Muitas mães me escrevem mensagens pedindo dicas de como estimular o bebê. E algo que eu aprendi, nesses cinco anos de maternidade, é que uma das formas mais bacanas de estímulo é a música! Ela pode ser usada ainda na fase de vida intra-uterina, como uma forma de comunicação com o filhote. E depois do nascimento do pequeno, ela passa a ser um elo com o mundo, com as lembranças da barriga, e uma maneira de desenvolver conexões cerebrais e conhecimento (mas já parou para pensar que esse elemento pode fazer parte até do parto?).
Algo que pouca gente costuma pensar é que a música está conectada às emoções, por isso pode agitar ou acalmar o bebê. Assim, é importante saber usa-la no momento certo, com a intensidade adequada para produzir os efeitos que você deseja. Veja a seguir como incorporar a música no dia a dia do seu filho: são dicas simples, para colocar em prática já!
Imagem: 123RF
Música durante a gestação
Sabia que a audição é um dos primeiros sentidos que o feto desenvolve e que, a partir do quinto mês de gestação, ele já é capaz de ouvir? Além de escutar o que se passa dentro da barriga da mãe, o pequeno também já consegue identificar sons exteriores. Por isso, nessa fase, é importante que os pais conversem e cantem para a criança – práticas que a auxiliam na assimilação das vozes. Se alguém da família toca instrumentos de corda, é interessante ainda dedilhá-los perto da barriga.
Mais uma dica bacana é fazer uma seleção de músicas que a família goste, deixando-as tocar durante o dia no ambiente, para que o pequeno ouça (e não precisa elevar muito o som! Ele escuta, se estiver em um volume confortável para você!). Quanto ao estilo musical, vai muito do que você estiver sentindo e da sua preferência. Quando você escuta uma canção de que gosta, não se sente bem? Essa sensação agradável é tudo o que a mamãe precisa para relaxar, e passar tranquilidade para o pequeno que se desenvolve lá dentro.
No parto
Sabia que existem listas de músicas pensadas especialmente para o parto? Até o Spotfy já conta com uma playlist especial para a ocasião. Elas estão sendo cada vez mais usadas (e curtidas!) pelas mamães, o que tem uma explicação simples: a música nos ajuda a lidar com o medo e a dor (e isso é muito precioso durante o trabalho de parto).
A música também tira o foco de outros barulhos desagradáveis (que são comuns em um ambiente hospitalar). Por isso, ouvir músicas durante o nascimento só tem a contribuir (e é claro, além de listas prontas, você pode montar a sua própria, a partir de canções de que você goste e que te façam se sentir bem). Quando for pegar o bebê nos braços pela primeira vez, também converse e cante para ele.
As canções e o bebê
Depois que o bebê nascer, a música pode (e deve) continuar fazendo parte da rotina de vocês. Em momentos em que o filhote estiver desconfortável, chorando muito, cantar para ele pode fazê-lo se acalmar durante mais tempo do que se você apenas conversar, sabia? Existe, inclusive, um estudo que comprova essa afirmação.
As canções também podem fazer parte do banho da criança. Naqueles dias em que você notar que o pequeno está à vontade no banho, aproveite e prolongue esse momento: coloque músicas relaxantes para tocar, bem baixinho, e também cante para ele, faça massagem – vocês só têm a ganhar em momentos como esses.
Fazer uso de alguns instrumentos é mais uma prática bacana, inclusive para estimular o gosto do filhote em aprender música. Quando o bebê ainda é novinho, o chocalho é um dos primeiros instrumentos legais para apresentar a ele. Estimule-o a mexer a peça e mostre-o como chacoalhar de maneira harmônica, para que ele repita.