Uma das maiores preocupações que tive, durante a introdução alimentar de Catarina, foram os dias de constipação intestinal que a pequena enfrentou – ou seja, as fases em que ela demonstrou intestino preso. Aliás, esse probleminha começou um pouco antes da apresentação dos sólidos, já na complementação das mamadas com leite artificial. Se você não conseguiu amamentar de forma exclusiva, como eu, deve ter percebido que a digestão das fórmulas é mais difícil do que a do leite materno, o que pode fazer o intestino do filhote funcionar de forma diferente. E se o pequenino ficou com dificuldade de evacuar, provavelmente ficou bastante preocupada, querendo saber como resolver a questão.

Em primeiro lugar, é importante saber que a constipação infantil é um quadro bastante comum (então fique calma, não acontece apenas na sua casa). Inclusive, estudos (como essa revisão da USP) mostram que uma em cada dez crianças sofrem com o problema, e que entre 20 a 25% das consultas pediátricas têm exatamente essa causa. E vale destacar que a constipação é caracterizada tanto pelo baixo número de idas ao banheiro quanto pela evacuação feita com dificuldade. Portanto, se você percebe algum desses problemas com o filhote por aí, dê uma olhadinha nesse post (porque o problema, muitas vezes, é fácil de resolver!). Vem ver!

Imagem: 123RF

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Como sei que o meu filho está sofrendo de constipação?

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Se o filhote faz cocô menos que três vezes por semana, ele está constipado. Mas se ele tiver dificuldade para eliminar as fezes, mesmo que evacue com maior frequência, também pode-se considerar um quadro de constipação. Em bebês, você pode perceber desconforto se ele chora ao evacuar (também observe as fezes: se estiverem endurecidas, secas, desconfie!). Já se o filhote for maior, é válido perguntar a ele como têm sido as idas ao banheiro, pois não é raro o problema passar despercebido (até porque a constipação é comum em adultos e, se os pais sofrem de intestino preso, poderiam considerar como normal a situação da criança – quando na verdade não é, e precisa de tratamento).

É importante saber que o problema é mais recorrente em crianças entre um e cinco anos, mas pode acometer pequenos de todas as idades. Por isso, se observados os sintomas, é preciso consultar o pediatra, que irá analisar a criança para diagnosticar se é um caso de constipação aguda ou crônica. A diferença entre elas é que na aguda (que é mais comum) não é observada anormalidade intestinal (o que acontece é uma constipação por conta de uma dieta desequilibrada, baixa ingestão de água, mudança no ambiente ou ainda referente a quadros de saúde específicos, como febre).

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Já a constipação crônica é caracterizada, por exemplo, por problemas de contração, pressão e redução de sensibilidade anal (ou seja, anormalidades intestinais). Geralmente, o quadro é acompanhado de sintomas como dores abdominais, falta de apetite, queixas urinárias, escape fecal involuntário ou mesmo problemas psicológicos. Para comprovar, o pediatra pode pedir alguns exames, desde raio-x até biópsia retal.

 

Se a constipação for aguda, como tratar?

Eu não havia falado no início do post que o problema, muitas vezes, era fácil de resolver? Então! Assim como acontece conosco, os pequenos precisam de uma dieta equilibrada (sem pular as refeições; e com refeições feitas com calma e ricas em fibras, que são encontradas principalmente em algumas frutas e verduras). Além disso, é fundamental tomar água com frequência (se você ainda não conseguiu criar esse hábito no filhote, saiba que a missão não é impossível, e nesse post eu dou algumas dicas). A ingestão de laxativos durante alguns dias pode ser indicada pelo médico.

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Também é preciso ficar atento às idas ao banheiro das crianças maiores, pois, muitas vezes, elas deixam essa “tarefa” de lado por dar preferência a outras, como brincar, mesmo que a vontade apareça (e deixar de evacuar quando necessário é mais um fator que contribui para o aparecimento de constipação).

A manutenção desses hábitos é importante tanto para tratar o problema, como para preveni-lo. E mais: quando a constipação aguda não é resolvida, há chances de evoluir para um quadro crônico (cujo tratamento é mais trabalhoso e demorado, e o pequeno sofre mais).

 

E se o meu filho for diagnosticado com constipação crônica?

O tratamento da constipação crônica varia de acordo com a causa do problema (pode ser desde lavagem intestinal até mesmo cirurgia, e ainda acompanhamento com psicólogo). Mas o cuidado com uma alimentação rica em fibras e a constante ingestão de água devem ser mantidos nesse caso também (afinal, são ações básicas para manter a saúde do intestino em dia). Por isso é importante estar atento à possibilidade do problema – quanto antes ele for diagnosticado, mais rápido será o tratamento.

 

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Dicas

Além de estimular a hidratação e a boa alimentação, é fundamental verificar os alimentos que fazem parte da dieta do filhote, pois é possível que algum deles esteja contribuindo para o quadro de constipação (dietas ricas em comidas pesadas e açúcares fazem a digestão acontecer mais lentamente, o que pode levar ao problema). O bebê também pode constipar durante o período de desmame (o leite materno é uma excelente alternativa contra a constipação). Nesse caso, sucos como de mamão e ameixa podem ser ofertados em pequenas quantidades ao longo do dia para ajudar (não deixe de consultar o pediatra para saber as quantias mais adequadas). Veja aqui uma lista dos alimentos que soltam e dos que prendem o intestino do bebê.

Vale destacar ainda que boa alimentação se refere tanto à ingestão adequada de nutrientes como a não pular as refeições, e preferencialmente fazê-las com calma, sem pressa, justamente para auxiliar na digestão posterior (para crianças que vão à escola pela manhã, é interessante oferecer o café horas antes de sair de casa, para que ela tenha tempo de ir ao banheiro; e a dica é válida para todas as atividades marcadas depois das refeições). Também é muito importante o estímulo às atividades físicas que, além de estimular o intestino, contribuem para a redução do estresse (mais um fator que pode levar à constipação).