Apesar de raro, o aparecimento da esquizofrenia na gravidez pode ocorrer, colocando à prova a necessidade de administrar medicamentos anti-psicóticos na mulher que está gerando uma nova vida.

Isso porque o tratamento medicamentoso ainda permanece controverso, embora a ausência do medicamento seja responsável por apresentar riscos graves para a mulher com diagnóstico de esquizofrenia.

Mas como lidar com a situação? Como proceder diante do diagnóstico de esquizofrenia? Para saber mais, acompanhe o nosso conteúdo e fique por dentro!

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esquizofrenia na gravidez

Representação da esquizofrenia, onde uma mulher demonstra personalidades distintas. Foto: Freepik

Quais são os sintomas?

A intensidade dos sintomas da esquizofrenia na gravidez tendem a variar de pessoa para pessoa, considerando o seu quadro prévio e o contexto no qual a mulher está inserida. Entretanto, é possível encontrar alguns sinais bem expressivos de que o problema possa estar se desenvolvendo durante a gestação. São eles:

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  • Dificuldade de concentração;
  • Sentimentos de perseguição;
  • Delírio ou alucinação;
  • Pensamentos confusos;
  • Dificuldade em reconhecer a gestação;
  • Sentimentos ansiosos e depressivos;
  • Comportamento desorganizado;
  • Falta de compreensão sobre si mesma;
  • Isolamento social;
  • Dificuldade para se comunicar e expressar ideias;
  • Hiperatividade;
  • Falta de interesse em atividades até então prazerosas;
  • Entre outros sinais.

O diagnóstico deve ser feito pelo médico psiquiatra, a fim de analisar o gerenciamento mental da paciente e constatar se há uma confusão mental aguda e se a mulher possui dificuldades para ter contato com a realidade, criando alucinações e esquecendo-se de situações que aconteceram.

esquizofrenia na gravidez

Representação da psicoterapia, onde uma pessoa conversa com outra. Foto: Freepik

Fatores de risco da esquizofrenia na gravidez

Os fatores de risco envolvidos são:

  • Histórico psiquiátrico de esquizofrenia/psicose;
  • Uso de substâncias psicoativas;
  • Estilo de vida;
  • Contexto em que vive;
  • Questões relacionadas à economia familiar;
  • Carência de suporte emocional;
  • Violência doméstica;
  • Traumas e violências na infância;
  • Abusos psicológicos e físicos em qualquer fase da vida;
  • Grau de escolaridade;
  • Histórico familiar;
  • E estresse e ansiedade intensos.

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Complicações causadas pela esquizofrenia na gravidez

Ao não receber o tratamento adequado para o quadro, a mulher pode sofrer complicações graves durante a gestação. São elas:

Mulher aflita durante a psicoterapia. Foto: Freepik

  • Restrição do crescimento intrauterino;
  • Nascimento prematuro;
  • Ideação e tentativa de suicídio;
  • Depressão pré-natal;
  • Vínculo marterno-infantil prejudicado;
  • Depressão pós-parto;
  • Hemorragias antes do parto;
  • Baixo peso ao nascer;
  • Má interpretação dos sinais de trabalho de parto;
  • Dificuldade para reconhecer a gestação.

Por conta disso, é de suma importância seguir com o tratamento recomendado pela equipe médica, a fim de administrar a medicação adequada ao caso e buscar acompanhamento psicoterapêutico durante a gestação e no pós-parto.

Como proceder quando há o diagnóstico de esquizofrenia na gravidez?

A partir do momento em que a mulher recebe o diagnóstico, é preciso seguir todas as recomendações dadas pelo médico psiquiatra.

Além disso, recomenda-se o acompanhamento de uma equipe multiprofissional, sempre levando em consideração a história da paciente, o momento histórico de sua gravidez, características sociais e econômicas e a necessidade de assistência.

Essa assistência, no entanto, deve se basear no pressuposto ético de proporcionar à mulher e ao bebê uma gestação tranquila, baseada no fortalecimento do vínculo entre a mãe e o seu futuro filho. Isso fica ainda mais evidente ao levarmos em conta que a esquizofrenia na gravidez pode impactar diretamente no reconhecimento que a mulher tem da situação, não compreendendo a sua condição de gestante e tampouco de futura mãe.

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Mulher sendo acolhida pela psicóloga. Foto: Freepik

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O tipo de tratamento também deve se basear na intensidade dos sintomas e na gravidade do transtorno e, no caso da esquizofrenia, o acompanhamento deve ser constante, a fim de que o profissional da saúde fique a par de qualquer recaída/crise que a mulher possa vir a ter durante a gestação.

Veja algumas recomendações de acordo com a gravidade do caso:

  • Gestantes com histórico de psicose, mas que atualmente está com o quadro compensado, podem interromper o uso do medicamento antipsicótico, desde que isso seja prescrito pelo médico;
  • Gestantes com a doença em estado moderado ou grave deve permanecer com o uso da medicação durante a gestação, de acordo com a dosagem estipulada pelo psiquiatra;
  • Gestantes em estado grave podem requerer uma medicação mais elevada, como medida preventiva. Isso pois a recorrência de uma crise pode ser mais difícil de tratar do que a manutenção da medicação (ESTEVES, 2012).

Contudo, fica-nos claro que a busca pelo suporte médico é fundamental para garantir que a mulher atravesse a gestação da melhor maneira possível. Além disso, é evidente que a equipe multidisciplinar, que une o médico ginecologista, psiquiatra e psicólogo, trabalhe em prol do bem-estar e do conforto da mãe e do bebê.

Mulher triste e confusa. Foto: Freepik

A psicoterapia, por exemplo, é capaz de fortalecer o vínculo da mãe com o seu futuro filho, desempenhando um papel fundamental de prevenção da depressão pós-parto.

Se você percebeu sintomas da esquizofrenia na gravidez, não hesite em buscar ajuda médica especializada. Casos moderados e graves exigem medicação adequada para garantir a saúde mental e a integridade da mulher e do bebê.

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Referências

ESTEVES, Marta Maria B. S. S. Doença Mental na Gravidez. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 2012. Disponível em <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/66246/2/30637.pdf> Acesso em: 15 de abr. 2021.

ESQUIZOFRENIA. Programa Mais Pfizer. Disponível em <https://www.maispfizer.com.br/esquizofrenia> Acesso em: 15 de abr. 2021.

SOARES, Paulo José. Uso da Medicação Psiquiátrica Na Gravidez. Psychiatry on line, 2003. Disponível em <http://www.polbr.med.br/ano03/artigo0803_2.php> Acesso em: 15 de abr. 2021.