Alguém aí já viu um bebê com uma manchinha roxa no bumbum? Se formos parar para pensar, lembrar de uma criança assim não é tão incomum. E é sobre essa mancha que eu venho falar no blog hoje, a chamada mancha mongólica.
Antes de mais nada é importante frisar: não há motivos para maiores preocupações com essas formações, porque são benignas e geralmente desaparecem com o tempo.
Também não têm relação com algo de errado que você possa ter ingerido ou feito durante a gestação! Quer saber mais? Eu te conto, vem ver!
Mãe com o bebê no colo. Foto: Freepik
Por que a mancha mongólica aparece?
A mancha mongólica aparece logo ao nascimento da criança, ou nas primeiras semanas de vida, como uma marca de nascença.
O que acontece é que as células que dão pigmentação à pele (chamadas de melanócitos) nem sempre ficam na posição normal enquanto o bebê se desenvolve no útero e, por isso, a marca arroxeada aparece (mas não dói, não coça e nem apresenta textura diferente da pele de pigmentação comum).
Em geral a mancha mongólica tem de 2 a 8 cm de extensão, mas em casos menos frequentes pode acometer uma área maior do corpo. Sua coloração pode ser ainda esverdeada ou azul (normal ou acinzentado) e costuma aparecer no bumbum, nas costas ou até mesmo nos ombros do recém-nascido.
Mãe e bebê sorrindo deitados na cama. Foto: Freepik
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a formação não está relacionada a doenças, não é um sinal de câncer ou um hematoma – muito pelo contrário, é congênita e benigna.
Vale destacar que a mancha mongólica é mais comum em crianças asiáticas (por isso recebe o nome “mongólica”, numa referência à região da Ásia – a Mongólia).
Mas no Brasil também é bastante encontrada, pela miscigenação marcante do nosso país (lembrando que outros povos com alta incidência da mancha são os africanos, os hispânicos e os indígenas).
Mãe deitada no chão enquanto ergue o seu bebê. Foto: Freepik
Pode acometer meninas e meninos, de diferentes tons de pele. Estima-se que na América Latina 45% das crianças nasça com uma manchinha como essa (que às vezes passa despercebida, mas, sobretudo se for extensa, pode deixar pais e mães preocupados).
E se o meu bebê tiver a mancha mongólica, o que fazer?
Assim como qualquer anormalidade, o ideal, se notar uma mancha mongólica no seu pequeno, é informar o pediatra que irá fazer o diagnóstico por meio de análise clínica.
Contudo, não há tratamento indicado (até porque é uma formação benigna) e, geralmente, começa a desaparecer sozinha entre os dois e três primeiros anos da criança.
Mãe beijando o seu bebê. Foto: Freepik
Em alguns casos, a mancha mongólica pode persistir até a adolescência, mas são situações bastante raras. O importante, sempre, é ter acompanhamento médico para não restar qualquer dúvida.