Imunidade infantil: Após a pandemia causada pela covid-19 e as medidas de isolamento social, uma das principais preocupações da família se tornou manter e fortalecer a imunidade de crianças e adolescentes.

Além disso, a volta às aulas e às atividades sociais pode ser sinônimo de resfriados, gripes e viroses. Por isso, proteger as crianças desses vírus e bactérias é fundamental, mas como? Quais são as dicas para fortalecer a imunidade dos nossos filhos?

Essas são algumas das principais dúvidas dos pais em relação ao assunto, por isso resolvemos criar um artigo completo sobre esse terma tão importante.

A seguir, veja sete dicas de como melhorar a imunidade infantil!

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Imunidade infantil

Mãe sentada com sua filha no colo no hospital, ambas estão usando máscara. Crédito da foto: Freepik

Qual a importância da imunidade infantil?

Primeiramente, vamos entender como funciona o sistema imunológico. Afinal, é ele quem vai combater invasores que podem atacar o nosso organismo, disseminar vírus e bactérias e desenvolver uma série de doenças.

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Pode até parecer a missão de um super-herói de um filme de ficção científica, mas estamos falando do nosso corpo humano, mais especificamente do nosso sistema imunológico.

Ele é formado por um conjunto de órgãos, tecidos e células que nos protegem de possíveis infecções geradas pela entrada de agentes estranhos em nosso corpo.

A pele, por exemplo, é a maior e uma das primeiras linhas de defesa. Para cumprir sua função, o sistema imunológico reage com a produção de anticorpos.

Tal resposta é classificada de duas formas: a inata, que está pronta desde o nascimento e é ativada independentemente de contato prévio com o microrganismo invasor, e a adaptativa, que cria células de memória após o reconhecimento do corpo estranho ao organismo.

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Por isso, crianças mais velhas, que já tiveram diversos contatos ao longo da infância, apresentam uma proteção mais eficiente que os recém-nascidos. Além disso, o contato com a natureza e com a própria sujeira são fundamentais para a construção desse sistema.

Durante a gestação, a imunidade do feto decorre da corrente sanguínea da mãe, e no parto vaginal o sistema imune entra em contato com as bactérias benéficas.

Já após o nascimento, a responsabilidade fica por conta do leite materno, sobretudo, nos primeiros seis meses de vida.

Depois desse período, a incumbência cabe às vacinas. Tal sequência explica as alterações que acontecem no sistema imunológico, que somente estará completo no início da adolescência.

Menina sentada no colo de sua mãe, sorrindo e tocando na mão da médica, que está sentada na frente sorrindo também. Crédito da foto: Freepik

Mas como se desenvolve, de fato, a imunidade infantil?

Do nascimento aos seis meses de vida, o bebê ainda não tem imunidade suficiente e, por isso, está mais suscetível a infecções. O risco é maior quando é menor o período gestacional, uma vez que o feto é dependente da transferência materna de anticorpos.

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Para desenvolver a imunidade e combater bactérias, vírus e outros agentes, o recém-nascido precisa passar fundamentalmente por seis meses de leite materno, que é rico em anticorpos, enzimas e proteínas. Ou seja, possui tudo o que o bebê precisa.

Além disso, a sua composição varia a cada mamada, o que permite que a lactação forneça uma diversidade nutricional de estímulos imunológicos.

O período de seis meses é suficiente para que o bebê continue ao longo do crescimento adquirindo a capacidade de promover a tolerância imune e apresentar uma adequada e progressiva resposta imunológica.

Após esse período, a mamãe já pode começar a fazer a introdução alimentar do bebê.

Imunidade infantil

Criança doente, deitada na cama. Crédito da foto: Freepik

Qual o risco da imunidade baixa em crianças?

Primeiramente, a criança com imunidade baixa tem maior risco de sofrer com infecções crônicas e fica mais vulnerável à ação de bactérias e vírus, principalmente as que atacam os sistemas respiratório e digestivo. Por sua vez, esses sistemas são essenciais para o funcionamento saudável do corpo e desenvolvimento infantil.

Por um lado, é relevante destacar que quadros graves de pneumonia, diarreias crônicas e problemas similares podem ser fatais, exigindo atenção imediata e atendimento pediátrico, ainda mais se forem recorrentes.

Do outro, temos o impacto desses frequentes problemas de saúde no desenvolvimento da criança, que pode ter maiores riscos de sofrer com ossos fracos, músculos subdesenvolvidos, problemas de visão e outras sequelas similares.

O que deixa a criança com a imunidade baixa?

Muitos fatores podem deixar a criança com imunidade baixa e eles podem surgir desde o nascimento. Por conta da genética, nascimento prematuro ou doenças diversas, é possível diagnosticar tipos de imunodeficiência em bebês.

Exames durante a gestação e após o nascimento ajudam a identificar esse tipo de problema na imunidade infantil.  Entre eles, podemos citar como exemplo o teste do pezinho.

Ainda entre os fatores genéticos, crianças que sofrem com alergias respiratórias ou alimentares podem ter dificuldade para desenvolver o sistema imune de maneira apropriada.

Mudando a perspectiva, também devemos entender questões ambientais e comportamentais que podem provocar o enfraquecimento da imunidade infantil.

Entre elas, temos:

  • Ausência de vacinas;
  • Má alimentação, com poucos nutrientes;
  • Hábitos irregulares de sono;
  • Sedentarismo e falta de exercícios;
  • Falta de amamentação até os seis meses de idade;
  • Falta de hábitos de higiene;
  • Pouca interação com ambientes e outras crianças.
Imunidade infantil

Menino doente, mãe medindo sua febre. Crédito da foto: Freepik

Quais sintomas de imunidade baixa em crianças?

Enquanto é normal ficarem doentes com mais facilidade, os pequenos também se recuperam mais rapidamente e não devem sofrer com sintomas muito fortes.

No entanto, crianças com imunidade baixa têm infecções e inflamações mais sérias e recorrentes. Para saber se o seu filho está com a imunidade fraca, fique atento aos seguintes sintomas:

  • Ocorrência de dois ou mais quadros de pneumonia ao longo de um ano;
  • Inflamações recorrentes, como otites, sinusites e similares, acima de quatro vezes ao ano;
  • Episódios frequentes de estomatite;
  • Abcessos e problemas de pele;
  • Diarreia crônica;
  • Infecções sistêmicas graves, como meningite e osteoartrite;
  • Desenvolvimento de quadros graves de asma.

De modo geral, é importante ficar atento a infecções de repetição e a quadros severos seguidos. Também é relevante ficar em alerta quando há histórico familiar de imunodeficiência.

Menina sorrindo, mostrando o braço que está com band-aid após tomar vacina. Fundo azul claro. Crédito da foto: Freepik

O papel das vacinas na imunidade infantil

Finalizado o tempo mínimo de amamentação, o desenvolvimento imunológico da criança passa a depender da ciência.

O bebê ainda apresenta imaturidade devido à ausência natural de alguns anticorpos, que não passam pela placenta nem pelo leite materno.

É neste momento que entram as vacinas. A imunização estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos contra os microrganismos presentes nas vacinas.

Portanto, o cumprimento do calendário vacinal é sinônimo de defesa, ou seja, é a formação de uma barreira de proteção que impedirá que a criança se contamine com agentes infecciosos agressivos.

Do nascimento aos 9 anos de idade, a criança deve se vacinar contra tuberculose, hepatite B, rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, meningite, febre amarela, sarampo, entre outras tantas.

Por isso, é essencial que o seu filho esteja com o calendário vacinal em dia. Confira aqui o calendário completo de vacinação do bebê, de 0 a 15 meses. 

É importante estar atento às datas estipuladas para cada fase da vida, pois a criança pode ter reações adversas caso se vacine antes do período recomendado.

Vale lembrar que a vacina é uma forma segura de se prevenir contra doenças e evitar que as enfermidades já erradicadas voltem a circular entre a população.

Além da vacinação, é importante que a criança tenha uma alimentação balanceada e bons hábitos de higiene e rotina, como um sono regular, bastante hidratação com água, etc.

Essa combinação de fatores é a garantia de um bom desenvolvimento infantil, trazendo mais saúde ao pequeno. E, claro, diminuindo a ocorrência e intensidade de doenças como a gripe e outras viroses, muito comuns nessa época da vida.

Veja a seguir quais são as vitaminas e nutrientes que precisam estar no prato do seu filho e veja ainda dicas para incentivar o interesse das crianças em comidas mais saudáveis.

Vitaminas para aumentar a imunidade infantil

O nosso organismo utiliza as vitaminas obtidas em alimentos para manter os mecanismos de defesa do sistema imunológico em dia.

As necessidades diárias de nutrientes variam em quantidade, mas permanecem em uma listagem similar para adultos e crianças. Entre as vitaminas para aumentar a imunidade infantil, sempre podemos contar com as vitaminas A, B, C, D e E.

Veja como cada uma atua:

  • Vitamina A: muito importante para a formação de diversos tecidos e estruturas do corpo humano, como os ossos, dentes e cabelos. Também compõe os tecidos da pele, mucosas e membranas oculares;
  • Vitamina B: as vitaminas do complexo B (B1, B2 e B12, por exemplo) desempenham diversas funções importantes e essenciais para o crescimento e fortalecimento da musculatura, produção de células sanguíneas e produção de energia a partir do sistema digestivo;
  • Vitamina C: de modo geral, o ácido ascórbico ou vitamina C participa da produção de colágeno, tem ação antioxidante e contribui para a síntese de diversas funções celulares, além de estimular a produção de glóbulos brancos para o sistema imune;
  • Vitamina D: presente no leite materno, ovos, cereais e laticínios, a vitamina D é essencial para o crescimento e fortalecimento dos ossos ao longo da vida infantil;
  • Vitamina E: além de promover uma vida mais saudável por combater os radicais livres, a vitamina E também é ótima para a cicatrização e recuperação de tecidos, incluindo aqueles afetados por viroses, como gripes e resfriados.

Também é relevante citar o caso de alguns minerais que contribuem para o desenvolvimento da criança.

É o caso do zinco, selênio e cálcio. O zinco, encontrado em alimentos ricos em proteínas, tem ação anti-inflamatória e é muito útil para recuperar tecidos afetados por vírus e bactérias. O selênio cumpre uma função similar, enquanto o cálcio se alia à vitamina D para manter os ossos fortes.

Por fim, temos os probióticos, bactérias benéficas para o ser humano e que contribuem para uma flora intestinal saudável, o que acaba afetando o equilíbrio do organismo e garantindo boa saúde e imunidade.

A seguir, confira como melhorar a imunidade do seu filho!

Imunidade infantil

Menina sorrindo, segurando um copo com suco de laranja. Crédito da foto: Freepik

7 dicas de como melhorar a imunidade infantil

1. Estimule hábitos básicos de higiene

Lavar as mãos antes de comer, após ir ao banheiro e após tossir ou espirrar, esses são cuidados de higiene muito simples e que fazem uma grande diferença no fortalecimento da imunidade e na redução da exposição aos principais causadores de viroses e infecções respiratórias.

Isso porque as nossas mucosas, tecido que reveste a parte interna das narinas, boca e olhos, são a principal porta de entrada desses agentes. Ao higienizar as mãos, a criança está se livrando dos microrganismos antes que eles entrem em contato com o seu corpo.

2. Coloque a vacinação em dia

Sempre é importante citar o papel da vacinação para aumentar a imunidade da sua filha ou filho. Doenças como a varíola e a poliomielite já foram erradicadas no Brasil por conta das campanhas de vacinação.

Manter a carteira de vacinas em dia é um dos cuidados mais importantes que os pais podem ter com a imunidade dos filhos.

3. Incentive uma dieta saudável e variada

A introdução alimentar deve ser feita a partir do primeiro ano de vida do bebê e acompanhar a amamentação pelo tempo que for possível. Esse é o primeiro passo para estimular uma dieta balanceada e saudável desde a infância.

Comidas de verdade, naturais e com uma grande variedade de nutrientes são formas de estimular o desenvolvimento saudável, inclusive para aumentar a imunidade dos seus filhos.

Ao mesmo tempo, é recomendado evitar o consumo de açúcar e alimentos industrializados, que fornecem um valor nutritivo abaixo do que pode ser adquirido por uma alimentação rica em carnes, vegetais e cereais.

4. Faça ela gastar energia

Crianças costumam ser cheias de energia e fazê-las gastar essa carga toda é uma ótima forma de prevenir doenças. Exercícios físicos são muito eficientes para aumentar a imunidade em todas as fases da vida.

Para as crianças, isso pode ser uma brincadeira ao ar livre ou outra que faça ela se movimentar por pelo menos uma hora. Não é o caso de transformar seu filho num atleta, mas uma infância mais ativa tem seus benefícios para a saúde.

Menina dormindo abraçada com urso de pelúcia. Crédito da foto: Freepik

Como melhorar a imunidade infantil? Dicas

5. Estimule uma rotina de sono saudável

Tão importante quanto brincar e ter uma infância ativa é criar desde cedo uma rotina de sono saudável. Isso significa estabelecer um horário, evitar televisão, smartphone e vídeo games antes de ir para a cama e estimular algum tipo de relaxamento.

Dormir é essencial para aumentar a imunidade em crianças e adultos. Para os pequenos, o período de sono indicado pode variar de 10 a 16 horas por dia, quanto mais jovens, mais eles precisam dormir.

6. Cuide do emocional das crianças também

Crianças também estão sujeitas a situações estressantes e que geram ansiedade, ambos fatores que podem ser associados a uma maior probabilidade de adoecer.

Cuide da saúde emocional dos pequenos, passando tempo com eles, incentivando o diálogo e explicando o que acontece ao seu redor. A pandemia é um fator que causa essa preocupação nas crianças, então ofereça apoio a elas e, se achar necessário, fale com seu pediatra sobre o assunto.

7. Antibióticos só com prescrição médica

Crianças tendem a ficar mais doentes, o que leva muitos pais a medicarem os pequenos com antibióticos. Porém, essa não é uma prática recomendada em muitos casos. Tais medicamentos eliminam tanto microrganismos nocivos quanto alguns úteis para a saúde infantil.

Além disso, eles podem não ser necessários ou pouco efetivos para tratar uma virose simples ou casos de gripe infantil. A melhor recomendação é seguir o tratamento proposto pelo pediatra que acompanha a criança.

Viu só como é simples aumentar a imunidade das crianças? Lembre-se de manter a calma e exercitar sua paciência quando elas estiverem doentes, além de incluir esses cuidados na sua rotina, é claro.

Esperamos que esse artigo tenha sido útil e que você tenha tirado as suas dúvidas sobre o tema. Continue acompanhando o Mil Dicas de Mãe para mais artigos incríveis.

Até a próxima!