Você já ouviu falar sobre afogamento secundário? Para tardes de brincadeira na piscina com o pequeno, é muito importante estar atento ao risco desse problema, pois ele pode ocorrer quando a criança possui alguma condição (como uma doença) que torna difícil a manutenção na superfície da água.
Nesse caso, o filhote acaba aspirando água e pode acabar afogado. Aliás, a criança pode ter ficado pouco tempo submersa, e os sintomas podem ocorrer naquele momento ou horas depois.
Para que os pais estejam alertas, nesse post eu explico melhor o que é o afogamento secundário e, também, o que fazer caso o seu filho passe por isso. Todo cuidado é pouco, então vem ver e compartilhar a informação!
Natação – Foto: Freepik
Como eu sei que o meu filho teve um afogamento secundário?
Se você notar que a criança, ainda na água, tosse, apresenta dificuldade para respirar e dor no peito, desconfie da ocorrência de um afogamento secundário.
Nada impede, inclusive, que os sintomas demoram minutos ou mesmo horas para acontecer. Dependendo do volume de água ingerido, pode ser até que o pequeno perca a consciência.
Em caso de desconfiança, procure uma unidade de pronto-atendimento. Após realizar um análise clínica da criança e alguns exames, o médico poderá detectar se o quadro corresponde a afogamento secundário de fato.
Vale ressaltar que o afogamento secundário se trata de uma consequência de condições anteriores, como convulsão, doenças do coração e/ou pulmonares, traumas e, ainda, em decorrência do consumo de álcool e drogas (por isso é comum em adultos também).
Se o seu filho apresentar algum desses problemas, é importante conversar com o pediatra e verificar se não há riscos maiores para ele nadar, combinado?
Bebê na natação – Foto: Freepik
Outro ponto importante a se saber é que muitas pessoas utilizam o termo afogamento secundário para designar um afogamento que aconteceu horas depois do contato com a água, contudo não é bem por aí.
Segundo informações da Sobrasa (Sociedade Brasileira de Afogamento Aquático), afogamento secundário corresponde ao “processo causado por patologia associada que precipita o afogamento” (os motivos que citei acima).
O que muitas pessoas chamam de afogamento secundário hoje é considerado apenas “afogamento” (que se refere quando ocorre “aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão”, de acordo com a Organização Mundial de Saúde).
E acontece geralmente da seguinte forma: a criança começa a se afogar, é retirada rapidamente da água, mas permanece com o pulmão cheio de líquido, tendo os sintomas de tosse, falta de respirar, cansaço extremo e dor no peito algumas horas depois.
Como os pequeninos não conseguem relatar esses sintomas muito bem, é preciso estar bastante atento sempre que seu filho tiver um acidente na água, mesmo que mínimo.
E como tratar o afogamento secundário?
Como o afogamento secundário consiste em água acumulada nos pulmões, o médico precisará monitorar o nível de oxigênio da criança.
Não é necessário tomar nenhum remédio, mas a internação pode ser exigida, bem como o uso de tubo para auxiliar a respiração.
Ainda no local do acidente, já é necessário iniciar alguns procedimentos, para evitar que a insuficiência de oxigênio chegue ao sangue (a chamada hipoxemia).
Alguns cuidados indicados são retirar as roupas molhadas do pequeno, elevar a temperatura corporal se ele tiver hipotermia, e dar início à respiração boca a boca.
Chame os bombeiros!
Se não conseguir tirar a criança da água, não hesite em chamar os bombeiros, e vá ao pronto-atendimento o quanto antes! E, claro, brincadeiras na piscina SEMPRE exigem supervisão de um adulto.
Atenção: Telefone dos Bombeiros: 193; telefone do Samu: 192.