Precisamos criar meninas fortes. Essa é uma certeza que eu carrego no coração desde que minha filha nasceu – não só por ela (pois o mundo, infelizmente, ainda costuma ser mais difícil para as mulheres), mas também porque, a cada menina forte que criamos, aumentamos as chances de que elas continuem nosso trabalho de mudar o mundo.

Meninas fortes conseguirão conversar de igual para igual com seus maridos. Conseguirão criar meninos que consigam enxergar que homens e mulheres merecem a igualdade de oportunidades.

É por isso que compartilho com vocês nesse post 7 dicas da assessora familiar, doula e especialista em cuidados na primeira infância, Mariana Zanotto, sobre como os pais podem criar mulheres mais fortes. Eu tive acesso a esse conteúdo e achei muito válido!

atividades relaxantes para crianças

Crianças brincando na areia. Foto: Canva

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Vem dar uma espiadinha nessas dicas, que podem ser aplicadas aí na sua casa (vale ler se você é mãe de menino também, afinal eles crescerão com essas meninas fortes aí!).

Como criar meninas mais fortes

Varie as brincadeiras

Esqueça os rótulos de brinquedos e atividades. Criança é criança! Menina não precisa só brincar de boneca, e os brinquedos que mais desenvolvem as habilidades físicas e cognitivas não devem ficar restritos aos meninos.

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As brincadeiras estimulam o cérebro e o desenvolvimento de diferentes habilidades, que inclusive podem contribuir para a escolha da profissão no futuro.

brincadeiras para gastar a energia das crianças

Criança brincando de basquete. Foto: Canva

Portanto, brinquedos educativos são sempre bem-vindos, para todos! E também vale variar as atividades – futebol pode ser um ótimo exercício para as meninas, por exemplo. É claro que se a sua pequena adora brincar de boneca e dançar balé, você não deve privá-la disso.

O ponto aqui é expandirmos as opções que oferecemos às nossas filhas, para que elas possam escolher brincar com o que mais interessar.

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Valorize as atitudes

Quando elogiar sua filha, procure valorizar o que ela fez. Dessa forma, não precisamos ficar só no “que linda!” quando a pequena fizer algo bacana.

Podemos incentivá-la utilizando expressões como: “você é muito inteligente!”,”você é incrível!” e assim por diante, valorizando além das aparências. “Para que uma menina se transforme em uma mulher forte, ela precisa saber que há outras qualidades que vão além de razões superficiais”, afirma Mariana. “Parabenizações rasas e excessivas cultivam a vitimização e desistência de atividades desafiadoras”, acrescenta.

Evite rótulos

brincadeiras para gastar a energia das crianças

Criança brincando de dança maluca. Foto: Canva

Essa atitude significa aprender a ouvir, sem julgar. “Isso deve ser aplicado em todos os relacionamentos, porém, o mundo feminino está repleto de estigmas. Quando rotulamos, inconscientemente empurramos nossas filhas para mais longe.

O pudor causa vergonha, que motiva a criança a buscar respostas fora de casa”, diz Mariana. Ou seja: quando sua filha te procurar para relatar uma dificuldade, procure ouvi-la. Isso irá abrir o diálogo e ela saberá que, sempre que precisar, poderá contar com o seu ombro amigo.

Não podemos culpar os nossos filhos por procurar outras pessoas nos momentos difíceis se não nos propomos a conversar com eles de uma maneira acolhedora, sem apontar o dedo. E é fundamental que eles se sintam à vontade para conversar conosco, sempre!

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Incentive sua filha a confiar nela mesma

Ser mulher não é impedimento para conquistas. “Por isso, quando sua filha quiser sair de casa, ensine como pagar contas.

Quando ela demonstrar interesse em uma profissão, ofereça informações sobre o tema. Quando ela quiser abrir um negócio, seja o primeiro cliente”, exemplifica a assessora. Ajudando a criança a desenvolver autoestima, ela saberá confiar nela mesma para sempre seguir em frente, mesmo com as dificuldades. “Perceba que eu não disse ‘facilite ou limite o processo’, apenas ‘se interesse e confie em suas capacidades'”.

Não promova a rivalidade

Jamais coloque uma menina contra a outra. “Ajudem suas filhas a fortalecerem o vínculo com outras mulheres. Nós precisamos umas das outras.

Chamar mulheres por palavras vulgares ou diminutivas perto de nossas filhas normaliza esse tipo de comportamento e aumenta o abismo entre todas nós”, aponta Mariana.

O nosso olhar para com as outras deve sempre ser com empatia, ou seja, buscando entender as outras mulheres, sem rebaixá-las. Para isso, a assessora sugere a prática de esportes e atividades em grupo, “que cultiva a competitividade de forma saudável e direcionada ao trabalho em equipe”, destaca.

Controle a exposição à mídia

Precisamos saber, sempre, quais conteúdos nossos filhos estão consumindo. Infelizmente, em especial quando falamos de produções voltadas ao público feminino, existem padrões que a mídia coloca (sobre o cabelo perfeito, o corpo perfeito etc.), todos irreais e inalcançáveis.

E isso pode abalar fortemente a autoestima da sua filha, pois ela poderá crescer com a impressão que nunca estará “bonita” e “perfeita”.

Sem contar comerciais de produtos que estimulam estereótipos de gênero e programas que incentivam o amadurecimento precoce. “Pergunte para sua filha como ela se sente após assistir certos programas de televisão. Questione: quais foram as lições que ela recebeu do programa? Ou, talvez, se existe alguma coisa que ela gostaria de perguntar sobre esse conteúdo”, ensina Mariana.

Não confunda obediência com respeito

“Obediência e respeito são coisas diferentes. Quando passamos anos martelando na cabeça de nossas filhas que elas devem ser ‘boas meninas’ isso traduz para ‘obediência’.

O problema é que eventualmente nós deixamos de ser a figura de autoridade na vida de nossas filhas, e quando isso acontece, o perigo está na possibilidade delas se meterem em relacionamentos com pessoas abusivas e, adivinha? Por ‘ser uma boa menina’, ela pode enfrentar dificuldades para sair dos mesmos relacionamentos. Incentive que elas digam ‘não’ sem ter medo de machucar os sentimentos alheios.

Fortaleça sua autonomia e admire sua determinação”, conclui a assessora familiar.

Agora, se você gostou das dicas, compartilhe com outras mães que você conhece. Com certeza será importante para que elas reflitam também!