Não é de hoje que muitas futuras mamães optam por fazer o enxoval do bebê nos EUA. De fato, até pouco tempo atrás, era inegável o preço mais em conta de alguns produtos – desde itens pedidos no chá de bebê, roupinhas (que eram compradas para satisfazer a necessidade dos pequenos por alguns anos!), até acessórios maiores, como carrinhos e cadeirinhas de carro. Mesmo considerando os gastos com a viagem, era possível economizar bastante, o que fazia de Miami, Orlando e NY destinos interessantíssimos para as grávidas brasileiras. Mas, no cenário atual, em que o dólar já bateu o patamar de 4 reais, muita gente se pergunta se ainda vale a pena trocar as lojas daqui pelas norte-americanas, para preparar a chegada do filhote. Para responder essa pergunta, conversei com profissionais da EPS Baby Concierge e da MacroBaby, consultorias especializadas em compras para enxoval do bebê no exterior, e acabei formando também minha opinião sobre o assunto. Vem dar uma espiadinha!
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O que dizem as consultorias que trabalham no exterior:
O que ainda é vantagem comprar nos EUA
Segundo Greicy Pantoja, social media da MacroBaby, e Claudia Murakami, diretora de marketing da EPS, ainda compensa comprar quase tudo no exterior. “Especialmente porque nos Estados Unidos temos centenas de produtos que ainda não estão à venda no Brasil”, afirma Greicy. A profissional completa que, se a moeda norte-americana continuar subindo, outra desvantagem de se comprar no Brasil é que os itens importados ficarão mais caros. “As novas importações serão feitas com o dólar mais alto e a diferença que hoje gira em torno de 55% irá chegar à casa dos 120% em relação aos preços praticados nos Estados Unidos”, afirma.
Já Claudia destaca que as consultorias no exterior costumam ter parcerias com as lojas do segmento, o que acaba deixando as mercadorias mais em conta. Segundo ela, os carrinhos de bebê são um dos itens mais recompensadores. “A diferença, mesmo com o dólar nas alturas, é grande”, aponta a profissional. Para ilustrar, ela usa como exemplo o kit da Britax de carrinho e bebê conforto, que aqui no Brasil não sai por menos de 3.700 reais, enquanto nos Estados Unidos, com o desconto da consultoria, pode custar 349 dólares (quase 1.396 reais) – o que resulta em uma diferença de mais de 2.300 reais.
O que não é tão vantajoso
Para Claudia, itens de higiene como cremes, óleos e xampus (tanto para a gestante como para o bebê) podem ser adquiridos no Brasil, cuja indústria do segmento tem se desenvolvido muito e ofertado ótimas opções para as clientes. “Sem contar que esses produtos ocupam espaço e fazem muito peso na mala, se comprados nos Estados Unidos”, completa.
Outras dicas para economizar
O ideal para garantir um enxoval de sucesso com economia é pesquisar bastante o que você quer – quais são as marcas de sua preferência e quais itens você realmente precisa comprar (por vezes, crianças maiores da família ou filhos de amigos podem doar acessórios que não usam mais, como carrinhos e berços). Se com tudo isso, você ainda optar por um enxoval no exterior, uma grande vantagem em contratar uma consultoria é que os próprios profissionais fazem as pesquisas de preço, para confirmar as marcas mais em conta, e ainda tiram todas as suas dúvidas (a maior parte possui funcionários fluentes em português, para não haver problemas de idioma). Mais um diferencial é que empresas como a EPS, por exemplo, fazem uma entrevista prévia com os clientes para saber quanto eles pretendem gastar. “E muitas vezes gastamos somente 60% do valor que eles pretendiam investir, o que impressiona muito nossa clientela”, afirma Claudia.
Outra opção bacana, especialmente no atual cenário de recessão no Brasil, é uma promoção da MacroBaby, que oferece estadia de graça para os pais durante as compras no exterior. Os gastos ficam por conta das passagens e da própria consultoria com os produtos.
Minha opinião pessoal sobre o assunto:
Com o câmbio altamente desfavorável dos dias de hoje, não vale a pena comprar todos os itens do enxoval do bebê nos EUA, como se fazia há um certo tempo. Concordo que, entre comprar produtos importados aqui ou lá, a melhor opção continua sendo a compra no exterior, pois o valor deles no Brasil, conforme os estoques forem acabando e precisarem de reposição, também aumentará.
Entretanto, antes de viajar, coloque tudo na ponta do lápis – a viagem (valor da passagem e da hospedagem, quando convertido em reais) de maneira geral está bem mais cara. Por isso, acredito que o ideal para quem deseja economizar é aproveitar a ida de amigos (ou do marido a trabalho, por exemplo) para pedir o essencial. Havendo intimidade para o pedido, opte pelos itens em que a diferença no preço continua grande, como o carrinho.
Se você não abre mão de se sentir presente nessa escolha, mas, por uma questão financeira, decidiu fazer as compras daqui, uma alternativa bacana que algumas assessorias especializadas oferecem é o serviço de câmera dentro da loja. Em tempo real, eles conseguem mostrar todas as opções, e você visualiza o que deseja levar.