A primeira vez em que ouvi falar sobre naninhas eu ainda não era mãe. Não sei se vocês se recordam, mas há poucos anos passava na televisão o seriado Mothern, no qual as quatro protagonistas eram mães contando suas experiências do cotidiano. Como eu estava namorando a ideia da maternidade na época, assitia e achava tudo aquilo muito divertido. Lembro nitidamente de um capítulo em que uma das mães acaba doando, por engano, a naninha da filha a uma instituição de caridade. E então começava um caça enlouquecida pelo objeto de transição perdido. Hilário!

Claro que, para mim, tudo aquilo era um grande exagero; afinal, eu não entendia o contexto da naninha naqueles dias. Só depois que Catarina nasceu e cresceu um pouquinho é que eu comecei a perceber a real importância dela – e até hoje acabo me surpreendendo. Quando bebê, minha filha não tinha paninho, nem bichinhos ou bonecas que dormiam com ela no berço. Como mãe alérgica que sou, evitei colocar ali qualquer coisa que pudesse virar um depósito de ácaros. Tenho lá minhas dúvidas se essa foi a escolha correta (tenho quase certeza de que não); porque na falta de algo que pudesse ajudá-la a dormir (até mesmo uma chupeta, pois a pequena a recusou terminantemente), funcionei como naninha por muito tempo (Catarina dormia fazendo carinho no meu dedo mindinho! E até hoje diz que é a “coisa mais fofinha” do mundo!).

Enfim, acabei descobrindo, na prática, que naninha é qualquer objeto que o bebê use para se acalmar no processo de dormir. Não necessariamente ele é um brinquedo – pode ser um paninho, um bicho de pelúcia, uma boneca ou mesmo uma parte do corpo (dedos, cabelo, etc), da própria criança ou de outra pessoa – em geral, da mãe. E aqui eu tenho que deixar minha dica: antes que seu filho faça de você sua naninha, arranje um outro objeto! Os especialistas dizem que a escolha é da criança (e é mesmo, como pude constatar; mas que você pode oferecer algumas opções para ver à qual ele se adapta, isso pode!).

Ao nascer, o bebê se enxerga como uma extensão de sua mãe. Com o passar do tempo, percebe que é um indivíduo separado, o que lhe causa um certo estado de tensão. É aí que começa a história da naninha (ou objeto de transição) – um artifício que o ajuda a se sentir seguro na ausência da mãe. Para o filhote, a naninha passa a sensação de segurança, de aconchego. E é por isso que muitas crianças o carregam para todos os lugares – para dormir, para viajar e, algumas vezes, até para passear .

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Imagem: http://loja.lete.com.br

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Por aqui, Catarina já teve mais de uma naninha. Como comentei, no início era meu dedinho; depois, um urso de pelúcia (quando eu pedi água e resolvi liberar brinquedos no berço, lavando-os com frequência); a terceira foi uma Branca de Neve de pano (que ficou na minha casa de campo e é oficialmente a naninha de lá) e finalmente uma almofada de anjinho, que agora é nossa companheira de todos os dias. Vejo que para a pequena ela traz uma sensação enorme de proteção – a ponto de deixá-la “tomando conta” do pai, certa vez em que saímos de casa e ele estava dormindo. “A gente sai, mas o anjo fica cuidando do papai, não é, mãe?”.

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Não tenho pressa em fazer Catarina deixar sua naninha. Até porque ela a usa apenas para dormir – nunca pediu para levá-la à escola ou à casa de um amiguinho. Como tudo, acho que é só uma questão de maturidade até que ela descubra que não precisa mais de ajuda para se sentir segura. E na sua casa, como é? Me conta a história da naninha do seu filho, vou adorar saber!