Você já viu algum bebê usando um colar de âmbar? Apesar de ser uma tradição antiga na Europa, por aqui ainda se trata de algo relativamente novo no universo materno – mas que vem ganhando a simpatia de muitas mães, que acreditam nos efeitos analgésicos do âmbar.
Se você está vendo essa moda por aí e ainda não entendeu muito bem para que serve o colar, e se os efeitos são realmente comprovados, abaixo separei algumas informações importantes sobre ele. Espero que sejam úteis e que possam ajudar você a decidir se vale a tentativa de usá-lo na sua casa!
Por que usar o colar de âmbar?
O âmbar nada mais é do que uma resina vegetal cristalizada (um fóssil de milhões de anos!), rica em ácido succínico, que possui propriedades analgésicas, relaxantes e anti-inflamatórias.
Tanto é que o âmbar do báltico (encontrado nessa região, no nordeste da Europa – e só vale esse, tome cuidado com imitações!) é usado pela indústria farmacêutica na fabricação de relaxantes musculares.
Já no caso dos pequenos, o uso do âmbar em colares tem como finalidade aliviar os sintomas da erupção da dentição.
Como o surgimento dos primeiros dentinhos causa muito desconforto nos bebês, acredita-se que, por meio do contato do âmbar com a pele, a resina é aquecida e as substâncias benéficas liberadas, minimizando o mal estar, o inchaço da gengiva e a dor.
Algumas mães usam também a peça nos filhos para melhorar a imunidade, ou mesmo para aumentar o vínculo deles com a natureza.
A eficácia do colar de âmbar é comprovada?
Não. Mesmo as propriedades do âmbar sendo reais, não se sabe se a resina em forma de colar (simplesmente pelo contato com a pele) é realmente capaz de liberar seus efeitos.
Apesar de muitas mães que já usaram a peça relatarem seus benefícios (veja no fim do post), não há ainda registros científicos que comprovem a eficácia.
Alguns órgãos, inclusive, contra-indicam o uso, como é o caso da Associação Brasileira de Odontopediatria (ABO) – que alerta para o perigo do uso de colares, de qualquer espécie, em bebês, uma vez que eles podem causar asfixia.
Cuidados ao usar o colar de âmbar
Assim como coloca a ABO, o uso de colar em crianças pequenas não é recomendado pelo perigo de asfixiá-las.
Os pequeninos não possuem discernimento sobre as peças, podem tentar puxá-las, enroscar as mãozinhas, e engolir ou aspirar pedaços. Portanto, para quem quiser experimentar o colar de âmbar no filhote, é fundamental manter o cuidado de vigiar o filhote enquanto ele estiver vestindo o acessório e tirá-lo para dormir e na hora do banho (até para não desgastar o cordão, que poderia romper).
Também é importante verificar a procedência da peça, pois existem falsificações (o âmbar deve ser extraído do mar báltico, para que as propriedades tenham validade).
Um teste rápido que pode ser feito nas lojas para descobrir se o âmbar é verdadeiro é tocar a peça, que deve ficar morna (se for de vidro, por exemplo, você a sentirá fria). Outra opção para comprovar a autenticidade é colocar duas gotas de acetona (ou álcool) em uma das contas do colar.
Se a cor for alterada, ou a peça ficar mais pegajosa, não é âmbar. Ou ainda dissolva um pouco de sal em duas medidas de água e coloque o colar lá dentro – se boiar, é verdadeiro.
Ao escolher o modelo para o pequeno, também priorize as peças com bordas arredondadas, para não machucar a criança, e as que possuem as contas amarradas separadamente (assim, caso o fio rompa, não será desfeito o colar inteiro).
Mais um cuidado necessário é manter o colar sempre por dentro da roupinha do filhote, justamente para deixá-lo em contato com a pele e, assim, liberar as possíveis propriedades benéficas.
E observe se a criança se sente realmente confortável com o colar, pois não são todas que se adaptam (algumas não gostam nem de usar roupas!). Caso seja necessário, tente estimular o uso aos poucos, até que ela se acostume.
E você, já fez uso do colar aí em casa? Conte nos comentários a sua experiência e ajude outras mães a conhecer os efeitos do âmbar (ou a falta deles)! Aos poucos vou atualizando o texto com as mensagens!