Entenda tudo sobre o parto na água, como é e quais as suas vantagens.
Bebê recém-nascido chorando, na água. Crédito da foto: Freepik
Parto na água: o que é?
O parto normal na água diminui a dor e o tempo do trabalho de parto, mas para um parto seguro, é importante que o parto na água seja combinado entre os pais e o hospital ou clínica onde o bebê irá nascer, meses antes do trabalho de parto começar.
Algumas opções para conseguir um parto na água são a utilização de uma piscina de plástico ou uma banheira, que deverá ser de responsabilidade do hospital.
O local deverá estar devidamente limpo e a água precisará estar em cerca de 36º C durante todo o tempo, para que ao nascer, a temperatura seja confortável para o bebê.
A principal vantagem do parto na água é a diminuição da dor durante o trabalho de parto e a necessidade de ter que recorrer à cesárea ou até mesmo ao uso de ventosas ou fórceps, promovendo um parto mais natural e menos traumático para a mãe e para o bebê.
Como funciona?
O parto normal na água é quando a mãe dá à luz imersa em uma banheira ou piscina. A técnica é antiga e nos últimos anos tem se tornado frequente no Brasil.
Em alguns países, como Estados Unidos e Inglaterra, o parto na água já é comum há alguns anos.
Dar à luz imersa em uma banheira pode ser algo previamente escolhido pela mulher ou, muitas vezes, acontece porque foi ali que a mãe conseguiu relaxar e aliviar as dores. O efeito anestésico é, justamente, o principal benefício do parto na água.
Famosas como Gisele Bündchen e Bela Gil optaram por essa modalidade.
O parto na água apresenta vantagens muito importantes. A principal delas é a diminuição das dores.
A água morna, por volta dos 37º graus, proporciona relaxamento muscular profundo, o que ajuda a atenuar as contrações.
Esse efeito anestésico da água, geralmente abrevia o trabalho de parto e diminui a necessidade de intervenção médica.
A água também proporciona uma sensação de leveza, o que aumenta a mobilidade da mulher, que poderá escolher a melhor posição para a dar à luz.
Além disso, a técnica diminui a sensação de cansaço e, por ser parto normal, apresenta uma recuperação mais rápida.
Uma grande vantagem do parto na água é a participação ativa da mulher em todos os momentos, o que proporciona mais segurança e satisfação pessoal para a mãe.
Conheça a seguir as principais vantagens do parto na água!
Quais as principais vantagens do parto na água?
As principais vantagens do parto em meio aquático para a mãe incluem:
- Alívio da dor, aceleração e encurtamento do trabalho de parto;
- Sensação de leveza dentro da água que permite uma maior movimentação durante o trabalho de parto;
- Maior sensação de segurança por conseguir controlar quais são as posições mais confortáveis para adotar durante as contrações
- A água morna promove o relaxamento dos músculos inclusive do períneo, ligamentos e articulações pélvicas, facilitando o parto;
- Diminuição da sensação de cansaço durante o trabalho de parto porque os músculos do corpo tendem a ficar mais relaxados durante todo o processo;
- Maior facilidade para se desligar do mundo ao redor, podendo perceber mais facilmente as suas necessidades mais primitivas;
- Menor inchaço corporal total;
- Maior satisfação pessoal por participar ativamente do todo trabalho de parto, o que contribui para o empoderamento da mulher, além de maior sensação de bem-estar, autoestima e relaxamento emocional;
- Menor risco de depressão pós-parto;
- Facilitação da amamentação;
- Diminui a necessidade de analgesia;
- Menor necessidade de episiotomia e laceração do períneo, e outras intervenções durante o trabalho de parto.
E quais as vantagens para o bebê?
Durante os noves meses em que estava sendo gerado, o bebê ficou dentro do útero imerso no líquido amniótico.
Por isso, ao nascer na água, em temperatura e ambiente semelhante ao do útero, ele sente menos os efeitos externos, como luz e barulho, chegando ao mundo de forma mais natural e menos traumática.
Além disso, o parto normal melhora a respiração do bebê. Em outras palavras, as vantagens para o bebê incluem uma melhor oxigenação do feto durante o trabalho de parto e um nascimento momento menos traumático.
Isso porque há menos luz artificial e ruídos e geralmente é a própria mãe que o traz à superfície para respirar e certamente será o primeiro rosto que ele verá, aumentando o vínculo entre ele a mãe.
Mulher grávida em banheira, com girassol. Crédito da foto: Freepik
Quem pode ter um parto na água
Toda mulher que teve uma gestação saudável e de baixo risco, não tendo nenhuma complicação durante a gravidez e que possui um bebê igualmente, saudável, pode optar pelo parto natural, dentro d’água.
A mulher pode entrar na água logo no início das contrações porque se o água morna ajuda a acelerar o início do trabalho de parto e a dilatação cervical, indicando em poucos instantes que o bebê realmente está prestes a nascer.
O parto na água não é indicado para mulheres com hipertensão, diabetes, pré-eclâmpsia, entre outros fatores de risco.
Assim, é possível ter um parto na água quando a mulher não tem pré-eclampsia, hipertensão, diabetes, parto de gêmeos ou já tenha realizado uma cesária anteriormente.
Dúvidas comuns
Algumas dúvidas mais comuns em relação ao parto na água estão respondidas a seguir.
1. O bebê pode se afogar se nascer na água?
Esse é o medo de muitos pais, mas não há risco de o bebê se afogar após o nascimento.
Nos primeiros segundos, o recém-nascido ainda está respirando por meio do cordão umbilical, que só é cortado depois que o bebê é entregue para a mãe e passa alguns minutos no colo.
Esse momento, inclusive, é muito importante para estabelecimento de vínculos da criança com os seus pais, e deve ser respeitado.
Além disso, ele tem um reflexo de afogamento que não permite que ele inspire enquanto não estiver fora da água.
Portanto, pode ficar tranquila que o bebê não corre o risco de se afogar!
2. O risco de infecção vaginal é maior no parto na água?
Não, porque a água não entra na vagina e além disso a contaminação que poderia acontecer durante os toques vaginais realizados por enfermeiros e parteiros é diminuída porque este tipo de intervenção é muito menor na água.
3. É preciso nua dentro da água?
Não necessariamente, porque a mulher pode optar por cobrir os seios, ficando apenas com a parte da cintura para baixo nua.
No entanto, após o nascimento o bebê vai querer mamar e já estar com a mama livre, pode ajudar nessa tarefa. Se o seu parceiro quiser entrar na água ele não precisa estar nu.
Esperamos que esse artigo tenha tirado todas as suas dúvidas sobre o assunto!
Continue acompanhando nosso blog para ler mais artigos sobre esse universo. Até mais!