Eu não conheço uma mãe ou um pai que não tenha como um dos seus principais objetivos de vida a felicidade do filho. Desde que Catarina nasceu, esse é um ponto em que eu coloco muita atenção: quase todos os dias, quando me levanto, me pergunto se estou criando uma filha feliz (e, quando ela encosta a cabecinha no travesseiro, na hora de dormir, eu me emociono com sua carinha de quem dorme tranquila). Em cada risada dela, eu me sinto vitoriosa, em cada gargalhada, meu coração fica mais leve. E tenho certeza de que isso acontece por aí também.
Por isso, para o post de hoje, fiz uma coletânea de sugestões que os especialistas em comportamento infantil dão para criar crianças felizes. Acho uma leitura importante, pois traz dicas que podemos colocar facilmente em prática em nossas casas. Espero que vocês gostem, e que compartilhem com outras mães – para que nós consigamos formar uma geração cheia de alegria e felicidade!
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- Seja feliz você mesma: quantas vezes ouvimos por aí que a alegria é contagiante, não é? E, no fim das contas, a realidade é bem por aí mesmo: pais felizes estimulam a felicidade dos próprios filhos, pode notar! Afinal, quando falamos sobre crianças, estamos nos referindo a seres em pleno desenvolvimento, cuja personalidade está em formação (e um dos principais influenciadores é o ambiente em casa, a família). E vale lembrar que o oposto também é verdade: a tristeza se espalha. Por isso, por mais que os problemas que surgem no dia a dia queiram falar mais alto, lembre-se do que realmente importa – um pequenino que precisa de você (e tem felicidade maior que essa?).
- Ensine o filhote a construir relações: a criança se sente segura, em qualquer lugar, quando ela está perto de alguém em quem ela confia. Por isso, procure mostrar a seu filho como criar relações – mesmo que seja com pequenas demonstrações de empatia (já é um grande passo!), ou seja, fazendo o exercício de se colocar no lugar do outro e tentar entende-lo. Essas relações podem ser estabelecidas com os parentes, professores, o novo amigo do parquinho, ou mesmo o pet de estimação. Aumentar os laços é fundamental.
- Elogie pelo esforço: se o pequeno vence alguma coisa (seja um concurso na escola, ou um jogo, por exemplo) o enchemos de elogios, não é? É claro que conquistas devem ser comemoradas, mas procure manter o foco da comemoração no esforço do pequeno para chegar até lá. Isso é importante para ele entender que o que importa é o empenho (e não necessariamente a vitória), e que o reconhecimento está no trabalho bem feito. Quando se trata de felicidade, vale muito mais um filho autoconfiante do que um competitivo.
- Deixe o pequeno ser criança: às vezes nos preocupamos tanto em manter uma rotina para nossos filhos (e é claro que algumas tarefas são realmente necessárias), que acabamos deixando um detalhe de lado na divisão do tempo: um período reservado para que o filhote seja criança. É fundamental que o pequeno tenha tempo livre ao longo do dia para brincar com tranquilidade, ou mesmo para não fazer nada (se for isso o que ele quer, qual o problema?). Manter o horário de dormir, das refeições, dos estudos e até de algumas atividades extracurriculares é importante, mas não deixe de observar se, nessa rotina, o tempo para o pequeno ser criança está garantido!
- Valorize o brincar: é por meio das brincadeiras que a criança começa a construir relações sociais, desenvolve a atenção e a concentração, e mesmo habilidades motoras. E o melhor: todos esses benefícios ela adquire brincando (ou seja, em uma atividade sem pressão, competitividade, limites). Por esses motivos é que brincar é um dos quesitos cruciais para criar um filho feliz. Não deixe de estimular uma das melhores partes da infância!
- Se alimentem juntos: muitas famílias não conseguem compartilhar todas as refeições juntas. Mas que tal tentar fazer pelo menos uma delas com todos ao redor da mesa? É um momento muito bacana para estabelecer uma conversa, que pode começar com cada um contando sobre o seu dia (ou o que espera dele). E episódios assim, mesmo que pareçam banais, aumentam os laços entre a família (mais um ponto que conta para a felicidade, não é?).
- Ouça seu filho: como pais, temos a tarefa de mostrar uma porção de coisas aos nossos filhos, mas o caminho inverso também deve acontecer. Quando o pequeno falar, ouça com atenção e responda (trata-se de uma prática importante desde bebê, para que a criança comece a entender que existe uma comunicação entre vocês). E o fato de o pequeno ser ouvido, o encoraja a falar mais (pois ele sente segurança e sabe que você irá escutá-lo). O resultado disso tudo é estímulo à autonomia, à autoconfiança… Quer mais para fazer alguém feliz?
- Insira felicidade no ambiente: que tal aumentar um pouco mais a frequência daquela atividade em família que o seu filho adora e para a qual é difícil sobrar tempo (ou paciência)? Seja uma noite em que vocês se reuniram para preparar uma pizza, jogar um jogo de tabuleiro, ou outra “agitação” que foge da rotina! Se você notou que o pequeno se divertiu à beça, com certeza ele irá adorar a ideia de repetir mais vezes (e essas são algumas das lembranças mais felizes que ficam, pode apostar!).
- Esqueça um pouco as coisas prontas: estimular a criatividade, manter-se ocupado e se sentir útil são três ações que as crianças adoram colocar em prática por meio de algumas atividades, mesmo sem saber direito do que se tratam. Aqui entram a confecção de brinquedos (com materiais simples mesmo, como uma caixa de papelão ou embalagens vazias), de alimentos, ou mesmo, por exemplo, a participação em uma feira de trocas (nesses locais, os pequenos trocam uma coisa usada com outra criança). Sem contar que o orgulho do resultado enche o pequeno de alegria (além de mostrar a ele como ele é capaz de fazer as coisas).
- Estimule o otimismo: mostre para o pequeno o lado positivo das coisas, das pessoas e a importância das críticas construtivas (que acontecem quando você faz uma consideração com o objetivo rel de ajudar, de agregar, sem ofender). Treinar esse olhar e essa postura desde cedo irá ajudá-lo lá na frente a atuar da mesma maneira (e com problemas maiores), conseguindo resoluções de maneira mais rápida e sem estresse.