Há poucos dias eu contei a vocês que minha pequena Catarina finalmente havia ingressado na escola. Sem chororô, sem solicitar a mamãe nos dias de adaptação em que fiquei escondida, acompanhando de longe sua interação com a professora e os coleguinhas. Ah, mas estava fácil demais, ou não? Eis que, depois de dez dias de aula (tempo suficiente para eu estar bem relaxada e ter afastado da minha cabeça o fantasma da adaptação escolar), filhotinha resolveu que não queria mais ir à escola. E aí, minhas amigas, foi um salve-se quem puder.

Começou com um leve “mamãe, hoje eu quero ficar em casa!” (ao que respondi: “não, filha, hoje é sexta-feira, você vai para a escola, como todos os seus amiguinhos; amanhã é sábado, e aí sim ela estará fechada, e você ficará brincando aqui”). Depois, uma leva choradinha na porta da escola, contornada pela professora. E aí veio o fim de semana (passado), e na segunda-feira, mais conhecido como o dia internacional da manha para ir à escola, Catarina simplesmente… me enganou! Entrou na escola como se nada tivesse acontecido, alguns dias antes. E como cabeça de mãe sempre procura o porquê das coisas, formulei diversas teses: “ah, vai ver que aquele dia ela estava cansada. É, me lembro que ela havia dormido pouco mesmo… Pode ser que  tenha sentido insegurança, porque o pai ia viajar. Que bom, porque agora voltamos ao normal!”. Ah, mamãe bobinha (como bem diria a Pegga Pig!). Na terça-feira, o escândalo veio com força total! Eu fiquei um tempo escondida na escola, a pedido da coordenadora, para que eu visse com meus próprios olhos que ela se acalmaria logo. Juro que pareceu uma hora de choro. Mas ao olhar no relógio, vi que haviam sido apenas cinco minutos. Ai, ai!

Na quarta-feira, a mesma história. Na quinta, uma nova trégua (será que ela sabe que meu coração não aguentaria muitos dias de estresse seguidos?). E finalmente hoje, sexta-feira, mais uma choradinha básica. Enfim, já desisti de prever como será na segunda-feira. Se tenho sofrido? É claro que sim! Se estou tranquila? Por mais paradoxal que pareça, a resposta também é afirmativa. Talvez porque em todas as vezes que visitei a escola e enquanto estive lá na fase de adaptação, só vi crianças cuidadas com amor e felizes. E porque ao fim do período, Catarina sai pelo portão toda sorridente, com a cara mais sapeca do mundo!

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