O Picky Eater é o famoso “paladar infantil”. O termo é usado para crianças e adultos que tem uma alimentação extremamente seletiva, com comportamentos infantis e repulsa a experimentar novos alimentos. Principalmente legumes, frutas e verduras. A prática é extremamente prejudicial para a saúde. Entenda abaixo porque.
Da onde vem o termo Picky Eater e paladar infantil?
Em inglês picky significa “exigente” e eater “comedor”, ou seja, comedor exigente em tradução livre. No Brasil, o termo foi adaptado à expressão “paladar infantil” pois a prática se aproximar muito das crianças quando estão em introdução alimentar.
Os picky eaters ou as pessoas com paladares infantis costumam preferir alimentos ricos em carboidratos refinados (farinha de trigo), gordura, realça dores de sódio e açúcares. Fatores altamente industrializados que prejudicam a saúde! Alimentos com sabores azedos e amargos também costumam ser dispensados pelos picky eaters.
Qual a causa dessa seletividade?
Bebê escolhendo o que comer. Foto: Freepik
As causas do paladar infantil podem ser diversas, e vir desde o desenvolvimento da criança enquanto bebê. Por exemplo, a falta de uma oferta variada de alimentos desde a gestação e até a adolescência podem limitar o paladar do bebê. Assim como a maneira que a comida é introduzida a partir dos 6 meses de idade.
Muitas mamães se preocupam se o bebê está comendo muito ou pouco, mas a quantidade deve andar de mãos dadas com a qualidade. Assim como a criança deve ter uma dieta balanceada em peso, ela deve ter uma dieta balanceada em diversidade, seja ela de proteínas, vitaminas, leguminosas e frutas!
Outra causa comum do paladar infantil é psicológica. Normalmente, o indivíduo procura prazer na alimentação. A necessidade de preencher esse vazio, prioriza alimentos que já trouxeram momentos felizes, que despertam essas sensações ou que lembram de pessoas e lugares. Normalmente, ricos em açúcar e gordura.
Como é feito o tratamento para o picky eater e por que ele é necessário?
Criança segurando fatia de melancia com recorte de coração. Foto: Freepik
Uma alimentação inadequada pode ser a raiz de diversos problemas de saúde, como faltas vitamínicas, problemas psicológicos, desnutrição e queda do sistema imunológico. Por esses motivos, o tratamento começa a partir do momento que a criança entende como a comida pode afetar, de maneira negativa, seu corpo. Entender o funcionamento do organismo, como os alimentos funcionam para o corpinho e como uma alimentação mais colorida pode nos dar energia e disposição é essencial para que as crianças entendam a necessidade de mudar.
É claro que a mudança não virá de um dia para o outro, mas não pode perder a esperança! Aos poucos, comece a introduzir alimentos mais ricos em nutrientes e pobres em conservantes, corantes e carboidratos. Por exemplo, em vez de um suco de caixinha, prioriza um suco natural ou uma salada de frutas. No lugar da pipoca de micro-ondas, invista em uma pipoqueira de ar quente, sem óleo!
Outras dicas para diversificar a alimentação das crianças
Família reunida na mesa sorrindo e comendo. Foto: Freepik
Os pequenos são espelho dos adultos. Logo, o prato colorido deve começar pelos pais! Se a família inteira tiver um paladar infantil, está aí uma boa oportunidade de mudar os hábitos. As crianças costumam apresentar o paladar seletivo com mais frequência, mas não é por isso que esse tipo de alimentação não prejudique também os adultos.
Problemas cardiovasculares e diabetes podem ser causados por uma refeição desbalanceada. As crianças estão em fase de crescimento, mas os adultos também precisam se cuidar! Confira algumas dicas para ajudar a família toda:
- Sem chantagem: “se você comer tudo, você vai ganhar tal coisa” essa é uma manobra desesperada que os pais costumam usar, mas afeta diretamente a relação das crianças com a comida. Transtornos alimentares na fase adulta estão muito ligados a esse tipo de chantagem.
- Solte a criatividade na hora de decorar os pratos: lojas de departamento oferecem diversos itens para decoração das comidas, formas para arroz e legumes, invista porque eles ajudam a introduzir alimentos de uma maneira mais lúdica.
- Coma com as crianças: sabemos que nem sempre isso é possível, mas sempre que for, vale a pena! Sente-se a mesa com as crianças, coloque no seu prato o que você gostaria que eles colocassem nos deles. Torne as refeições um momento prazeroso em família.
- Não desanime com o “não”: continue oferecendo os alimentos, mesmo sabendo que as crianças vão recusar, monte seus pratos e não aceite não como resposta! É importante que eles conheçam e tenham oportunidade de provar uma variedade de legumes.
- Evite “lanchinhos” no lugar das refeições: se a criança não quiser a comida na hora do jantar, tudo bem. Mais tarde ela sentirá fome e pedirá por alguma coisa. Nesse momento, tente fugir dos “lanchinhos”, como bolachas, iogurtes e sanduíches, e ofereça novamente o jantar recusado.
- Sem estresse e sem tensão: evite transformar as refeições em um momento de briga, envolva as crianças no preparo, explique a importância e entenda o tempo de compreensão delas! Evite fazer da mesa um campo de guerra.