Você já viu algum livro contar uma linda história sem usar sequer uma palavra? Pois é, antes de A Casa na Árvore, eu imaginava que isso não seria possível. A verdade é que as ilustrações do livro são tão bonitas, que eu demorei para me dar conta de que não tinha palavras. E justamente por usar essa linguagem universal, a da imagem, ele se torna acessível a uma criança que ainda nem sabe ler, como foi o caso de minha filha Catarina. Ela “lê” e relê o livro algumas vezes por dia. E com seus dedinhos, vai me mostrando cada animal que chega até a árvore perdida no meio do mar.
Já na capa, um dos protagonistas é apresentado, um urso polar. Que de carona em uma baleia, e depois nadando, chega a uma casa na árvore. Logo depois, um urso marrom aparece para lhe fazer companhia, e os dois fazem dali o seu lar. O local é tão bonito, que atrai outras espécies de animais: flamingos, rinoceronte, pandas… O tempo passa, as estações do ano passam, a maré sobe e desce, e como no ciclo da vida, há as chegadas e as partidas.
A Casa na Árvore foi o livro vencedor do prêmio Ragazzi da feira de Bolonha em 2010, sendo eleito o livro ilustrado mais bonito do mundo naquele ano. Também já ganhou outros prêmios em países como Holanda, EUA, Áustria e Alemanha. Ele nasceu de uma brincadeira entre pai e filha, o escultor, pintor e artista gráfico Ronald Tolman, e Marije Tolman, ilustradora de livros e designer gráfica.
Resumindo: é simplesmente lindo!
A Casa na Árvore
Ilustrações: Ronald Tolman e Marije Tolman.
Editora Brinque-Book.
Idade para a qual eu recomendaria: a partir dos 2 anos (a indicação da editora para leitura compartilhada é a partir de 3).