Crianças hiperativas: como identificar, quais os sintomas e como tratar? No artigo de hoje, saiba tudo sobre esse tema tão relevante para a saúde das nossas crianças!

A hiperatividade é conhecida pela agitação excessiva das crianças. Meninos e meninas que não param quietos, correm pra lá e pra cá e “falam até pelos cotovelos”, por exemplo.

A questão é que nem sempre levamos essa inquietação a sério. Afinal, muitas famílias enxergam esse comportamento como indisciplina, traços da personalidade ou simplesmente, como uma coisa de crianças mais agitadas.

Mas, mais do que simplesmente isso, essas atitudes podem expressar um problema muito maior, como é o caso do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, conhecido também como TDAH.

Publicidade

Esse distúrbio afeta de 3% a 5% da população infantil, de acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA).

Continue a leitura e entenda tudo sobre esse tema tão importante entre as famílias com crianças!

Faça seu Chá de Fraldas AGORA!
Vai organizar seu Chá de Fraldas?
Organize sua festinha em minutos!
👪 Lista de Presentes Virtuais
🎉 Informações da Festa
💌 Lindos convites online
📑 Confirmação de Presença
🎁 Presentes Personalizados
🥳 Ideal para qualquer evento
Faça seu Chá de Fraldas AGORA!
Crianças hiperativas

Médica pediatra com criança em clínica, com brinquedos. Crédito da foto: Freepik

O que é hiperatividade?

O que é hiperatividade? Em síntese, é um distúrbio de neurodesenvolvimento que aparece na infância.

Ou seja, a denominação identifica transtornos que podem afetar tanto o aprendizado e a aquisição de novas informações, como a conservação desse conhecimento e a sua aplicação.

Portanto, é uma condição neurológica que afeta a parte do cérebro responsável pelo desenvolvimento. Assim, ela provoca disfunções importantes, como atenção, percepção, aprendizagem e interação social.

Publicidade

Na prática, a hiperatividade carrega uma série de sinais, como inquietação, agitação de mãos e pés, incapacidade de esperar, entre outros.

Além disso, também pode haver dificuldade de socialização e de controle de comportamento, de absorção do aprendizado, etc.

Esses sintomas podem ser leves ou exigirem mais suporte para o tratamento da hiperatividade. Mas em resumo, o problema é prejudicial ao desenvolvimento infantil em fases importantes da vida.

Afinal, será que é hiperatividade ou indisciplina?

Como dissemos anteriormente, a hiperatividade pode ser confundida com malcriação ou com o comportamento de uma criança enérgica demais.

Isso faz com que muitos pais não percebam que algo está errado. Ou se deem conta dessa defasagem somente na fase escolar, quando os desafios se tornam cada vez maiores.

O problema é que a falta de diagnóstico ou do teste de hiperatividade gera experiências dolorosas, especialmente durante a alfabetização, já que a criança pode ser vítima de bullying e enfrentar uma série de dificuldades e incompreensões.

Publicidade

Por consequência, convive com essa enfermidade até a vida adulta – tornando-se um adulto disfuncional e com uma série de problemas de convivência, comportamento e socialização.

Isso poderá prejudicar a vida profissional, social e também amorosa da pessoa. Por isso, é preciso tratar essa doença desde criança, para evitar que se estenda por toda a fase adulta.

Abaixo, vamos entender o que é TDAH.

Crianças hiperativas

Médica pediatra com paciente, um menino negro sentado na mesa sorrindo, junto com um brinquedo colorido. Fundo azul. Crédito da foto: Freepik

Crianças hiperativas – O que é TDAH?

Em suma, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno neurobiológico caracterizado pela desatenção extrema, desorganização, comportamento impulsivo, inquietude, entre outros.

Geralmente, os sintomas se manifestam antes dos sete anos. Aliás, é estimado que 5% dos adultos tenham TDAH.

Por mais que as pessoas estejam falando mais e mais sobre este transtorno, pois geralmente interfere no rendimento escolar dos filhos, ainda é comum encontrar adultos que foram diagnosticados tardiamente. Muitas vezes, não sabiam que eram hiperativos.

Ademais, outro cenário comum é a falta de conhecimento dos pais em relação ao transtorno. Os sintomas do TDAH podem ser facilmente confundidos com má criação, manha, ansiedade ou medo.

Às vezes, os pais podem brigar com o filho por expressar comportamentos desagradáveis, mas não compreendem que ele não consegue controlá-los.

Em qualquer transtorno, quanto mais rápido for o diagnóstico mais eficiente é o tratamento. Ou seja, pais, tutores, familiares e professores devem estar atentos ao comportamento da criança para identificar possíveis sintomas de TDAH.

Quais são os sintomas das crianças hiperativas? 

Os sintomas de hiperatividade que são notados no comportamento das crianças são:

  • Inquietação;
  • Agitação;
  • Falar demais;
  • Ansiedade;
  • Agressividade;
  • Irritabilidade;
  • Impulsividade;
  • Falta de atenção;
  • Dificuldade de absorver aprendizados, assimilar regras e compreender instruções.

Esses são alguns dos sintomas mais comuns apresentados em crianças hiperativas. Caso você observe esses sinais na criança, é importante realizar o teste de hiperatividade.

Assim, é possível saber se é apenas uma fase ou algo que requer mais atenção.

Médica pediatra com criança, sentados na clínica, com brinquedos coloridos. Crédito da foto: Freepik

Sintomas de crianças hiperativas

1) Agitação e inquietação

Entre as principais características da hiperatividade temos a agitação e a inquietação. Em outras palavras, o hiperativo simplesmente não consegue ficar parado.

Por isso, a criança não permanece sentada por muito tempo e está sempre mexendo as mãos e os pés. O hiperativo corre, pula, retira objetos do lugar como se estivesse constantemente buscando se ocupar.

Em sala de aula, por exemplo, levanta da cadeira ou caminha pelo ambiente, mesmo sem permissão. Por essa razão, toda essa energia acaba confundida com indisciplina.

Já na adolescência ou na fase adulta, esse sintoma de hiperatividade se torna uma sensação constante e incômoda de inquietude.

2) Falar demais

A hiperatividade também é bastante conhecida pela tagarelice. A agitação incontrolável faz com que a criança verbalize tudo aquilo que está sentindo. Essa atitude é um meio de sanar a sua inquietação e de buscar compreensão sobre o que está sentindo.

O problema é que ela não tem muito discernimento de quando fazer isso. Por isso, interrompe conversas, se mete onde não é chamada e responde precipitadamente.

Mais uma vez, é preciso reforçar que o hiperativo não sabe aguardar a sua vez.

3) Ansiedade, agressividade e impulsividade

Ansiedade, agressividade e impulsividade são sintomas da hiperatividade que exigem bastante atenção. Muitos hiperativos são ansiosos e não sabem esperar. Furam filas, atropelam os coleguinhas em brincadeiras ou são inconvenientes em diversas situações.

Se apresentarem agressividade ou impulsividade, essas crianças podem ter comportamentos prejudiciais. Tudo isso dificulta a socialização e gera más interpretações.

Como consequência, essa molecada acaba isolada, vítima de bullying ou causando ferimentos neles e nos outros.

Crianças hiperativas

Criança brincando com brinquedo anti-estresse colorido. Crédito da foto: Freepik

Sintomas de crianças hiperativas

4) Desatenção 

Outros indícios do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é a desatenção. Isso é notado em crianças muito desastradas, que se machucam facilmente batendo em coisas a seu redor, ou que têm dificuldade em concluir uma tarefa.

Algumas parecem viver no “mundo da lua” ou são facilmente desatentas. Basta uma mosquinha passar para ela parar de ouvir o que você diz, por exemplo.

5) Distração 

A criança se distrai facilmente. É só aparecer um brinquedo novo, uma atividade diferente ou algum barulho um pouco alto que a concentração se esvai. Ela simplesmente para de ouvir você para ocupar a mente com outra coisa.

Consequentemente, a desatenção também aparece na hora de fazer as tarefas da escola ou concluir afazeres domésticos simples.

6) Dificuldade de aprendizado

Um sintoma de hiperatividade bem comum é a falta de compreensão e absorção de conteúdo. Muita criança hiperativa não consegue realizar uma determinada tarefa, mesmo que seja simples ou que tenha sido bem instruída.

Mas isso não quer dizer que ela seja preguiçosa ou malcriada, mas sim, que há uma dificuldade no aprendizado. Por isso, um dos indícios mais fortes da hiperatividade é o desempenho escolar, que acaba ficando aquém do esperado.

7) Dificuldade de compreender instruções

Se seu filho não entende as suas orientações da primeira nem da segunda e terceira vez, é provável que ele seja hiperativo.

A criança com TDAH não conclui ou não executa tarefas da forma indicada não porque é preguiçosa ou está com má vontade, mas, sim, porque não conseguiu compreender a totalidade do que foi falado.

8) Desempenho escolar ruim

O fator que costuma alertar os pais é a súbita queda do desempenho escolar. É possível também que a criança nunca tenha tido uma performance como a dos colegas de turma.

Em vez de exigir mais do filho, os pais devem procurar compreender as suas limitações e dificuldades. Se estas estão relacionados à apenas uma matéria ou atividade ou se estendem-se para as demais esferas da vida escolar da criança.

9) Impulsividade

Este sintoma pode até mesmo ser perigoso, pois a criança pode fazer alguma coisa perigosa sem pensar nas consequências.

Por exemplo, brincadeiras simples podem sair do controle e causar machucados ou ferimentos.

Leia mais: Filhos desobedientes? Aprenda a como discipliná-los de forma adequada

Médica pediatra com menina, em consultório, com brinquedos. Crédito da foto: Freepik

O diagnóstico em crianças hiperativas 

Para você sanar as suspeitas de que seu filho possa ser hiperativo, existem alguns critérios os quais devem ser levados em consideração.

O primeiro é que os sintomas devem se repetir com certa frequência e não apenas uma vez ou outra.

Diversas crianças têm dificuldade na escola. Algumas acham uma matéria mais difícil do que as outras e precisam de tutoria particular para ter as mesmas notas que os colegas.

É quando esta dificuldade atinge diversas (ou todas) as matérias de forma generalizada que os pais devem se preocupar.

O TDAH pode variar de leve para grave, portanto, cabe aos pais ficarem atentos para a intensidade dos sintomas e relatarem suas observações para um profissional.

Como o diagnóstico pode ser confundido com comportamentos típicos da criança, a análise comportamental pode levar tempo. Esta cautela é necessária para fazer o diagnóstico corretamente.

Existe também uma diferença na manifestação de sintomas em meninos e meninas. Normalmente, é mais fácil diagnosticar os meninos por conta da hiperatividade que apresentam logo nos primeiros anos de vida.

Já as meninas sofrem mais com o déficit de atenção. É mais fácil perceber o TDAH nelas quando ingressam na escola, pois passam a dar sinais que não compreendem o conteúdo da mesma forma que os colegas de turma.

TDAH na escola

Como seu filho passa a maior parte de seu tempo na creche ou na escola, é necessário pensar nos efeitos deste ambiente em sua saúde mental.

Na escola, a criança pode ser tratada como a bagunceira ou rebelde da turma devido a impulsividade. Além de que também pode ser rotulada de preguiçosa por tirar notas ruins e entregar atividades mal feitas.

Por desconhecerem o que é hiperatividade, os professores acabam reagindo com sermões, ameaças de punição (sair de sala, suspensão) e chamando os pais na escola para conversar.

A criança com TDAH também pode, sem querer, causar inconveniências para os seus colegas de classe. Aos poucos, eles começam a se afastar para evitar a convivência.

Por sua vez, a rejeição ou dificuldade para se entrosar afeta a confiança da criança, deixando-a frustrada.

Seguir as regras da escola e padrões sociais de comportamento pode ser estressante para o hiperativo. Ele não consegue obedecer ou interpretar ordens com facilidade.

Assim, passa a ser visto como o “aluno problema” pelos professores. A maioria das escolas, infelizmente, ainda tem docentes despreparados para lidar com alunos com TDAH.

A tarefa de ficar de olho e acompanhar a vida escolar dos filhos de perto para que o transtorno possa ser identificado com vantajosa rapidez é dos pais.

Participar ativamente na vida do seu filho garante que ele não sofrerá com professores despreparados para lidar com crianças hiperativas.

crianças hiperativas

Menino brincando com cubos coloridos em casa. Crédito da foto: Freepik

Se você tem crianças hiperativas em casa, saiba como tratar a hiperatividade e TDAH

Primeiramente, o tratamento da hiperatividade mais recomendado envolve um esforço multidisciplinar profissional. Esse cuidado requer atenção de profissionais como: médico, psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.

Também é necessário o apoio da família, da escola e, é claro, a disposição da criança. Dessa forma, o hiperativo é submetido a uma série de atividades para tratar as disfunções causadas pela hiperatividade. Isso traz um resultado mais rápido e eficaz.

A psicoterapia, por exemplo, trabalha mudanças comportamentais. O tratamento para hiperatividade promove a compreensão do transtorno para que o paciente aprenda a lidar com suas dificuldades.

Ao longo das sessões (que podem ser online), o hiperativo começa a assimilar melhor o mundo e a inserir hábitos mais positivos em seu cotidiano.

Isso faz com que ele tenha mais bagagem para enfrentar e superar os seus desafios. Afinal, se for diagnosticado um distúrbio, a repressão e os sermões podem apenas piorar a condição.

Nos casos mais graves, o tratamento da hiperatividade pode necessitar do uso de medicamentos. O ideal é utilizar fármacos que reduzem a agitação e inquietação a fim de melhorar a qualidade de vida do paciente.

Com mais tranquilidade, é possível que a criança ganhe mais autonomia, evolução e consiga sociabilizar com outras pessoas.

Existem maneiras de tornar o meu filho menos hiperativo?

Portanto, em suma o tratamento do transtorno é medicamentoso. Ou seja, é feito através de remédios indicados pelo psiquiatra. Os fármacos (antidepressivos, ansiolíticos, entre outros) reduzem a agitação e a impulsividade.

Dessa forma, a criança consegue levar uma vida mais tranquila e melhorar as suas interações sociais.

Além disso, a psicoterapia também é essencial para o tratamento do TDAH. A abordagem cognitivo-comportamental demonstrou-se ter os melhores resultados.

É focada em mudanças comportamentais através da inserção de hábitos mais saudáveis na vida cotidiana do paciente. A criança, então, tem maiores possibilidades de enfrentar as dificuldades causadas pelo transtorno.

Novamente, a presença dos pais é essencial. É o papel deles apoiar a criança durante todo o tratamento, inclusive quando o filho colocar em prática os ensinamentos da terapia e fizer os enfrentamentos.

A família pode modificar hábitos simples para colaborar com o tratamento de TDAH, como providenciar uma alimentação balanceada, estimular a realização de atividades físicas e criar horários regulares para formar uma rotina para o filho.

Isso porque crianças hiperativas não gostam de imprevisibilidade. No entanto, essas atividades são complementares.

Por sua vez, o tratamento com medicamentos é indispensável.

Por fim, esperamos que esse artigo tenha sido útil para você! Continue acompanhando o blog Mil Dicas de Mãe para mais matérias sobre esse universo.

Leia também: Como organizar a rotina de estudos do filho