Eu não sei se vocês já notaram, mas o número de casos de conjuntivite aumenta bastante no verão (o calor, aglomerações de pessoas – como as que ocorrem em cinemas, teatros, que são programas típicos nas férias escolares – podem facilitar o contágio).

bebê com conjuntivite

bebê com conjuntivite. Foto: freepik

E se alguém do seu círculo de convivência apresenta o problema, já é motivo para preocupação, pois na maioria dos casos (mas não em todos) a conjuntivite é contagiosa, e você deseja que ela passe bem longe de sua família (sobretudo das crianças e bebês).

Em primeiro lugar é preciso saber exatamente o que é a conjuntivite – ela é a inflamação da conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho e a parte interna da pálpebra. Nesse processo os olhos ficam vermelhos e lacrimejantes, pois ocorre uma dilatação dos vasos sanguíneos que irrigam a região; também por esse motivo, as pálpebras ficam inchadas.

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Outros sintomas da conjuntivite são o ardor dos olhos, sensação de areia, fotofobia (incômodo com a claridade) e secreção aumentada, que pode ser branca ou amarelada.

A conjuntivite pode ter origem viral (mais comum), bacteriana ou alérgica. Nos dois primeiros casos, a conjuntivite é transmissível (aliás, a transmissibilidade é alta, ou seja, é muito fácil pegar a doença se você tiver contato com alguém infectado e não tomar os cuidados de precaução); já a conjuntivite alérgica não passa de pessoa para pessoa (embora possa iniciar em um olho e depois acontecer no outro, dando a impressão de que a doença “passou” de um local para o outro – o que na verdade não aconteceu).

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Limpando o olho do bebê

Limpando o olho do bebê. Foto: freepik

Dicas importantes no tratamento da conjuntivite:

– Se seu bebê apresentar os sintomas da conjuntivite, leve-o ao pediatra ou oftalmologista. É apenas o profissional médico quem poderá recomendar o tratamento adequado a seu filho. Utilizar um medicamento errado ou deixar de aplicar a substância recomendada poderá piorar o quadro da doença (que no bebê pode ter consequências graves! Corra já e marque a consulta, combinado?).

– Lave bem as mãos antes e depois de cuidar dos olhos do bebê com conjuntivite, para evitar a transmissão para os outros membros da família. Troque a roupa de cama e as toalhas diariamente. Use lenços de papel descartáveis para enxugar os olhos e descarte-os; dessa forma o controle da infecção será mais fácil.

– Lave o rosto do bebê várias vezes ao dia e evite beijá-lo.

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– Se ambos os olhos estiverem acometidos com a doença, use uma gaze para limpar cada olho do bebê.

– Pela manhã os olhos do bebê podem ficar “coladinhos”, pois a quantidade de secreção (remela) é grande. Então, para removê-la, use água filtrada morna.

Não use água boricada para a limpeza dos olhos (no passado essa era a recomendação para os casos de conjuntivite, mas atualmente foi descartada pelos médicos pelo risco de intoxicação). Prefira sempre fazer a limpeza dos olhos com soro fisiológico, água mineral ou  filtrada. Se eles estiverem geladinhos, isso dará uma sensação de alívio ao indivíduo infectado (faça várias compressas ao dia).

– Se o médico prescrever um colírio, coloque-o no cantinho interno do olho do seu bebê ou da criança. Mesmo que ele feche os olhos durante a aplicação, a substância acabará entrando assim que ele reabri-los.

– Mesmo que a secreção, o inchaço e a vermelhidão melhorem após alguns dias de antibiótico, aplique o colírio até a data recomendada pelo médico. Interromper o tratamento antes da hora pode causar o retorno da doença.

– Não utilize colírios antigos que encontre em casa. É necessário utilizar um medicamento novo para que o efeito seja o esperado (usar um colírio antigo pode agravar o problema!).

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– Enquanto seu filho estiver com conjuntivite, ele não pode ir à escola. Deixe-o em casa para que seus coleguinhas não sejam contaminados e avise a escola para que esteja atenta a novos casos.

Bebê com o olho irritado

Bebê com o olho irritado. Foto: freepik

Resumindo:

A conjuntivite viral: é causada por vírus, é transmissível e em geral passa em uma semana. Não necessita de antibiótico e o maior cuidado no tratamento é lavar os olhos com soro fisiológico, água mineral ou filtrada. Em geral a secreção dos olhos é branca.

A conjuntivite bacteriana: é causada por bactéria, é transmissível e exige o uso de antibióticos no tratamento. Em geral a secreção dos olhos é amarelada (pus).

A conjuntivite alérgica: ocorre quando há contato com a substância alergênica. Em geral coça bastante e acomete os dois olhos. Pode ocorrer recidivas, por isso é importante saber qual é o elemento causador da alergia. Não é transmissível e não necessita de antibiótico; pode ser necessário o uso de anti-histamínico (anti-alérgico).

Pai cuidando do bebê

Pai cuidando do bebê. Foto: Freepik

Seu bebê tem conjuntivite ou apenas olhos pegajosos?

Nem toda a viscosidade do olho é causada por conjuntivite. Se os olhos do seu filho estiverem um pouco grudados, mas não houver vermelhidão e nenhuma secreção amarela ou verde, pode ser apenas um caso de olhos pegajosos.

Isso é especialmente comum em recém-nascidos e bebês, cujos dutos lacrimais ainda estão em desenvolvimento.

Os olhos pegajosos geralmente desaparecem por conta própria, mas você pode ajudá-los limpando regularmente os olhos do seu bebê com algodão embebido em água fervida e resfriada novamente.

Limpe para fora, começando do canto de cada olho próximo ao nariz. Não se esqueça de lavar as mãos antes e depois da limpeza; e use um pedaço de algodão limpo para cada limpeza.

Se você não tiver certeza se o seu bebê tem conjuntivite ou apenas olhos pegajosos, peça conselho ao seu assistente de saúde, parteira ou médico.

médico oftalmologista consultando uma menina

médico oftalmologista consultando uma menina. Foto: freepik

Quando chamar o médico

Consulte seu médico imediatamente se você suspeitar que seu bebê recém-nascido (com menos de quatro semanas ) pode ter conjuntivite.

Também é importante procurar atendimento médico urgente se seu bebê parecer ter algum dos seguintes sintomas:

  • Dor nos olhos

  • Problemas de visão que não desaparecem com o piscar

  • Sensibilidade extrema à luz

  • Vermelhidão intensa e inchaço ao redor dos olhos

  • Bolhas na pele ao redor do olho

  • Dificuldade ao respirar

  • Febre se o seu bebê tiver menos de 3 meses ou se a febre durar mais de 5 dias

  • A infecção ocular parece estar piorando.

Veja também:

Conjuntivite no recém-nascido: saiba como prevenir e tratar