No mês passado, publiquei um post que falava sobre a relação entre carreira e maternidade, que foi muito bem aceito pelas leitoras do Mil Dicas de Mãe. Depois dele, recebi algumas mensagens de mães que estavam avaliando sua vida profissional, pensando em trocar um trabalho de oito horas diárias por algo que lhes desse maior flexibilidade e que permitisse um maior contato com os filhos. Uma das dificuldades relatas por elas é que não sabiam por onde começar um negócio próprio, apesar de saberem o que gostariam de vender ou oferecer ao público.
De fato acho que a formação da nossa sociedade no quesito empreendedorismo ainda é muito falha. Nas escolas, a minha geração (e mesmo hoje acho que pouca coisa mudou) não era incentivada a empreender, e sim a simplesmente estudar para passar no vestibular, aderir a uma profissão já “pronta” (claro que ter uma boa formação universitária pode ajudar, e muito, ao empreendedor, mas em geral não era esse tipo de interesse na profissão que eu notava). Você conversava com os colegas e ouvia que eles queriam ser médicos, advogados, arquitetos, mas ninguém falava que queria abrir uma loja para vender um determinado tipo de produto, ou que tinha como sonho criar um serviço diferenciado. E talvez pela falta dessas informações, parece que empreender é algo de outro mundo.
Como também estou numa fase de me perguntar se eu encaro essa empreitada, resolvi pesquisar um pouco sobre o assunto. E queria dividir com vocês algumas coisas que pesquei por aí. Você pode começar, por exemplo, se inspirando em exemplos de outras mães que já empreenderam e contam um pouco de suas experiências, o site Empreendedorismo Materno. Vale a pena ler as entrevistas para que você tenha uma ideia mais próxima da realidade da mãe empreendedora (porque dá uma vontade enorme de largar o emprego ao fim da licença maternidade e dizer: “ok, agora eu trabalho em casa e fico perto da cria”; mas se não houver planejamento, apoio da família, organização, as coisas ficarão bem complicadas!). É gostoso perceber como elas contam com amor sobre a escolha de trabalhar por conta própria, como isso facilita o contato com os filhos, como dá flexibilidade, e até como ajuda na amamentação em livre demanda. Mas por outro lado, o trabalho é intenso, muitas vezes madrugada afora, e o retorno financeiro pode demorar a acontecer.
Outra dica para quem quer empreender e ainda está no período de incubação da ideia, de partir para as vias de fato, é procurar um profissional de coaching. Mas afinal o que é isso? É alguém que funciona como um guia para que você faça uma reflexão e entenda melhor seu papel no mundo e como atingir seus objetivos. Você gostaria de empreender e ainda não sabe como? Ou o que tipo de empreendimento tem a ver com você? Então talvez essa conversa tenha muito a te acrescentar! Para quem se interessou, no site do Empreendedorismo Materno (que citamos acima) tem o acesso para o Natural Coaching, e outro super bem recomendado é a Rede Ubuntu, que conta inclusive com um programa específico para mães.
Agora falando sobre algo mais prático, há sites que podem ajudar muito a mãe que se interessa em se tornar uma empreendedora. O site do Sebrae, por exemplo, oferece cursos gratuitos pela internet para quem está no período de planejamento ou para quem já tem uma empresa e quer otimizá-la. Lá você conseguirá reunir informações sobre como iniciar um empreendimento, como fazer um plano de negócios, controle financeiro, vendas, e muito mais. Você sabia, por exemplo, que é possível ser um microempreendedor individual, se o faturamento da sua empresa for de até R$60.000 por ano (ou, o equivalente a R$5.000/mês)? Pagando uma taxa fixa mensal que gira em torno de R$35 a R$40, você poderá emitir notas fiscais e abrir uma conta jurídica, além de ter acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros. Quem se interessou pode ir direto ao site do governo sobre o assunto, clicando aqui.
Espero assim dar um pontapé inicial para que mais e mais mães se tornem empreendedoras por aí!