Medo do escuro pode ser comum em muitas crianças. Isso acontece com o seu pequeno? Você notou que ele agora passou a querer uma luz acesa ou a pedir companhia para dormir?

Esta situação é normal quando os pequenos começam a sentir medo do escuro, passando a fantasiar sobre ele.

O medo do escuro tem a ver com o medo do desconhecido, do que não se vê, do que aparenta ameaça. Na medida em que as crianças começam a fantasiar, o vazio é preenchido com o que a imaginação permitir, normalmente sem que a criança tenha algum controle.

Isso se aplica à hora de dormir e também a outros medos, como, por exemplo, o medo de que na ausência dos pais, algo ruim aconteça a eles; ou medo de fazer amizades, por pressupor acontecimentos negativos.

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Fantasiar que existe algo ameaçador não é, necessariamente, ruim, pois faz parte do desenvolvimento e, em muitos casos, ajuda a proteger de possíveis riscos reais.

A fantasia e a imaginação também não são vilãs, pelo contrário, podem ajudar inclusive na superação do medo do escuro quando estimuladas de forma positiva.

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Um bom exemplo de como isso pode acontecer é estimular a imaginação da criança com coisas alegres e bem-humoradas antes de dormir, de modo que ela povoe seus sonhos ou sua imaginação com coisas que não lhe causem medo.

Medo do escuro

Ilustração de menina com medo do escuro. Crédito: Freepik

De onde vem o medo do escuro?

O medo do escuro é uma coisa extremamente normal e está na lista dos 10 mais comuns na humanidade.

Ele, na verdade, não é causado pela ausência da luz, mas de que algum perigo possa aparecer sorrateiramente. E o mais curioso é que, apesar de ser ruim para quem o sente, ele tem, lá no fundo, uma boa causa.

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O medo faz parte do desenvolvimento saudável, tem um importante papel na evolução e sem ele provavelmente nossa espécie não existiria.

Em nosso ambiente evolutivo, aqueles indivíduos que não apresentavam respostas de medo a certos estímulos, como barulhos na mata, por exemplo, não sobreviveram e não passaram seus genes adiante.

O medo nos prepara para certas reações que foram muito importantes para sobrevivermos ao longo desses milhões de anos.

Como funciona o medo durante as fases da vida

Primeiramente, saiba que o medo do escuro é frequente em crianças de 1 a 5 anos, em uma fase que as crianças também costumam temer seres imaginários, como bruxas, fantasmas, monstros e alguns bichos.

Nessa faixa de desenvolvimento, a criança não consegue separar fantasia e realidade, o que pode também influenciar no medo que ela sente do escuro, pois eles não conseguem compreender que essas criaturas imaginárias não existem e com a ausência da luz não podem enxergar o que está ali, sentindo-se à mercê do que está ao seu redor.

E essas inseguranças variam conforme elas vão se desenvolvendo. E isso não acontece só com os pequenos. Os adultos também ficam em estado de alerta ao passar por uma rua escura, por exemplo, sem saber os perigos que podem se esconder ali.

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Diferente das crianças, o medo nos adultos geralmente são relacionados à história de vida de cada um, não se desenvolvendo em todos pelas mesmas razões.

Cada indivíduo apresenta uma história particular, portanto não podemos dizer que todos desenvolvem esse comportamento pelas mesmas razões.

O medo do escuro pode representar coisas diferentes para cada pessoa, tendo algo a mais por trás, que é muito particular e depende da história de cada um.

O que se repete em adultos e crianças é a reação do corpo ao medo. Pelo ponto de vista biológico, independente da idade, as reações biológicas são bem semelhantes. O medo geralmente traz coração acelerado, mãos suando e até dor de barriga.

Como enfrentar o medo do escuro?

Superar o medo do escuro exige bastante paciência de toda a família. É normal ter uma fase de medos, por isso a família precisa se acalmar, desmistificando o escuro com a criança e esperando essa fase passar.

Nessa fase, a conversa pode ser uma ótima aliada. É importante passar a mensagem para a criança de que o medo não é bobo e que as inseguranças dela são levadas a sério. É interessante entender qual é a narrativa por trás desse medo, se tem algo a ver com algo que ela escutou na escola ou viu na televisão, por exemplo.

Entendendo de onde vem esse medo, é possível tirar dúvidas da criança e tranquilizá-la. E o mais importante: nunca minimizar o seu sofrimento.

 Medo do escuro

Ilustração de criança dormindo, tendo pesadelo. Crédito: Freepik

Dicas para ajudar seu filho a superar o medo do escuro

O medo do escuro pode gerar muita ansiedade, prejudicando a rotina e as relações familiares, pois a criança passa a necessitar de cuidados especiais.

Para ajudar melhor os pequeno que começam a ter medo do escuro, veja nossas dicas para que  vocês encontrem meios de clarear um pouco este momento delicado do desenvolvimento.

Medo do escuro – 1. Ser bom ouvinte:

Não ridicularizar o medo dos pequenos é importante para que eles sintam confiança em lhes contar sobre suas angústias e medos, e, assim, começar a enfrentá-los.

Ao lidar com a situação, os pais não devem  considerando como algo bobo, mas acolher o sentimento da criança.

Além disso, faça a adaptação gradual, ou seja, se a criança só dorme no quarto dos pais, mudar aos poucos para ela passar a ficar no quarto sozinha, mas com a luz acesa e de portas abertas.

2. Não ser indiferente ao seu sofrimento:

O medo de algo real é sentido com a mesma intensidade do que o medo de algo irreal.

As sensações de apreensão, ansiedade e temor são as mesmas, independente de o nosso medo ser justificável ou não, portanto, dê atenção aos sentimentos de seu pequeno, mostre que, embora você não os entenda, você os respeita e está lá para ajudar como puder.

Por outro lado, não é recomendável supervalorizar, para não alimentar o medo da criança, mas mostrar que está tudo bem, que vão ajudar, que estão ali para proteger. Tudo isso faz com que ela se sinta confortada e possa superar.

Medo do escuro – 3. Adultos também sentem medo:

É reconfortante saber que não estamos sozinhos. Conte ao seu pequeno suas experiências de quando era criança. Conte sobre seus medos e sobre os meios que encontrou para superá-los.

Assim, seu pequeno poderá entender que esses medos passam e outros vem, mas que, convivendo com eles, vamos aprendendo muitas coisas novas e amadurecendo.

4. Faça mudanças positivas no ambiente:

Garanta que seu pequeno sente-se confortável em sua própria cama e que a iluminação está adequada.

Vocês podem combinar de deixar um abajur ao alcance, uma luz fraca acesa ou uma porta entreaberta, para que ele sinta-se mais seguro.

Estrelinhas no teto, uma música, incentivar o pequeno a verificar por si mesmo o ambiente antes de dormir e o que mais vocês combinarem que possa ser tranquilizador para ele.

Já se o medo é de um monstro no armário, por exemplo, pode-se optar por oferecer um objeto que a criança goste, como um bichinho de pelúcia, para fazer companhia e ser um “ajudante”, cuidando dela enquanto dorme.

Medo do escuro – 5. Procurar ajuda de um profissional:

Caso o medo tenha se tornado algo que venha a incomodar muito seu pequeno e a prejudicar seu desenvolvimento, vale a pena procurar um profissional. Afinal, o medo pode ser um sintoma de uma angústia velada e intensa.

6. Ler uma história antes de dormir:

Além de estabelecer um ritual que favorece o sono, pode promover imagens mentais agradáveis para afastar o medo e, de quebra, fortalecer o laço afetivo entre vocês.

Menino com as mãos tampando o rosto, olhando para baixo. Fundo escuro. Crédito da foto: Freepik

O medo é algo natural, mas se preciso considere a terapia

Como algo natural do desenvolvimento, nem sempre é necessário terapia. Quando surgem dúvidas, os pais podem buscar um psicólogo para orientação.

Mas, em alguns casos, o apoio de um profissional é essencial. Para saber problema passou a ser mais sério, analise se de alguma forma o medo está interferindo no desenvolvimento saudável da criança, trazendo prejuízo escolar, dificultando a socialização com outras pessoas, afetando o humor ou impedindo que ela tenha uma noite tranquila. Se sim, é hora de buscar ajuda.

É importante buscar a ajuda de um psicólogo quando o nível de sofrimento passa a afetar atividades cotidianas ou está perdurando.

Se estiver em dúvida, o próprio pediatra pode ajudar no aconselhamento sobre um possível encaminhamento para ajuda especializada. Nesse caso, as técnicas para ajudar a criança, então, vão variar dependendo do caso.

Você já percebeu que, apesar de muito comum e natural, uma noite de sono completa no próprio quarto pode ser um grande desafio para os pequenos, não é mesmo?

Então, se está passando por essa situação aí na sua casa, tenha paciência e jogo de cintura. É uma fase e, certamente, logo esse medo passa e noites noite bem dormidas virão.

Leia sobre o que fazer quando seu filho tem medo de personagens ou palhaços.

Esperamos que tenha gostado desse artigo e que ele te ajude a ajudar a superar o medo do escuro em seu filho! Com muita paciência, dará tudo certo e essa fase irá passar!