Quando Catarina nasceu, ela ganhou uma almofadinha em formato de anjo – que viria a ser escolhida pela pequena como sua naninha preferida. É com ela que a filhota dorme todas as noites, seja em casa, com as avós ou em uma viagem. E agora que ela já fala e manifesta seus pensamentos com facilidade, consegue dizer que se sente muito mais segura com o anjinho (“mamãe, é ele quem me faz companhia quando você vai para o seu quarto, porque eu não gosto de ficar sozinha”).
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Eu não me lembro de usar uma naninha quando criança, mas minha irmã tinha um paninho que a acompanhou por muitos anos. Aquilo não fazia muito sentido para mim, confesso, até que Catarina nasceu, e eu vi como a relação de uma criança com um objeto pode ser importante para que ela se tranquilize durante a noite, e consiga, pouco a pouco, ganhar autonomia para dormir sozinha. Hoje em dia, mesmo que a pequena acorde no meio da madrugada, consegue pegar no sono novamente sem que eu tenha que ficar em seu quarto. Vou lá, atendo algum pedido específico (um copo d´água, uma coberta a mais), e deixo os dois, filha e anjo, um na companhia do outro.
Mas é claro que no fim da noite, ou logo que começa a clarear, Catarina aparece em meu quarto (vou ouvindo aqueles passinhos leves e sorrateiros), e pede para entrar na minha cama. E eu, como boa mãe coruja que sou, abro caminho para que ela se aninhe ali no meio. Então eu abraço, beijo, e ficamos juntinhas, dormindo até que o despertador toca (sabe aquele cheirinho de filho que adoramos sentir? Que nos dá aquela sensação de paz, de que o mundo é perfeito exatamente como ele é? Ai, como é bom!).
E não é que outro dia Catarina fez um comentário engraçado? “Mãe, do jeito que você me abraça para dormir, acho que eu sou sua naninha, não é?”.
Pois é, e quem disse que mãe não usa naninha para dormir?
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