Como vocês sabem, um dos tipos de conteúdo que eu gosto de trazer aqui no blog são estudos científicos que trazem informações importantes sobre maternidade e filhos. Por isso, no post de hoje, resolvi compartilhar com vocês os resultados de uma pesquisa feita na Universidade de Indiana, nos EUA (veja aqui), sobre privação materna logo após o nascimento. E adivinhem: os pesquisadores concluíram que o afastamento entre mãe e filho pode causar alterações cerebrais futuras, mesmo que tenha ocorrido por um breve período de tempo.

Imagem: 123RF

Antes que muitas mães entrem em pânico, acho interessante esclarecer que o estudo foi conduzido em ratos, e não em seres humanos. Mas os pesquisadores responsáveis pelo trabalho alertam que a estrutura cerebral dos ratos e dos seres humanos têm muitas similaridades, e por isso o fenômeno possivelmente também ocorreria entre nós. No trabalho, ratinhos de laboratório de 9 dias de vida (fase de intenso desenvolvimento de neurônios) foram retirados do convívio com suas mães por apenas 24 horas. E quando tiveram sua função cerebral escaneada, após atingirem a idade adulta, demonstraram mudanças nos padrões obtidos com ratos que não sofreram essa privação.

Segundo os estudiosos, os resultados demonstraram que esses ratos tiveram sua função cerebral modificada pelo trauma da ausência da mãe, o que poderia ser comparado, nos humanos, à ausência da mãe que está em encarceramento, por exemplo. Nos ratos a mudança de comportamento poderia predispô-los, por exemplo, à esquizofrenia (e possivelmente nos humanos também).

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Enfim, achei interessante compartilhar essas informações com vocês, pois muitas vezes nos deparamos com palpites falando sobre os efeitos negativos de manter um contato próximo com o bebê (“você vai acostuma-lo mal”, “depois ele não sai do seu colo”, e por aí vai). Mas talvez poucas pessoas se atentem à necessidade real que um filho tem da mãe, principalmente nos primeiros meses de vida e de desenvolvimento cerebral).