Você já ouviu falar sobre vitamina D, certo? Nos últimos tempos, muito se diz sobre isso e que é uma das mais importantes para o nosso organismo.
Sabe dizer por que ela é fundamental para a saúde do seu filho e a da família inteira? Pois essa semana eu fui a um evento muito interessante que contou com uma equipe médica de primeira linha, e que trouxe informações atuais sobre o assunto – enfim, muita coisa bacana para compartilhar aqui com vocês.
cápsula de vitamina D. Foto: freepik
Pessoalmente, a vitamina D passou a fazer parte da minha vida quando engravidei (época em que você precisa suplementar vários nutrientes para garantir que está com o aporte necessário para si mesma e, claro, para o bebê em formação).
Depois, quando Catarina nasceu, comecei a colocar ainda mais atenção nela – contava diariamente as gotinhas que o pediatra recomendou para que a pequena tivesse uma boa formação óssea.
Recentemente, meu médico pediu que eu fizesse um exame para verificar como estavam os meus níveis no sangue – e aí descobri que meu corpo estava produzindo muito menos vitamina D do que deveria, por isso passei a suplementá-la (e acho que ajudou bastante na minha saúde como um todo, de verdade).
mulher tomando vitamina D em cápsula. Foto: freepik
Mas, enfim, o que todas nós precisamos saber? Vem dar uma espiadinha:
Afinal, o que é a vitamina D?
Embora com esse nome, a vitamina D não é verdadeiramente uma vitamina. Isso porque nosso corpo é capaz de produzi-la (diferentemente das verdadeiras vitaminas, que são obtidas pela alimentação). Ela é o precursor de um hormônio, uma substância fundamental para a absorção do cálcio dos alimentos que ingerimos – e que será usado para a formação e manutenção da nossa estrutura óssea.
Como nosso corpo produz?
A principal forma de estimular nossa produção de vitamina D é o sol – por isso, vamos sair de casa com as crianças! Lembra-se do banho de sol que o pediatra recomendou desde a primeira semana de vida do filhote? O objetivo era justamente o de ajudar na produção de vitamina D.
O melhor sol para estimulá-la é o mais forte: entre 10h e 15h. E em geral bastam dez minutinhos de exposição diária (no caso de bebês, com pele mais sensível, os médicos costumam recomendar o início da manhã ou o fim da tarde, mas também por isso é preciso que eles tomem as gotinhas – um suplemento de vitamina D).
Vale também falar que o uso de protetor solar diminui sua produção em até 95%.
bebê tomando banho de sol. Foto: freepik
Todo mundo produz da mesma forma?
A resposta é direta: não, as pessoas produzem em quantidades diferentes. Quanto mais exposta ao sol a pessoa fica, mais vitamina D ela produz (por isso é importantíssimo manter o contato com a natureza, fazer atividades ao ar livre – eles refletirão diretamente na sua saúde e do seu filho).
Além disso, pessoas com pele mais clara fabricam mais esse nutriente, enquanto as de pele escura têm maior tendência a não o produzir em doses suficientes.
Com a rotina atual das famílias, mais restrita a ambientes fechados e dentro dos carros (lembrando que o sol que passa pelo vidro não ajuda na sua produção), é cada vez mais comum que as pessoas não tenham os níveis de vitamina D necessários para sua saúde.
Já que o corpo, em geral, não produz toda a quantidade de que precisa, de que forma é possível conseguir a quantidade necessária?
Com os hábitos alimentares do brasileiro, dificilmente se consegue a reposição desse nutriente apenas com a alimentação.
Por isso são recomendados os chamados suplementos de vitamina D – no dia do evento sobre o qual eu comentei no início do post, eu conheci o lançamento mais recente, o DoseD, do Laboratório Aché (tem gostinho de maçã verde – bem gostoso!).
O ideal, sempre, é falar com o pediatra do seu filho (e também com seu médico), para que ele analise qual é a necessidade de suplementação necessária.
bebê no pediatra. Foto: freepik
A vitamina D é importante durante toda a vida de uma pessoa – desde o nascimento até a terceira idade.
Isso porque ela é responsável por ajudar na absorção do cálcio – nutriente que entra na composição da nossa estrutura óssea. No bebê, que tem um intenso crescimento nos primeiros anos, é ela quem ajudará na correta calcificação dos ossos e dos dentes em formação.
Na adolescência, ocorre outro pico de crescimento, que precisará da ação da vitamina D para ocorrer de forma ideal. E, na vida adulta, ela é importantíssima para manter os níveis de calcificação do osso – prevenindo, por exemplo, a ocorrência de osteoporose e de fraturas.
O papel da vitamina D na gravidez:
Durante a gestação, a mulher precisa de um maior aporte de cálcio (em torno de 25% a mais do que sua necessidade normal), para transferi-lo ao bebê.
Esse cálcio virá, sobretudo, de sua alimentação – e, para absorver mais cálcio dos alimentos, a gestante precisa contar com uma boa dose de vitamina D. Assim, o bebê receberá esse nutriente, que permitirá que sua estrutura óssea se forme da melhor forma possível.
grávida tomando suplementação vitamínica. Foto: freepik
A mulher que amamenta também precisa (e muito!) da vitamina D:
Durante a fase de amamentação, a mãe também transfere cálcio para o filho, que está em intenso crescimento.
Nesse caso, a maior parte do cálcio oferecido ao bebê é retirado da estrutura óssea da própria mãe – por isso, é fundamental que ela tenha uma alimentação rica nesse nutriente e boas doses de vitamina D, para conseguir absorvê-lo e repor o que foi perdido.
A quantidade no leite materno é mínima, muito menor do que a necessária para o seu filho:
Épor isso que, em todo o mundo, os pediatras recomendam as gotinhas de Colecalciferol – nome técnico da vitamina D (tenho certeza de que seu filho também tomou) -, para garantir que seu osso tenha uma boa formação.
No caso de crianças desnutridas e que têm falta desse nutriente, ocorre uma doença muito séria, chamada de raquitismo, na qual há um enfraquecimento e deformação dos ossos.
bebê mamando. Foto: freepik
A dose de suplementação recomendada nos primeiros anos de vida:
Aqui no Brasil, a dose recomendada de suplemento de vitamina D é de 400 UI (unidades internacionais) para o primeiro ano de vida e de 600 UI para o segundo ano – e seu filho deve começar a tomar desde a primeira semana. Para os prematuros, espera-se que eles atinjam 1,5 Kg para que a suplementação seja iniciada.
E depois dos dois primeiros, meu filho não precisa mais de vitamina D?
A partir do terceiro ano de vida, fica a critério do pediatra manter a suplementação ou não (isso no Brasil, porque em outros países, como nos EUA, mantém-se durante toda a infância e adolescência).
No caso de Catarina, por exemplo, o pediatra manteve, porque existem muitos estudos em andamento sobre outros benefícios da vitamina D – e um deles seria o de auxiliar no tratamento contra a asma.
criança tomando suplemento de vitamina D. Foto: freepik
Sintomas e riscos à saúde decorrentes da sua deficiência
Os sintomas de dor nos ossos e fraqueza muscular podem indicar que você tem deficiência de vitamina D. No entanto, para muitas pessoas, os sintomas são sutis. No entanto, mesmo sem sintomas, pouca vitamina pode representar riscos à saúde.
Associam-se níveis baixos da vitamina no sangue ao seguinte:
- Aumento do risco de morte por doença cardiovascular
- Comprometimento cognitivo em adultos mais velhos
- Asma grave em crianças
- Câncer
A pesquisa sugere que a vitamina D pode desempenhar um papel na prevenção e no tratamento de uma série de doenças diferentes, incluindo diabetes tipo 1 e tipo 2 , hipertensão , intolerância à glicose e esclerose múltipla.
Fontes de vitamina D
Obter luz solar suficiente é a melhor maneira de ajudar o corpo a produzir em quantidade suficiente. As fontes abundantes de vitamina D incluem:
- peixes gordurosos, como salmão, cavala e atum
- gemas de ovo
- queijo
- bife de fígado
- cogumelos
- leite fortificado
- cereais fortificados e sucos
Riscos do excesso da vitamina
O consumo excessivo de vitamina D pode levar à calcificação excessiva dos ossos e ao endurecimento dos vasos sanguíneos, rins, pulmões e tecidos cardíacos.
mulher sentindo dor de cabeça, Foto: freepik
Os sintomas mais comuns de vitamina D excessiva incluem dor de cabeça e náuseas. No entanto, o excesso de vitamina D também pode levar ao seguinte:
- perda de apetite
- boca seca
- um gosto metálico
- vomitando
- Prisão de ventre
- diarréia
O excesso de vitamina D geralmente ocorre quando se toma muitos suplementos. É melhor obtê-la de fontes naturais.
Se alguém está tomando suplementos, deve escolher sua marca com cuidado, pois o FDA não monitora a segurança ou pureza dos suplementos.
Há uma seleção de suplementos de vitamina D disponíveis para compra online.
A dieta total e o padrão alimentar são os mais importantes na prevenção de doenças e na boa saúde. É melhor seguir uma dieta com uma variedade de nutrientes do que se concentrar em um nutriente como a chave para uma boa saúde.
Enfim, espero que essas informações sejam úteis para você e para sua família!