Você já parou para pensar sobre como a autoestima é essencial para uma pessoa? Por meio dela, aprendemos a respeitar nossos limites e a nos amar da maneira que somos. Mais do que isso: é desenvolvendo essa habilidade que passamos a crer em nosso potencial – e esse é o primeiro passo para lutamos e conquistarmos tudo aquilo que queremos.
Sempre que imagino o futuro de Catarina, eu penso na importância da autoestima para seu crescimento e para sua felicidade. Porque há momentos na vida adulta em que você precisa ser forte o suficiente para dizer: “eu acredito que posso, mesmo que o resto do mundo não acredite!”. Não tenho dúvidas de essa construção da percepção que nossos filhos têm sobre si mesmos comece na primeira infância, e que nós, pais, temos um papel fundamental nesse processo.
Mas como a autoestima é desenvolvida?
No começo da vida, o bebê não consegue compreender que é uma pessoa diferente da mãe, mas, com o tempo, essa distinção vai ficando cada vez mais clara. A criança passa a entender que é um indivíduo próprio e começa a adquirir a noção do “eu”. Primeiro, se olhando no espelho e beijando sua própria imagem; depois, manifestando suas vontades individuais (lembra-se de quando seu filho falou “eu quero” pela primeira vez? Pois ele estava exercitando exatamente isso!).
E como os pais ajudam nesse processo? Primeiro, mostrando ao bebê que ele é cercado por carinho, amor e afeto (para que isso aconteça, é importante que tanto a mãe quanto o pai se envolvam nos cuidados que o filho exige). Propiciar um ambiente acolhedor fará com que a criança se sinta segura para testar seus limites e se conhecer – e com o autoconhecimento, o pequeno passa a desenvolver sua autoestima. A seguir, você confere algumas dicas para ajudar seu filho desde cedo:
- Mostre para seu filho que ele é amado: não custa repetir – criar um ambiente aconchegante e afetuoso para a criança é importante para que ela se sinta segura e encorajada a descobrir suas potencialidades. Esse é o passo mais importante! Por isso, explique o quanto vocês a amam (verbalizar esse amor é fundamental – e também delicioso para quem fala e para quem ouve!) e mostre o quanto ela é especial na vida de todos os integrantes da família.
- Estimule a independência do pequeno: na medida do possível, deixe que a criança realize sozinha algumas tarefas, para que perceba que é capaz de agir por conta própria. Por exemplo: ao brincar, permita que ela encaixe as peças do jogo – mesmo que o resultado esteja errado. Pode demorar um pouco, mas seu filho vai perceber a falha e a consertará. Quando tiver idade suficiente, deixe que ele mesmo escolha o que vá vestir ou arrume o material que levará para a escola. Ele enxergará que é responsável por suas escolhas e que pode fazer a coisa certa!
- Comemore cada conquista: é tentando que a gente consegue – e aprende! Com as crianças não é diferente, por isso, parabenize as pequenas vitórias: quando ele conseguir ficar em pé por alguns segundos, quando pronunciar as primeiras palavrinhas, quando desenhar os primeiros traços! Valorizando as conquistas do dia-a-dia, você ajudará seu pequeno na descoberta de suas capacidades.
- Cuidado com as críticas: é claro que elas são importantes – afinal, a função dos pais é educar. Mas devemos estar atentos à maneira de passar isso aos nossos filhos: tudo deve ser dito com calma, para não surtir o efeito negativo. Por exemplo: se os cuidadores falam que o filho é bobo porque bate nas outras crianças, ele começará a acreditar que isso é verdade. Uma maneira melhor de lidar com a situação é explicar que certas atitudes são erradas e que aquele tipo de comportamento não combina com uma criança tão carinhosa.
- Atenção para o excesso de elogios: ao mesmo tempo em que é preciso se policiar para não criticar demais o pequeno, elogiar em excesso também pode prejudicar a criança. Se ela cresce achando que tem somente qualidades, não saberá lidar com as frustrações da vida, com as dificuldades na execução de determinadas tarefas, o que atrapalhará seu processo de autoconhecimento (e consequentemente sua autoestima). O ideal é o equilíbrio – dosando elogios e críticas construtivas – e deixar que seu filho perceba quem realmente ele é. Essa é uma busca que leva tempo, mas que traz muitos benefícios. Incentive!