Logo quando temos filhos, de cara, começamos a elogiar a beleza das nossas crianças. O bebê mal nasceu, ainda está todo inchado, com uma cor estranha, um tanto amassado, e a gente simplesmente olha para ele e lança: “ai, que lindo!”. E tudo bem, afinal de contas, esses serzinhos nos despertam um amor tão alucinante que é compreensível que esse filtro embelezador, imediatamente, seja ativado em nossa visão.

Mas a questão é que essa mania de ter de falar sobre a beleza das crianças vai ficando cada vez mais forte e, sem querer, vira um negócio automático. Mesmo quando os recém-nascidos crescem e os pequeninos começam a revelar outras características encantadoras, a gente nem lembra de comentá-las e segue martelando na tecla da aparência. E, nessa fixação, a gente deixa de valorizar virtudes incríveis que merecem ser cultivadas e colocadas na frente desse valor perigoso que é a beleza. “Que risada deliciosa!” “Que temperamento determinado!” “Quanto alto astral!” “Que curiosidade linda!” “Que criança generosa!” “Olha, quanta coragem!” A lista de possibilidades é interminável, mas a gente insiste na análise da estampa.

beleza das crianças

Imagem: 123RF

No caso das meninas, então, nem se fala! Só quem tem uma garotinha em casa tem ideia do quanto ela é classificada de acordo com a sua imagem. Os elogios mais ouvidos são, de longe, os relacionados ao seu visual. E é aquela coisa: tudo o que a gente ouve ou vê demais, a gente naturaliza. Por isso, não é de espantar que meninas de 5, 6, 7 anos já estejam preocupadas além da conta com a roupa, o cabelo, o estilo, a maquiagem. Porque a verdade é que elas sacam desde cedo o quanto são mais aceitas e paparicadas quando estão especialmente arrumadas, não é mesmo?

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Construir a autoestima dos filhos em um mundo que lucra com a falta de amor-próprio das pessoas é uma missão exaustiva e espinhosa. O massacre da publicidade, das redes sociais, do universo das celebridades e das indústrias da beleza e da moda é cruel. Tudo conspira para a gente se confundir bastante e sair achando que a melhor forma de demonstrar amor e cativar nossos queridos é distribuindo palavras doces sobre a aparência deles. Não é! E tem mais: falar excessivamente sobre a beleza das crianças pode contribuir para problemas futuros muito sérios. Os adolescentes com transtornos alimentares que o digam!

Então, esse papo merece sim aparecer em nossas rodas de pais. Para que, a cada “que lindo” ou “que linda” dito por aí, a gente se lembre de disparar palavras em dobro valorizando o conteúdo das nossas crianças e não suas embalagens.

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