As herpes em bebês e crianças são um problema que deixa muitos pais preocupados, pois podem ser prejudiciais à saúde dos pequenos.

Afinal, essa discussão não é de hoje. Será que beijar bebês pode realmente causar herpes? Neste artigo, você irá aprender quais são as causas, sintomas e tratamentos para essa doença.

Confira abaixo!

herpes em bebês e crianças

Bebê sorrindo, enrolado em uma toalha de banho branca. Crédito da foto: Freepik

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Afinal de contas, o que é herpes?

Herpes é uma infecção viral muito comum que pode se apresentar em duas formas: infecções por Herpes Vírus Simples 1 ou 2 (HSV-1 e HSV-2), sendo que o 1 é mais comum em crianças, e está associado à herpes labial. O tipo 2 está mais ligado ao herpes genital.

Esse vírus está disseminado em grande parte da população e por esse motivo muitas pessoas exibem manifestações dessa doença ao longo de toda a vida.

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O HSV tem a capacidade de infectar a pessoa e, logo em seguida, ficar alojado em um nervo, quietinho, esperando a oportunidade de ser reativado e, assim, gerar novas lesões.

Como a herpes é transmitida?

O vírus é transmitido através da saliva contaminada ou por contato direto com as lesões ativas. A saliva contaminada não existe a todo o momento, mas pode existir mesmo sem a presença de lesões evidentes, por isso às vezes pode ser difícil explicar em que momento ocorreu a contaminação.

A grande maioria dos casos de contágio em bebês acontecem no momento do parto, em geral por HSV-2, quando a criança entra em contato com a lesão contaminada da mãe na região genital.

Nestes casos, é preciso avaliar o canal de parto, no momento em que a mulher for dar à luz, e se houver lesão ativa será necessário recorrer à cesárea.

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Já a minoria dos casos, ocorre quando os bebês contraem o vírus ainda no útero ou através do contato com lesões labiais dos adultos ou com a mama materna, durante a amamentação.

Mesmo que seja identificada uma lesão no seio, o aleitamento não está proibido. Basta isolar a mama doente, caprichar na higiene das mãos e oferecer a outra mama saudável.

É possível pegar herpes através do beijo?

Sim, é possível! O beijo é uma forma comum de contágio, pois a pessoa pode ser portadora do vírus mesmo sem ter alguma ferida aparente.

Compartilhar copos e talheres com uma pessoa portadora do HSV também facilita o contágio. No caso de feridas nos lábios, os adultos devem usar máscara. Se não for possível, é preciso evitar o contato com a criança.

Em geral, para aquelas pessoas que são portadoras do vírus, mas ainda não desenvolveram lesões, o HSV se manifesta quando a resistência imunológica está baixa.

O sol é um dos fatores que pode contribuir para isso, porque a radiação dos raios ultravioleta age bloqueando a ação das células de defesa do organismo e reduzindo a proteção imunológica.

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Outros fatores que abaixam a resistência imunológica são: estresse, fadiga, cigarro, bebida alcoólica em excesso e menstruação.

herpes em bebês e crianças

Bebê sendo examinada por uma enfermeira em clínica médica. Sua mãe está ao lado. Crédito da foto: Freepik

Como ocorre a infecção de herpes em bebês e crianças

A infecção pela Herpes pode ser primária ou secundária. Como assim? Entenda melhor abaixo sobre cada tipo:

Infecção primária

Na infecção primária, a pessoa entra em contato com o vírus pela primeira vez. É a forma mais importante na infância, já que a maioria das infecções primárias acontece nesta fase da vida.

Geralmente, a infecção primária acomete crianças de seis meses a cinco anos de idade, com pico de prevalência entre dois e três anos. Pode variar de assintomática até uma manifestação dolorida e preocupante.

O quadro clínico mais preocupante é a gengiva estomatite herpética primária aguda, caracterizada por febre, irritabilidade, falta de apetite, náuseas, aumento de linfonodos no pescoço e lesões orais doloridas, como pequenas bolhas que se rompem e formam múltiplas úlceras rasas, parecidas com aftas, que aparecem na língua, na gengiva, nos lábios e na garganta.

A infecção primária acontece apenas uma vez na vida, no primeiro contato com o vírus, e as infecções posteriores de herpes labial costumam ser mais brandas.

Os principais sintomas da infecção primária em crianças são:

– Lesões na língua, bochechas, palato, gengiva e lábios.
– Gengivas inflamadas.
– Dificuldade de engolir, com diminuição da ingestão de alimentos, pois os sintomas são tão desconfortáveis que a criança se nega a comer ou beber, mesmo estando com fome.
– Babar.
– Febre de até 40ºC, que pode ocorrer até cinco dias antes do aparecimento das lesões.
– Irritabilidade.

Infecção secundária

Já a infecção secundária é aquela que aparece diversas vezes ao longo da vida, em geral como pequenas bolhas no lábio que se rompem e formam crostas características do vírus do herpes.

Geralmente, a infecção se resolve dentro de cinco a sete dias, em casos mais brandos, ou até em duas semanas, nos casos mais graves.

Não existe cura e, uma vez infectada, a pessoa levará o vírus para sempre, mas nem todos vão manifestar a doença.

As manifestações clínicas vão depender muito da idade e do sistema imune do paciente, podendo variar de uma simples estomatite à uma encefalite e herpes neonatal, sendo estes dois últimos fatais em 70% dos casos.

herpes em bebês e crianças

Mãe em clínica médica, segurando seu bebê no colo e olhando para o doutor, que está sentado a sua frente. Crédito da foto: Freepik

Tratamento de herpes em bebês e crianças

Normalmente, o tratamento da infecção é baseado apenas na tentativa de reduzir os sintomas de febre e dor com o uso de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.

Nessa fase de lesões agudas, é recomendado a alteração da alimentação da criança. É importante inserir uma dieta mais líquida e pastosa, com pouco sal ou temperos fortes, para que seja menos dolorida a sua ingestão, assim como evitar o consumo de refrigerantes e comidas ácidas.

A higiene oral também é muito importante, uma vez que o acúmulo de bactérias pode aumentar a inflamação e a dor.

Portanto, a escovação é fundamental e deve ser feita com uma escova de dentes infantil macia e o uso da pasta de dente pode ser mantido, em pequena quantidade.

O importante é o movimento delicado e preciso para remover os resíduos da superfície do dente sem machucar a gengiva do pequeno.

Como prevenir a herpes em bebês e crianças?

Cerca de 90% da população é portadora do vírus herpes simples, por isso é difícil impedir que a criança adquira a infecção em algum momento da infância.

O que pode ser feito é evitar ao máximo o contato próximo com pessoas que tenham lesões ativas ou aftas e com outras crianças com estomatite, além de não ficar beijando crianças muito pequenas e investigar qualquer febre não esclarecida.

Durante a manifestação do herpes, é importante ter alguns cuidados para que uma criança não infecte outras.

Por exemplo, caso um filho esteja com estomatite herpética, os cuidados a seguir devem ser tomados:

– Não compartilhar pratos, copos e talheres;
– Lavar as mãos frequentemente;
– Não deixar a criança colocar a mão na boca, pois assim o vírus pode ser levado para outras partes do corpo, como nariz, olhos e genitália;
– Manter os brinquedos limpos e não compartilhar com outras crianças;
– Não deixar seu filho beijar outras crianças.

Tomando os cuidados acima, você evitará que seu pequeno contraia a herpes.

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