E não basta apenas fumar longe das crianças, viu? A terceira via de fumaça mostra que o cigarro não contamina apenas diretamente, mas deixa toxinas do tabaco espalhados pela casa, colocando em risco as crianças que vivem tocando nos objetos e levando a mão na boca.
Sol: a vitamina D é uma das grandes aliadas do sistema imunológico e no combate de doenças como raquitismo. Cinco a dez minutos por dia são suficientes para dar aquele empurrão no sistema imunológico. O banhinho de sol é recomendado diariamente, a partir do primeiro mês de vida, lembrando sempre das horas recomendadas: antes das 10h ou após às 16h.