Às vezes não percebemos como a lancheira dos nossos filhos deve ser, na verdade, uma continuação da alimentação que proporcionamos a eles em casa. Engraçado como não permitimos o consumo de certos alimentos nas refeições principais, mas liberamos o consumo de alguns equivalentes, para não dizer piores, no lanche da escola. Se para comprar um prato congelado você observa no rótulo a quantidade de conservantes e  gordura trans, não faz o mesmo para o pacotinho de bolacha recheada – “afinal, é só no lanchinho mesmo, não é?”. O grande problema acontece quando, em função da praticidade, acabamos abrindo mão do que é saudável: e é justamente por isso que a quantidade de crianças com obesidade infantil, diabetes e doenças cardíacas vem crescendo a níveis alarmantes no Brasil e no mundo.

Embora muitas escolas (principalmente nos grandes centros urbanos) já tenham proibido alguns tipos de “comidinhas”, na maior parte do país esse tipo de regra não acontece, ficando a critério exclusivo dos pais a escolha do que é levado de lanche (isso sem falar nos casos em que pai e mãe não têm a menor ideia do que vai na lancheira do filho – não porque pediram ajuda a alguém que escolheu entre os itens que já foram previamente selecionados na compra do supermercado, e sim porque simplesmente não sabem o que foi comprado, cabendo à própria criança a seleção de guloseimas da pior espécie – mas isso é assunto para um outro post!). E justamente por isso fiz questão de relembrar alguns vilões que devem permanecer longe da dieta de qualquer criança – seja porque ela levou de casa para ser consumido no lanche, ou porque está (infelizmente) disponível na cantina da escola:

Imagem: 123RF

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Bolacha recheada

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Comprar um pacote de bolachas recheadas e separar algumas unidades para o lanche do filhote parece um grande problema, não é mesmo? Contudo, a escolha desse alimento não deve se tornar um hábito. Isso porque esse tipo de biscoito contém altos índices de gordura saturada e de açúcar – e praticamente nenhum valor nutricional. Ao consumir esses snacks, o pequeno pode até ficar saciado – na verdade, saciou apenas a vontade de comer, e não a fome propriamente dita (justamente pela falta de nutrientes que demonstra). Apesar de algumas embalagens trazerem informações como “fonte de vitaminas e minerais”, as quantidades desses nutrientes são mínimas, e não justificam o elevado consumo de substâncias indesejáveis, que acontecerá ao mesmo tempo.

 

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Salgadinhos

Está aí mais um “alimento” sem qualquer valor nutricional. Apesar do gostinho de sal e da crocância atraírem o paladar dos pequenos, os salgadinhos não devem ter espaço na lancheira. Outras desvantagens do produto são o excesso de calorias e os altos teores de sódio e gordura (uma porta aberta para a obesidade e doenças do coração!).

 

“Sucos” de caixinha

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Apesar de podermos utilizar os sucos de fruta como uma boa opção para o lanche dos pequenos, o ideal é que sejam feitos em casa, um pouco antes de enviar a criança para a escola. Sucos de caixinha compostos apenas por fruta (ou seja 100% suco de fruta, sem conservantes) podem ser uma alternativa válida, embora percam uma quantidade maior de nutrientes durante o processamento. É importante lembrar que o que muitas famílias chamam de “suco de caixinha” é na verdade néctar – no qual apenas uma parcela do produto é fruta (o restante é água, açúcar e aditivos químicos, como corantes, aromatizantes e conservantes). Mesmo que alguns fabricantes adicionem vitaminas sintéticas ao produto, a absorção pelo organismo não é a mesma (ao contrário, é muito menor do que a absorção das vitaminas “reais”, presentes nos alimentos de forma natural e não adicionadas artificialmente).

Se o filhote tem tendência a sobrepeso, mesmo os sucos feitos em casa devem ser usados com certa limitação (um suco de laranja natural é extremamente calórico, porque usa muitas laranjas!). Nesse caso (e sempre que você desejar uma bebida saudável e prática) a escolha pela água é certeira!

Caso você queira entender melhor a diferença entre suco, néctar e refresco, eu explico direitinho nesse post.

 

Refrigerante

As versões “caçulinha” (de garrafa pequena) podem ser frequentemente encontradas nos recreios dos colégios. Apesar do volume da garrafinha não ser dos maiores, o refrigerante (mesmo em pequenas quantidades) é uma das maiores fontes de sódio e açúcar de uma dieta inadequada. Vale ressaltar também que essas bebidas contêm ácido fosfórico, uma substância que reduz a absorção de cálcio (o que pode contribuir para o enfraquecimento dos ossos).

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Defumados/embutidos

Preparar sanduíches para o filhote comer no recreio é uma ótima ideia. Só tome cuidado com o recheio: frios (como presunto/peito de peru) devem ser evitados (e substituídos por alimentos também práticos, mas saudáveis, como a ricota, ou o atum – você pode usar o enlatado, sem problemas). Uma das principais desvantagens dos embutidos é sua grande quantidade de sódio (olha ele aí de novo!) de e outros aditivos, como conservantes, que são adicionados para aumentar o prazo de validade. Sem contar que há algumas semanas o presunto foi listado pela Organização Mundial de Saúde como cancerígeno (exatamente por conta de algumas dessas substâncias químicas adicionadas).

Agora que já conversamos sobre os vilões da lancheira do filhote, que tal conhecer algumas ideias de lanchinhos práticos e saudáveis? Um post bem completo te espera aqui.