A gravidez é um momento sonhado e idealizado na vida de muitas mulheres. Desde as tentativas, até a gestação e, finalmente, a chegada do bebê. Porém, pode ser que nem todas as experiências sejam iguais àquelas de filmes e celebridades. A maternidade, de dentro, é uma montanha-russa de sentimentos, mudanças e adaptações. O que pode refletir na nova mamãe sentimentos como o baby blues. 

O fenômeno do baby blues costuma ser confundido com a depressão pós-parto, que apresenta riscos bem mais sérios para a mulher e o bebê. Entenda a seguir a diferença dos dois casos, os sintomas e porque eles acontecem.

Quando acontecem o baby blues e a depressão pós-parto

O baby blues é um fenômeno comum e presenciado por grande parte das gestantes. Sua incidência é tão alta, porque ele depende em grande parte de fatores biológicos. Durante o parto, ao descolar a placenta do útero, a mulher perde uma conexão com o bebê e tem grandes quedas de níveis hormonais. A reação do corpo se manifesta de maneira externa, principalmente pelo humor. 

A melancolia e a tristeza são fatores diretamente ligados à queda hormonal e a perda de conexão gerada pelo parto. Os sintomas chegam sem avisar e sem previsão, mas também vão embora da mesma maneira. 

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No caso da depressão, ela pode começar a se manifestar antes do parto, ainda na gestação e após. Principalmente se o desenvolvimento do bebê foi marcado por problemas de saúde, doenças, falta de estrutura de apoio e traumas psicológicos da gestante durante ou antes da gravidez. A princípio, o quadro pode ser confundido com o baby blues. Mas, começa a se diferenciar quando os sintomas ficam mais acentuados e incapacitam a mãe de fazer pequenas atividades do dia a dia. 

 

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Os sintomas do baby blues e da depressão pós-parto e como lidar

As principais características do baby blues são tristeza, melancolia e culpa. A última, normalmente, porque a mulher se sente pior em não compartilhar a felicidade do pai do bebê, avós, amigos, parentes. 

Com isso, a família fica sem saber como agir e a mãe se sente ainda mais deslocada por não conseguir se sentir bem nem ser compreendida. Entretanto, esses sintomas e oscilações de humor ainda não são o bastante para que a mãe não consiga cumprir funções básicas como se alimentar e assistir à televisão, por exemplo. 

Muito parecido, mas muito mais grave. Os sintomas da depressão pós-parto se aproximam do baby blues no sentido da tristeza e melancolia. Porém, em níveis bem mais preocupantes. A perda da vontade de viver, pensamentos suicidas e/ou violentos com o bebê são sinais graves. 

Na depressão pós-parto a mulher tem mais dificuldades de dormir, se alimentar e fazer atividades que costumavam ser prazerosas. Os choros repentinos e aparentemente sem motivos também se tornam mais frequentes ou intensos. E todos os momentos com o bebê são marcados por um sentimento de ansiedade. 

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Como tratar cada caso

Casal – Foto: Freepik

Como falamos, o baby blues chega de repente e também vai embora assim, tendo uma duração de, em média, 15 a 30 dias. O tratamento não inclui administração de remédios antidepressivos, mas pode contar com a ajuda de um médico especialista.

Para ajudar, a mamãe deve ser compreendida e os sintomas não devem ser levados como frescura ou fraqueza. Ações cotidianas como trocar fraldas, ninar o bebê, dar banho nele para que a mulher possa se alimentar direito, dormir o bastante e se cuidar, é super importante.

 Evitar perguntas como “por que você está assim?” e frases como “você deveria estar feliz” é outro alerta. A paciência dos que estão em volta e o olhar de empatia são cruciais para levantar uma mãe que pode estar passando por turbulências hormonais, dificuldades de amamentação ou autocrítica muito severa. 

 

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O tratamento da depressão pós-parto

Diferente do baby blues, a depressão pós-parto pode ser prevista. Caso a gestante tenha antecedentes sejam eles doença mental ou traumas vividos (acidentes, perdas, agressões, etc.) a atenção deve ser dobrada. Alguns dos sintomas podem ser observados ainda na gestação. 

Por isso, o acompanhamento deve vir desde o pré-natal. Com consultas a um médico especialista, monitoramento de sintomas, acompanhamento no parto e orientações até duas semanas depois do bebê nascer. 

No caso de uma depressão pós-parto diagnosticada, o tratamento costuma ser administrado por um psiquiatra e com remédios. Na maioria, os menos nocivos para o bebê e que não afetam à amamentação. 

Outros cuidados como terapia e apoio familiar também fazem a diferença na recuperação. Dá mesma maneira que uma mulher com baby blues deve ser ajudada: sem perguntas desnecessárias, apoio em casa, afeto, compreensão e ajuda nas tarefas diárias. 

No menor sintoma, seja qual for o caso, o apoio médico é essencial. Muitas mulheres tem preconceito e medo do que pode acontecer se diagnosticadas por um psiquiatra. Mas, o quanto antes esse diagnóstico for feito e o problema for tratado, antes a mulher pode retomar sua vida saudável e aproveitar esse momento tão especial. 

 

Você, mamãe

Calma! Além do apoio das pessoas que estão ao redor, a cabeça é a grande chave do negócio. A autocrítica nessa fase é um dos maiores agravantes. O corpo está sensível, a vida mudando, e muitas coisas ao redor tomando caminhos diferentes. Então, nada mais justo do que você ser sincera e afetuosa consigo mesma. 

Ao invés de se questionar e se culpar por estar se sentindo dessa maneira, procure pessoas com quem você possa se abrir. Não se exija tanto no começo e se permita errar. Encontre seu tempo de se adaptar à rotina e à vida nova. 

A maternidade perfeita não é aquela que vemos nos livros, na televisão ou nas redes sociais, mas sim aquela que você protagoniza trazendo um dos seus maiores amores para o mundo! Curta esse momento do seu jeito.