Recentemente, eu falei aqui no blog sobre uma doença bastante comum nessa época do ano, a catapora ou varicela. E, no post de hoje, venho alertar os pais sobre mais uma ocorrência bem frequente na primavera (parecida com a catapora, aliás): a roséola.
Catarina teve roséola ainda bebê (com pouco mais de um ano), e confesso que fiquei apavorada quando vi aquelas manchinhas se espalharem por todo o seu corpo.
Bebê recém-nascido segurando a mão da mamãe. Crédito da foto: Freepik
Primeiro pensei que fosse uma reação alérgica, depois uma intoxicação alimentar, e finalmente uma virose (mas são sabia identificar qual era). Só não pensei na catapora, na época, porque a pequena era vacinada.
O que é Roséola?
Para quem nunca ouviu falar de roséola, eu explico: é uma doença transmitida por um vírus da herpes (os tipos 6 e 7, mais especificamente) e se manifesta principalmente pelos sinais de febre alta e manchinhas vermelhas pelo corpo da criança.
Contudo, apesar da aparência ruim, o tratamento é simples e a doença costuma ser encarada como benigna. Vem entender melhor!
Como eu sei que meu filho está com roséola?
Pai dá a mão para bebê recém-nascido, na maternidade. Crédito da foto: Freepik
Se o seu filho tem entre seis meses e dois anos vale saber que essa é a principal faixa etária em que a roséola se manifesta.
O primeiro sintoma é a febre alta (entre 38°C e 40°C), que dura geralmente entre três e quatro dias. Depois, quando a febre vai diminuindo, é que aparecem as manchas vermelhas, principalmente no tronco.
Por conta da febre, pode ser que a criança sofra convulsão (ainda mais se ela tiver propensão à convulsão febril) e, ainda, gânglios inchados (o que pode desencadear falta de apetite e cansaço), tosse e coriza no nariz.
Percebeu algum desses sintomas? Então consulte o pediatra que, por meio de análise clínica, consegue detectar se realmente se trata de roséola (talvez ele também peça algum exame laboratorial para confirmar).
E qual o tratamento?
Recém-nascido enrolado em uma toalha, após o banho, deitado em cima da cama. Crédito da foto: Freepik
O tratamento da roséola consiste no uso de medicamentos para baixar a febre, especialmente para evitar as convulsões e até uma possível meningite ou encefalite (embora bastante raras).
Já as manchas vermelhas costumam desaparecer entre algumas horas ou em até três dias, não sendo necessário nenhum cuidado específico.
Também é importante manter o filhote hidratado e não descuidar da higiene (sua e do pequeno), pois como se trata de uma virose, a chance de contaminação é alta (por isso, durante o tratamento, é recomendado que a criança fique em casa).
Tem prevenção?
Não há vacina que previna a roséola. Como é uma virose, os cuidados para mantê-la longe são as regras básicas de higiene (especialmente manter as mãos sempre limpas e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal da criança).
Vale destacar que a incidência de roséola em adultos é bastante rara, pois geralmente já desenvolvemos os anticorpos para evitar que a doença se manifeste. Mas na criançada é importante ficar de olho!