Você já se perguntou se a falta de concentração do seu filho é normal? Se as outras crianças também param algumas atividades no meio, e acabam até perdendo o ritmo antes de concluí-las? Pois aqui em casa eu tenho observado esse tipo de comportamento na Cacá, que acabou ficando ainda mais evidente com a alfabetização. Claro que é normal que a criança demore um pouquinho no processo de aquisição da leitura – não é sobre isso o que estou falando. Mas fui percebendo que Cacá às vezes se perdia no meio de uma frase, ou demorava demais para fazer a lição de casa, porque se dispersava frequentemente no processo.

Imagem: 123RF

Pois nos últimos tempos acabei fazendo um teste interessante, e queria compartilhar o resultado nesse post. O que vocês acham que aconteceria com uma criança dispersa como a Cacá (mas que aparentemente não tem TDAH), com a diminuição da exposição à TV, tabletes e celular? Eu fiz a experiência (um pouco sem querer, um pouco querendo), e acabei ficando bastante surpresa com os acontecimentos.

Catarina acabou ficando “de castigo” por alguns dias aqui em casa. Sim, ela teve alguns comportamentos que não foram legais, e então decidimos cortar os eletrônicos por uma semana. Claro que eu fiquei com dó (não sou uma mãe bruxa, ok?), mas achamos que seria uma boa forma de mostrar a ela que sua atitude não havia sido correta. E como já estávamos com vontade de fazer essa redução no tempo de tela, juntamos a fome com a vontade de comer.

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Antes de contar o que aconteceu de fato, preciso confessar que fui perdendo a mão com o uso da TV e do tablet por aqui (Catarina ainda não tem celular, e não terá por um bom tempo). Como eu faço home office, muitas vezes preciso trabalhar no meio da manhã, ou à noite – ou seja, períodos em que a Cacá está em casa. E como ela não tem irmãos, acaba dependendo um pouco de mim para brincar. As amiguinhas do prédio estudam pela manhã, e ela à tarde, o que também dificulta a interação durante a semana. Conclusão: quando estava ocupada, acabava liberando a TV ou o iPad para a Cacá, que passava horas em frente às telas.

Claro que eu poderia ter limitado a TV de cara, e estimulado a leitura (sempre houve o momento dos livros antes de dormir, mas Cacá acabava não lendo no resto do dia). Mas a verdade é que era mais fácil liberar os desenhos animados, ou jogos, e acabei fazendo isso para conseguir trabalhar. Só que a coisa foi ficando cada vez pior, até que eu percebi que precisava tomar uma atitude.

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E o que aconteceu depois que cortamos por alguns dias as telas, enfim? Pois é, uma transformação maravilhosa! Catarina passou a ler muito mais, e descobriu o interesse pelos livros. Entre os desenhos e um livro infantil, ela sempre escolhia a primeira opção – e só quando a TV passou a não ser uma alternativa, é que ela passou a encarar os livros como uma atividade realmente prazerosa.

Em relação à concentração, também notei diferença. E acredito que se diminuir a TV por um período ainda maior, os resultados serão ainda mais importantes. Cacá passou a ficar mais concentrada, sem “viajar” tanto nos pensamentos, e passou a fazer a lição de casa com mais rapidez. Muitas vezes falávamos e ela demorava para “conectar”, como se estivesse com a cabeça “ocupada”, o que também melhorou bastante.

A verdade é que nenhuma geração antes dessa, dos nossos filhos, foi tão conectada. Eles são os primeiros a nascerem em um mundo totalmente digital, com celulares, smartphones, em que a tecnologia é usada em quase todas as atividades do nosso dia a dia. E ainda não sabemos, a longo prazo, os efeitos de toda essa exposição às telas (será que estamos, sem querer, aumentando o número de crianças com déficit de atenção, por exemplo?).

Enfim, fica como uma dica para as mães e pais que acompanham o blog. Eu não acredito que precisamos acabar com o uso das tecnologias pelos nossos filhos, mas a moderação parece ser um bom caminho. Muitos especialistas recomendam uma exposição diária de no máximo duas horas (já contando tablets e celulares), e eu pretendo seguir nesse caminho.

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