Essa semana me deparei com um estudo interessante: pesquisadores dos EUA avaliaram 60 famílias em seis países para tentar entender como os pais de cada local enxergam as características de seus filhos. E é muito legal perceber como esses relatos traduzem a cultura de cada país e a forma como os pequenos são criados ali. Infelizmente não há dados do Brasil, mas não pude deixar de pensar sobre de que forma retrataríamos nossos filhotes. O que diríamos: que são inteligentes? Carinhosos? Fáceis de lidar? Tranquilos? Felizes?
Os pais norte-americanos, por exemplo, colocaram como característica principal de seus filhos a capacidade de questionar (seguida pela inteligência). Já para os europeus foi muito mais frequente que os pais dissessem que seus filhos eram felizes ou fáceis de lidar. Talvez isso seja decorrência de hábitos notados pelos avaliadores: enquanto as mães americanas procuravam planejar atividades em que pudessem interagir com cada criança durante seu tempo livre, as alemãs não se preocupavam em dar atenção especial aos filhos – o tempo disponível era usufruído com a família inteira. Outra diferença diz respeito à rotina, mais rígida e organizada entre os europeus (o que permite que a criança durma mais – e assim permaneça em um estado de “alerta-calmo”, ao contrário das crianças americanas, que dormem menos e ficam em “alerta-ativo”). A imagem a seguir mostra os resultados encontrados:
E você, o que diria sobre seu filho? Vamos fazer um retrato das famílias brasileiras?