Depois dos seis meses, os bebês precisam usar protetor solar durante a exposição ao sol intenso. O uso do produto é ainda mais frequente nessa época do ano de verão, em que muitas famílias aproveitam mais a praia e as piscinas. Mas você já parou para pensar que a proteção que você está oferecendo ao filhote ou oara si mesma pode não ser a mais adequada?
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Pois é, uma avaliação da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) divulgada recentemente apontou que várias marcas famosas de protetores solares para o rosto oferecem bem menos proteção do que a indicada no rótulo. Isso significa que você paga mais caro por um produto de qualidade inferior e, coloca, ainda, a saúde da família em risco, uma vez que a exposição sem proteção ao sol pode resultar em problemas de pele sérios, como queimaduras e câncer. Vem entender melhor essa história e tirar suas dúvidas sobre o uso de protetor solar:
O teste
A Proteste enviou ao laboratório protetores solares faciais de dez marcas (usadas por adultos), com proteção igual ou maior a 50. Trinta voluntárias também experimentaram os produtos, que foram avaliados pelo fator de proteção solar (o FPS, ou proteção UVB), o índice de proteção UVA, a resistência à água, o rótulo, a facilidade de absorção e de espalhar. Dos dez, apenas três foram considerados de boa qualidade, confira:
Vale destacar que a metodologia indicada em norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera aceitável uma variação de até 17% do FPS em relação ao que é informado na embalagem. No entanto, as marcas Sundown, L’Oreal, ROC, Sunmaxque e La Roche Posay apresentaram variações bem maiores do que isso. Pior da lista, o protetor da La Roche apresentou 42% a menos de FPS do que o indicado no rótulo segundo a avaliação da Proteste.
Os melhores na avaliação foram o Nivea Sun Protetor solar facial FPS 60, que apresentou mais alta proteção UVA entre os testados, e o Cenoura & Bronze Protetor Solar Facial FPS 50, que ainda tem a vantagem de ser o mais barato entre os analisados.
Após a divulgação dos resultados, muitas marcas e inclusive a Sociedade Brasileira de Dermatologia questionaram a metodologia usada no teste, mas a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor reforçou a veracidade da avaliação e pediu que as marcas corrijam os erros apontados.
O que significam as siglas dos rótulos dos protetores?
– Fator de Proteção Solar (FPS): é o que garante proteção contra os raios ultravioletas UVB, que atingem as camadas mais superficiais da pele e causam queimaduras. O número se refere a quanto tempo a pele vai demorar para ficar vermelha.
– Fator de Proteção UVA (FPUVA): refere-se ao fator que nos protege contra os raios ultravioletas que atingem as camadas mais profundas da pele (e são responsáveis por danos irreversíveis, como o envelhecimento precoce e o câncer de pele). Desde 2012, a Anvisa determina que, nos filtros solares, a proteção UVA deve ser um terço do FPS.
Cuidados ao usar o protetor
Além do cuidado na compra, cada protetor solar deve ser usado com a frequência especificada na embalagem, onde constam todos os cuidados no uso de acordo com a situação à qual o usuário está exposto, idade e tipo de pele. O indicado é passar o protetor 30 minutos antes da exposição e, para crianças, versões hipoalergênicas são as mais interessantes (para evitar possíveis reações alérgicas).
Além do protetor, o uso de roupas leves, de algodão e cores claras são indicadas durante a exposição de bebês ao sol. E não se esqueça do horário: a exposição deve ser somente antes das 10h e depois das 16h (os horários com menores incidências dos temíveis raios ultravioletas).