Eu tenho certeza de que algumas experiências marcam profundamente uma criança, a ponto de influenciarem seu futuro. E, infelizmente, algumas delas são negativas, como o bullying. Eu passei por isso na infância (de uma maneira leve, mas passei), e fico muito triste quando vejo um pequenino sofrendo com essa situação. E tenho certeza de que nós, mães, precisamos dar atenção ao assunto, para que nossos filhos formem uma geração que combate o problema.

Por isso, hoje eu quero compartilhar com vocês um trabalho lindo, de uma professora inglesa, Rosie Dutton. Um dos seus últimos experimentos com os pequenos – que já foi compartilhado por cerca de 250 mil pessoas ao redor do mundo – foi falar sobre bullying. E, para chegar ao assunto de maneira lúdica, ela usou duas maçãs! Leia abaixo a descrição, na íntegra, traduzida da página no Facebook Relax Kids Tamworth, de Rosie, em que ela descreve como foi o experimento (e porque ele foi tão útil para alertar sobre os perigos da prática, ainda na infância):

Imagem: 123RF

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“Hoje em uma das aulas eu apresentei às crianças duas maçãs (elas não sabiam, mas antes da aula eu tinha derrubado repetidamente uma delas no chão. Não dava para perceber, as duas pareciam perfeitas). Falamos sobre as maçãs e as crianças descreveram como as duas pareciam iguais; ambas eram vermelhas, de tamanhos parecidos e suculentas.

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Peguei a maçã que eu tinha derrubado e passei a dizer para as crianças como eu não gostava dela, que a achava nojenta, com uma cor horrível e que o cabinho era pequeno demais. Falei que, porque eu não gostava dela, não queria que ninguém mais gostasse, então elas deveriam ofender a maçã também.

Algumas delas olharam para mim como se eu fosse maluca, mas passamos a maçã pelo círculo a xingando. “Você é uma maçã fedida”, “nem sei por que você existe”, “você deve ter vermes”, etc.

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Nós realmente a ofendemos. Eu até me senti mal por ela.

Depois passamos a outra maçã pela roda e dissemos coisas boas para ela. “Você é uma maçã adorável”, “sua pele é bonita”, “que bela cor você tem”, etc.

Depois levantei as duas frutas e, de novo, falamos sobre suas semelhanças e diferenças. Não houve mudança, elas ainda pareciam iguais.

Então cortei as maçãs. Aquela a que tínhamos sido gentis estava clara, fresca e suculenta. A outra estava ferida e toda molenga.”

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“Acho que deu um ‘clique’ na cabeça das crianças imediatamente. Elas realmente entenderam que o que vimos dentro da maçã, os machucados, a moleza e os pedaços quebrados é o que acontece com cada um de nós quando alguém nos destrata com suas palavras ou ações.

Quando pessoas sofrem bullying, especialmente as crianças, elas se sentem péssimas por dentro e muitas vezes não mostram ou falam sobre como estão. Se não tivéssemos aberto a maçã, jamais saberíamos quanta dor causamos a ela.

Compartilhei minha própria experiência sobre sofrer com palavras más na semana passada. Por fora eu parecia bem, continuava sorrindo. Mas por dentro alguém tinha me causado muita dor com suas palavras e eu estava machucada.

Diferentemente das maçãs, temos a habilidade para fazer isso parar. Podemos ensinar às crianças que não é legal dizer coisas ruins para as outras e discutir sobre como isso faz elas se sentirem. Podemos ensinar nossas crianças a defender umas às outras e impedir qualquer forma de bullying, como fez uma menina que se recusou a falar mal da maçã.

Mais e mais feridas acontecem por dentro se ninguém faz nada para impedir o bullying. Vamos criar uma geração de crianças gentis e cuidadosas.

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A língua não tem ossos, mas é forte o bastante para partir um coração. Então tome cuidado com suas palavras”.