Um filho traz muitas mudanças na vida de uma mãe. Muitas delas internas, e outras, externas. Faz parte do processo de gerar outra vida: nos adaptamos para receber um bebê e é normal que algumas modificações surjam. Acontece que muitas mulheres idealizam um pós-parto no qual seus corpos voltarão a ser como eram antes e, quando isso não ocorre, se sentem frustradas. Afinal, vivemos em uma sociedade exibicionista – as redes sociais estão repletas de mães que mostram uma maternidade perfeita, bem diferente daquela que acontece na realidade.
Pensando nisso, uma mãe neozelandeza publicou fotos em seu blog pessoal, que mostram a evolução de sua barriga no pós-parto. Julie Bhosale é nutricionista e blogueira, e junto com as imagens, também escreveu um texto sobre a imposição que as mulheres enfrentam para ter seus corpos como eram antes de se tornarem mães. “Vivemos em uma sociedade que nos empurra, todos os dias, imagens de mulheres que deram à luz e simplesmente “se recuperaram”. Ótimo para elas (de verdade, isso é ótimo, Kate Midddleton, você é incrível!). Mas, essa é a minoria. Para a maior parte de nós, nossos corpos mudam, e mudam bastante”, disse Julie.
Imagem: Julie Bhosale
A montagem com as fotos da barriga e o texto da blogueira acabaram se espalhando na Internet. A atitude de Julie despertou um sentimento coletivo nas mães, que se sentiram amparadas por estarem diante de imagens reais. Finalizando seu post, Julie disse que: “fazer o que é melhor para você e sua família exige coragem, força e, como mãe, você tem os dois. Amamente e ame e não se esqueça: você é bonita, incrível e boa mãe”.
Sabem o que eu pensei quando vi essas fotos? Que eu me orgulho das marcas que a gravidez de minha filha deixou em meu corpo, porque retratam a verdadeira beleza de uma mãe. E que minha barriga pode ser bem mais “feinha” do que um dia já foi – mas meu coração é infinitamente mais bonito!
Agora que já conversamos sobre a realidade, vem dar uma espiada nesse vídeo que fiz sobre perder a barriga no pós-parto (tem jeito sim, que funciona, mas não é milagroso, é real!):
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