Eu não sei se a situação acontece aí na sua casa, mas já ocorreu com Catarina (esporadicamente) e com muitas outras crianças que conheço: um medo enorme de personagens – tanto de pessoas fantasiadas como um personagem infantil que a criançada conhece, ou palhaços, quanto daqueles fantásticos, imaginários, que fazem parte de uma história, livro ou filme. O fato é que muitas mães me procuram pedindo sugestões de como lidar com a questão, que pode acabar com um passeio em família, com uma viagem (já imaginou se seu filho chega na Disney e diz que quer ir embora?), ou mesmo gerar vários pesadelos na hora de dormir. E não é que eu achei que seria um excelente tema para um post?

Imagem: 123RF

Cacá nunca teve muito medo de personagens, mas confesso que já passei por alguns “apertos” com ela. Lembro direitinho que o primeiro deles, e totalmente inesperado, foi num show da Galinha Pintadinha, que a pequena estava morrendo de vontade de ir. Cacá tinha de dois para três anos, amava a Po-Pó, e não falava em outra coisa durante dias! Mas foi só a Galinha (enorme!) entrar no palco, que ela desatou a chorar, e desistiu de assistir ao espetáculo. A plateia inteira vibrando, e minha filha correndo para fora do teatro. Foi hilário (mas na hora eu queria morrer, claro!).

Houve um episódio com o coelhinho da Páscoa (em que uma pessoa se fantasiou como o personagem), alguns com palhaços (Catarina nunca curtiu). E também um medo que durou alguns dias, quando a escola de Educação Infantil que ela estudava começou um projeto sobre as lendas brasileiras. Várias crianças da sala dela tiveram medo do Saci Pererê e do Curupira, mas sabe que foi excelente para a minha pequena? Achei que ela começou a trabalhar melhor esse sentimento, e a aprender como lidar com ele.

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Depois de passar por essas experiências, algumas coisas que eu aprendi foram:

  • Não adianta forçar. Não mesmo! Claro que você pode tentar aproximar o pequenino do personagem aos pouquinhos, deixar que ele toque, sinta, mas só isso. Tenha a certeza de que com o tempo seu filho vai se acostumar com essas figuras e perder o medo naturalmente (não vai durar para sempre, eu prometo!), sem que você precise se esforçar para isso acontecer. Aliás, parece que quanto mais você força, mas tempo leva para que a aceitação aconteça (então a melhor atitude é pegar leve).
  • Coloque a criança em seu colo. Só o fato de você levantar seu filho e deixa-lo na mesma altura do personagem já ajuda muito, porque muda sua perspectiva. Coloque-se no lugar do filhote e tente imaginar uma figura gigantesca, com uma cabeça cinco vezes maior do que a do papai e da mamãe, olhando-o de cima para baixo. Dá medo, né? Além disso, a criança reconhece o colo como um lugar de proteção – ou seja, ali ele pode até se permitir chegar mais perto daquele personagem amedrontador, porque sabe que nada acontecerá com ele.
  • Os medos mudam com a idade. Em geral as crianças pequenas (1, 2 aninhos) têm medo de personagens muito maiores do que elas (aliás, de tudo que é muito grande). Os palhaços também assustam, porque o rosto deles é muito diferente do de um humano sem maquiagem. Já as maiores (com 3 ou mais) podem ter medo de figuras imaginárias (o que já mostra uma certa capacidade de abstração, o que mostra que seu filho está crescendo!). Entender isso facilita na programação de atividades que serão bacanas (e sem traumas!) para a criançada.
  • Outras crianças podem ajudar. É muito interessante perceber como os pequenos também se referenciam no comportamento dos outros de mesma idade, para modular sua reação. E quanto maior for seu filho, mais isso acontece. Se você sabe que seu filho encontrará o Papai Noel, mas odeia isso? Que tal levar outras crianças que adoram (talvez ele passe a enxergar o bom velhinho de outra forma!).
  • Mostre fotos, vídeos, etc. Seu filho vai para Orlando e você está morrendo de medo da reação dele? Acho super válido dar algumas referências anteriores a ele, por meio de imagens e vídeos. Mostre os personagens, chame atenção para o tamanho deles em comparação com o das crianças. Assim seu filho vai se preparando para o encontro, sabendo o que pode encontrar lá.
  • Não tire sarro do medo. Sabe quando você tenta banalizar algo, para tirar sua importância? Pois é, aqui não funciona! Para seu filho, o medo, o perigo são reais, e dizer a ele que isso é bobagem só o deixa ainda mais temoroso. Nessa hora o carinho e o aconchego são sempre mais eficazes para ajudar seu filho a superar esse obstáculo!

Nesse post aqui, que eu também curto muito, tem um resumão dos medos das crianças por idade, recheado de dicas que você pode usar aí na sua casa, com seu filho. Dê uma espiadinha, que vale a pena!

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